John B. Thompson
Resenha: John B. Thompson. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ROSY20 • 26/4/2013 • Resenha • 394 Palavras (2 Páginas) • 582 Visualizações
John B. Thompson destaca em seu livro A Mídia e a Modernidade uma teoria interessante: a Teoria Social – criada para analisar o impacto social dos meios de comunicação na sociedade. Para o autor, a produção e a interação de conhecimentos e de conteúdo simbólico fazem parte da sociedade desde os tempos remotos. Claro que a necessidade do ser humano de se comunicar sempre existiu, e isso não é nenhuma novidade. Nas civilizações primitivas as formas de comunicação poderiam ser tanto oral quanto por demonstrações simbólicas. Evidentemente a palavra desempenhava um papel fundamental nessa época, pois a comunicação era restrita, visto que o conhecimento e a difusão de informações eram limitados em termos geográficos, isso porque a interação face a face era a que predominava entre as pessoas naqueles tempos.
Mas no século XV, com o nascimento da escrita e, posteriormente, da impressão, essa restrição geográfica foi erradicada pelo desenvolvimento comunicacional que prometia trazer mudanças. E não deu outra: as técnicas de impressão permitiram a possibilidade de propagação de palavras escritas, notícias, conhecimentos e infinitas informações fazendo com que os indivíduos pudessem interagir não só com a interação face a face, mas também com a palavra escrita.
A sociedade já começava a sentir as transformações no modo de se comunicar a partir do desenvolvimento dos meios de comunicação. A análise central do livro de Thompson é justamente essa: como a mídia modificou a interação entre os indivíduos? Qual é o papel da mídia na formação das sociedades modernas? E quais são os principais impactos sociais e conseqüências que os meios de comunicação trouxeram para a sociedade?
Thompson distingue três formas de interação: a face a face (que seria a forma tradicional dos indivíduos de se interagir), a mediada (ou seja, as pessoas conseguem se comunicar por um meio de comunicação, por exemplo, o telefone) e a quase mediada (isto é, os indivíduos apenas recebem as informações dos meios massivos – como livros, televisão e rádio – não tendo como interagir. É como se os meios tivessem apenas uma direção e fossem desprovidos de reciprocidade).
De acordo com o autor, a relação entre o espaço e o tempo também sofrem mudanças, devido à possibilidade de distanciamento. Isso significa que a informação não é mais limitada como antigamente, pois qualquer evento ou notícias podem ser gravadas e exibidas para quem está longe de determinado lugar em que os fatos acontecem
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