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GÊNEROS TEXTUAIS: DEFINIÇÃO E FUNCIONALIDADE

Por:   •  5/11/2017  •  Resenha  •  586 Palavras (3 Páginas)  •  2.523 Visualizações

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“GÊNEROS TEXTUAIS: DEFINIÇÃO E FUNCIONALIDADE”

(Luiz Antônio Marcuschi)

Luiz Antônio Marcuschi era doutor em Filosofia da Linguagem e pós doutor em Problemas de Língua Escrita e Oral, professor titular de Linguística da UFPE e foi um dos principais linguistas da América Latina, tendo contribuído muito para os estudos do discurso e texto.

No ensaio "Gêneros Textuais: Definição e Funcionalidade" Marcuschi vai afirmar que os gêneros ajudam a ordenar as atividades comunicativas e que, portanto, qualquer atividade comunicativa está inserida em um gênero. Eles surgem na atividade sociodiscursiva, mas não são criados do nada; têm relação com as inovações tecnológicas, o que explica o aumento considerável na quantidade de gêneros na atualidade em relação ao passado, quando não se lançava mão da tecnologia na velocidade com que é feito hoje.

Como citado acima, o gênero não nasce do nada, ele vem com uma bagagem sociocultural. O indivíduo não cria os gêneros, mas sim os transforma, por isso existem os gêneros textuais primários e secundários e, "assim como surgem, podem desaparecer". (MARCUSCHI)

As novas tecnologias ajudaram muito na criação de novos gêneros, pela intensidade com que são usadas e a interferência na atividade comunicativa. Porém, esse novos gêneros estão sempre pautados em outros já existentes, segundo Bakhtin.

Marcuschi vai dizer que é impossível uma pessoa se comunicar sem o gênero, baseando-se nas ideias de Bakhtin e Bronckart.

Faz um alerta para a expressão "tipo de texto", usada indiscriminadamente nos livros didáticos, mas que na verdade refere-se ao gênero textual. Exemplifica falando da carta pessoal, que não corresponde ao tipo de texto, mas sim ao gênero textual, assim como um horóscopo, um editorial, poema, prefácio de livro e etc.

Em um gênero textual é possível realizar mais de um tipo textual, podemos assim dizer que um texto é heterogêneo. Texto é uma unidade básica de sentido comunicativo; é material e vem dotado de um discurso, que é o efeito de sentido produzido pelo texto, está pautado na formação política e ideológica.

Segundo Marcuschi, "um tipo textual é dado por um conjunto de traços que formam uma seqüência e não um texto" e nisto se encontra o sucesso da coesão textual: na "tessitura das sequências tipológicas".

A sequência base do texto engloba cinco temáticas que darão origem aos tipos textuais, a saber: descritiva, que tem como elemento central as sequências de localização; narrativa, que tem como elemento central a sequência temporal; expositiva, há predominância de sequências analíticas; argumentativa, há sequências contrastivas explícitas e injuntiva, há predominância de sequências imperativas.

O autor sugere cautela ao fazer distinção dos gêneros orais e escritos, pois, como já citado, há a heterogeneidade e, muitas vezes, hibridades no que tange à forma e uso.

Em sala de aula, está cada vez mais difícil situar o aluno em todo esse contexto, uma vez que os gêneros não são ensinados de forma sistemática na escola. O discente precisa entender os gêneros e tipos textuais de forma bastante clara, para saber identificar a ideologia por trás

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