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Filologia Romanica

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Por:   •  20/7/2014  •  1.856 Palavras (8 Páginas)  •  494 Visualizações

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I – Constituição da Filologia Românica

1- Os estudos filológicos a partir do método Histórico Comparativo.

Foi em 1816 que o lingüista alemã Franz Boop publicou o seu famoso livro Sobre o Sistema de Conjugação do Sanscrito em comparação com o do Grego, Latim, Persa e Germanico, com o qual foi realmente inaugurado o método histórico-comparativo no meio cientifico europeu. Um dos mais importantes resultados do método foi s classificação genealógica das línguas, segundo a qual um grupo de línguas é reconduzido ao antepassado comum.

A aplicação do método ao domínio neolatino foi levada a efeito, de maneira magistral, por Frederico Diez. Diez publica três volumes de sua obra em 1836 a 1843, da qual marcariam o inicio de uma nova era de estudos e pesquisas.

Logo após vem o francês François Raynouard. Grande conhecedor do antigo provençal, do qual publicou um léxico de seis volumes e defendeu uma teoria que não se pôde sustentar pela qual as línguas neolatinas se explicariam como derivações não diretas do latim e sim de uma “língua romana”.

II – Desenvolvimento dos Estudos Românicos

1- A escola dos Neogramáticos

A linguística Histórica encontrou os seus mais bem travados lineamentos teóricos com a “escola dos neogramáticos” , lançada por Karl Brugmann e Hermann Osthoff em 1878, graças ã publicação da primeira parte da obra Morphologische Untersuchungen (Investigações Morfologicas).

O verdadeiro manifesto da escola pregava-se o principio de que as leis fonéticas não sofrem exceção e sim “desvios” devido a interferência de outros fatores “naturais”. Esses fatores de ordem psicológica, são denominados genericamente “analogia”.

2- O trabalho de: W. Meyer-Lubke

Trabalhou com intransigente rigor de método, coligiu material muito mais farto do que Diez, utilizou-se também dos fatos dialetais. Publicou muitos outros livros e artigos, dentre os quais podemos salientar uma Gramática da Lingua Francesa, outra da Lingua Italiana e uma Introdução ao Estudo da Linguistica Romanica.

Grober

Verdadeira enciclopédia dos estudos românicos é o famoso Grundriss der Romanischen Philologie (Conspecto da Filologia Românica) de Grober, Estranburgo , 1888, em duas partes: a primeira dedicada as línguas românicas e a segunda a sua literatura. Da 1 parte saiu a 2 edição.

Eduardo Bourciez

A filologia Românica, hoje ensinada em varias faculdades do mundo, tornou-se disciplina universitária, para a qual se fizeram manuais. Data de 1910 a 1 edição do conhecido livro de Eduardo Bourciez, Elements de Linguistique Romane (5 ed. Paris 1956), tranalho bem ordenado, que compendiou, de maneira feliz, os resultados dos estudos românicos ate a data da publicação.

Adolfo Zauner

Publicou dois pequenos volumes da Coleção Goschen uma iniciação românica de Adolfo Zauner intitulada Romanische Sprachwissenschaft, de grande utilidade para os estudantes.

Henrique Lausberg

Começou a publicar (1956) novo manual, que sucedeu ao veterano livrinho de Zauner. Já saíram, em alemão, quatro pequenos volumes: o 1 (1956) Introdução e Vocalismo; o 2 (1956) Consonantismo; o 3 (1962) Morfologia (1 parte) e o 4 (1962) Morfologia (2 parte).

Editorial Gredos

A Editorial Gredos (Madrid) traduziu essa obra para o espanhol, com o titulo de lingüística Romanica, 1 volume Fonetica (1965), 2 volume Morfologia (1966). A tradução é de J. Perez Riesco e E, Pascual Rodriguez.

3- As Publicações a partir de 1967

Para a Península Ibérica, começou em 1960 a ser publicada em vários volumes uma Enciclopedia Linguistica Hispánica, de que já temos o tomo I e respectivo Suplemento (este a cargo de Damaso Alonso). O tomo II – Elementos Constitutivos e Fontes – é de 1967.

4 – As Principais Revistas

Algumas das principais revistas da especialidade são:

1- Revue dês Langues Romanes, Montpellier (desde 1870).

2- Romania, Paris (desde 1872)

3- Revue de Linguistique Romane Paris-Lyon (desde 1925).

4- Archivum Romanicum, Genebra, depois Florença (de 1917 a 1942).

5- Cultura Neolatina, publicação do Instituto de Filologia Romanica da Universidade de Roma Modena (desde 1940).

6- Archivio Glottologico Italiano, fundada por Ascoli, Turim (desde 1873).

7- Vox Romanica, Zurique (desde 1936).

8- Revista de Filologia Espanhola, Madrid (desde 1914).

9- Revista Portuguesa de Filologia, Coimbra (desde 1947).

10- Revista Brasileira de Filologia, fundada e dirigida por Serafim Neto ate o ano de sua morte (1960).

11- Literatutblatt fur germanische und romanische Philologie (de 1880 a 1944).

12- Zeitschrift fur romanische Philologie (desde 1877).

III Evolução dos Estudos Românicos

1- A direção Dialectologica; a formação da Filologia Românica – Os trabalhos de Ascoli.

Segundo Tagliavini, “uma nova era se abre para a Linguistica Romanica com a contribuição trazida pela Dialectologia, contribuição essa vinda da Italia e não mais da Alemanha ou da França. O grande mestre dos estudos é Graziadio Isaia Ascoli.

A Filologia Romanica se firmou no bafejo das doutrinas neogramáticas e encontrou em W Meyer Lubke o seu “sholar” típico. Dominavam idéias como a de que as leis fonéticas não tem exceção ou ainda a de que os fatos lingüísticos se devem explicar por leis puramente naturais.

2- A Posição dos Neogramáticos

Os próprios neogramáticos que admitiram a intervenção de fator psíquico (analogia), pareciam desconhece-lo na pratica. “Na pratica porem, enquanto no programa da

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