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Generos textuais: definição e funcionalidade

Por:   •  8/12/2018  •  Artigo  •  320 Palavras (2 Páginas)  •  529 Visualizações

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Resumo

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: definição e funcionalidade.

Pode-se afirmar que, de forma geral, os gêneros textuais contribuem para ordenar as atividades comunicativas do dia-a-dia, são considerados fenômenos históricos vinculados à vida cultural-social. De difícil definição, caracterizam-se muito mais por suas funções comunicativas, cognitivas e institucionais do que por suas particularidades linguísticas e estruturais.

Nos últimos dois séculos, com a evolução da tecnologia e sua interferência no modo de vida, surgem novos gêneros textuais, novas formas discursivas e novos usos, estreitando ainda mais a relação entre oralidade e escrita e sugerindo maior cautela na determinação e identificação de um gênero ou tipo textual. Alguns autores defendem definições especificas para tipo textual e gênero textual e essa distinção é fundamental para a produção e compreensão textual.

A expressão tipo textual é usada para designar uma construção teórica definida pela natureza linguística de sua composição (ex: narração, exposição), enquanto a expressão gênero textual é usada para referir os textos materializados utilizados no cotidiano e possuem estilo e composição característicos (ex: telefonema, bilhete, noticia jornalística), assim o mesmo gênero textual pode ser formado por vários tipos textuais. Além destas duas, há também a expressão domínio discursivo, utilizada para designar uma esfera de produção discursiva com práticas ou rotinas comunicativas que lhe são próprios (ex: discurso jurídico, discurso religioso). Pode-se dizer, embora haja grande discussão a esse respeito, que texto é uma entidade concreta materializada e corporificada em algum gênero textual e discurso é aquilo que um texto produz ao se manifestar em alguma instância discursiva.

Os gêneros textuais são o reflexo de estruturas sociais recorrentes e típicas de cada cultura, assim tudo que for feito linguisticamente pode ser tratado como gênero. No ensino, a prática de produção e análise de eventos linguísticos mais variados constitui uma extraordinária oportunidade de lidar com a língua em seus mais diversos usos e níveis de dificuldade, além de observar a oralidade e a escrita em seus usos culturais mais autênticos.

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