Graciliano Ramos
Por: erickawakami • 4/11/2015 • Resenha • 2.197 Palavras (9 Páginas) • 341 Visualizações
Biografia do Autor
Graciliano Ramos nasceu no dia 27 de Outubro de 1892, na cidade de Quebrângulo em Alagoas, filho de Sebastião Ramos de Oliveira e de Maria Amélia Ferro Ramos. Dois anos depois, a família muda-se para Buíque, Pernambuco, e logo depois volta para Alagoas, morando em Viçosa e Palmeira dos Índios ate 1914. Graciliano estuda, então, e trabalha na loja do pai comerciante.
Em 1914, vai para o Rio de Janeiro, onde mora durante um ano e trabalha como jornalista. No ano seguinte, volta para Palmeira dos Índios e se casa com Maria Augusta Barros, que morre após cinco anos . Graciliano já nessa época, escreve para jornais e trabalha no ramo comercial.
Um tempo aós a morte de sua mulher, casa-se com Heloísa Medeiros. O casório ocorre em 1928, no mesmo ano em que é eleito prefeito de Palmeira dos Índios, cidade que seria o local do nascimento de seu primeiro romance.
Em 1930, renuncia à prefeitura e vai para Maceió, onde é nomeado diretor da Imprensa Oficial, porém ele se demite e volta para Palmeiras dos Índios, onde funda uma escola e escreve a obra São Bernardo.
Em 1933, é nomeado diretor da Instrução Pública de Alagoas e volta a Maceió. Sua carreira é interrompida em 1936, quando é demitido por motivos políticos. Nesse mesmo ano, publica o romance Angústia e acaba sendo preso e enviado para o Rio de Janeiro. Esse meio tempo em que esteve preso gerou mais tarde outra obra: Memórias do Cárcere.
Ao sair da prisão, em 1937, passa a morar no Rio de Janeiro, onde escreve para jornais. No ano seguinte, publica a obra Vidas Secas.
Em 1939, é nomeado Inspetor Federal do Ensino.
Somente em 1945, ele entra para o Partido Comunista Brasileiro e sete anos depois, faz uma viagem a Checoslováquia e à União Soviética.
Graciliano Ramos morre em 20 de março de 1953.
Suas obras:
Romances
Caetés (1933)
São Bernardo (1934)
Angústia (1936)
Vidas Secas (1938)
Contos
Insônia (1947)
Alexandre e Outros Heróis (1962)
Memórias
Infância (1945)
Memórias do Cárcere (1953)
Crônicas
Linhas Tortas (1962)
Viventes das Alagoas (1962)
Viagens
Viagem (1954)
Resumo do Enredo
A história inicia-se em 1940 com uma família pobre do sertão nordestino em busca de um lugar para sobreviver. Exaustos, o chefe da família Fabiano, sua mulher Vitória, seus 2 filhos e o cachorra Baleia encontram uma casa e passam a noite, já que ela estava aparentemente abandonada.
De repente chega o dono da fazenda e ameaça expulsar a família da fazenda. Fabiano acaba implorando para trabalhar alí, ficando desse modo na fazenda.
Um ano depois, Fabiano, já é o empregado da fazenda e cuida dos animais como vaqueiro, porém não recebe o salário suficiente por todo trabalho pesado que realizava.
Indo a cidade, Fabiano e a família vão à uma festa regional e Fabiano ao convite de um soldado vai jogar baralho com uns apostadores, apostando todo o seu salário e no momento que percebe que está perdendo no jogo, sai e é abordado pelo soldado, que faz suceder uma discussão entre eles.
O soldado chama a polícia e eles o prendem, acusando-o injustamente, e o agridem com um facão.
A mulher e as crianças sentindo sua falta pernoitam na calçada e no dia seguinte vêem o dono da fazenda e o padre indo em direção a prisão. O padre liberta Fabiano da prisão.
O tempo passa e a família fica cada vez mais pobre, pois Fabiano gasta todo seu dinheiro no jogo, fazendo sua mulher se revoltar.
A seca castiga cada vez mais os animais e por isto, Vitória quer fugir da fazenda.
A família organiza uma mudança e Fabiano sacrifica Baleia devido uma doença que possuía, e por dó da cachorrinha (não queria que ela ficasse sofrendo). Nisso as crianças choram muito a perda do animal.
Por fim, Fabiano e a família saem em retirada e o sertão continua a mandar para a cidade pessoas fortes, brutas como Fabiano, Sinhá Vitória e os meninos.
Personagens
Fabiano
Branco, ruivo, de olhos azuis, Fabiano é homem sofrido pela vida. É um vaqueiro, ofício exercido pelos seus antepassados, seguido por ele e que seus filhos também apreciam.
Acha-se um bicho, quando faz uma auto-análise; fuma e está de certa forma contente por ter achado um bom lugar para ficar.
Um de seus maiores problemas é a linguagem, uma coisa que ele quer dominar, porém não consegue. Mesmo assim, tenta de uma forma bem “ignorante” imitar o vocabulário que possui Tomás da Bolandeira.
Sinha Vitória
Mulher de Fabiano, sofrida, mãe de 2 filhos, lutadora e inconformada com a miséria em que vivem, trabalha muito na vida.
Por ser tão inconformada com essa miséria, Sinha Vitória é considerada uma pessoa muito queixosa, impaciente com os filhos e um pouco “amarga”.
Ela pode ser considerada o cérebro da família, pois é a primeira que consegue perceber a chegada da seca, e as trapaças que o patrão de Fabiano fazia com ele.
Um de seus maiores sonhos de consumo é possuir uma cama como de seu Tomás: uma cama de couro.
Os Meninos
Crianças pobres sofridas e que não tem noção da própria miséria que vivem.
São os "menino mais novo e menino mais velho", os grandes representantes
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