GRACILIANO RAMOS SHEILA E BRUNA
Por: denise11 • 10/3/2017 • Pesquisas Acadêmicas • 996 Palavras (4 Páginas) • 288 Visualizações
GRACILIANO RAMOS
SHEILA E BRUNA
Graciliano Ramos de Oliveira, romancista, cronista, contista, jornalista, político e memorialista brasileiro do século XX, nasceu no dia 27 de outubro de 1892, na cidade de Quebrangulo, Alagoas, viveu com seus quinze irmãos nas cidades de Viçosa e Palmeira dos Índios (AL), enfrentando a seca e as surras aplicadas pelo pai. Diante disso, Graciliano desenvolveu a ideia de que “todas as relações humanas são regidas pela violência”
No ano de 1894, Graciliano teve o primeiro contato com as letras.
A família viveu em diversas cidades do Nordeste brasileiro. Graciliano seguiu para o Rio de Janeiro assim que terminou o 2º grau, na cidade ele trabalhou como jornalista. Em 1915, voltou para Palmeira dos Índios, Alagoas, permanecendo junto ao pai. Nesse ano casou-se com Maria Augusta de Barros, que faleceu em 1920, deixando quatro filhos pequenos.
Foi eleito prefeito da cidade de Palmeira dos Índios, permaneceu no cargo até 10 de abril de 1930. Partiu para Maceió, onde viveu até 1936, casou-se com Heloísa Medeiros e trabalhou como diretor da Imprensa Oficial. Voltou para Palmeira dos Índios e fundou uma escola, período em que iniciou o romance São Bernardo.
Graciliano lançou seu primeiro livro Caetés no ano de 1933, romance que escrevia desde 1925. Em 1934, publicou São Bernardo. Nesse mesmo ano seu pai faleceu.
No ano de 1936, o país vivia a ditadura de Vargas, e em março desse mesmo ano Graciliano foi preso, enviado a Recife e posteriormente ao Rio de Janeiro, sob acusação (não formalizada) de ter conspirado no mal sucedido levante comunista de novembro de 1935. Porém, Graciliano Ramos só se tornou comunista em 1945.
Uma das situações políticas da época retratadas por ele, e que provavelmente o levou à prisão, foi o movimento tenentista, uma rebelião típica da classe média urbana emergente contra o absoluto domínio exercido pela classe latifundiária, relatado em São Bernardo, cujo cenário de fundo era o problema da reforma agrária. O quadro brasileiro denunciado que se delineia na obra é o final do regime monárquico português e o início da república brasileira.
Graciliano ficou esse tempo sem entender exatamente porque tinha sido preso se não era militante, transgressor ou marxista convicto, mas "um pacato homem do interior, metido a escritor", tal como pergunta a si mesmo em Memórias do Cárcere:
"Havia qualquer suspeita contra nós? Não havia. Tínhamos entrado em desordem? Não tínhamos. Éramos inimigos de barulhos? E então. Porque estávamos ali? Hem? E porque essa história de colônia correcional?"
Suspeito ou não, o fato é que Graciliano Ramos só se livrou da prisão em 1937, devido à pressão política exercida por outros escritores como José Lins do Rego, Jorge Amado e Raquel de Queiroz.
Nesse mesmo ano, com a ajuda dos três amigos, publicou Angústia.
As experiências vividas na cadeia foram repassadas na obra Memórias do cárcere, publicada postumamente em 1953. Nesse mesmo ano recebeu o prêmio Literatura Infantil, do Ministério da Educação com a obra A terra dos meninos pelados, publicado em 1939.
Seu famoso romance Vidas Secas foi publicado em 1938. Em 1943, sua mãe faleceu e no ano seguinte lançou o livro infantil Histórias de Alexandre. Lançou Dois dedos e Infância (livro de memórias) em 1945, ano no qual se filiou ao Partido Comunista.
No ano de 1952, viajou com sua esposa Heloísa para Tchecoslováquia, Rússia, França e Portugal. Ao retornar, nesse mesmo ano, decidiu ir a Buenos Aires cuidar de sua saúde, submeter-se a tratamento de pulmão. Foi operado, mas os médicos não lhe deram esperanças de recuperação. Em janeiro de 1953, foi internado e faleceu no dia 20 de março, vítima de câncer de pulmão.
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