John locke
Por: Emanuela Döll • 24/2/2016 • Resenha • 897 Palavras (4 Páginas) • 405 Visualizações
A Filosofia Moderna
A Antiguidade teve grandes construtores de sistemas como Platão e Aristóteles. A Idade Média teve S. Tomás de Aquino, que queria fazer uma ponte entre a filosofia de Aristóteles e a teologia cristã. Veio depois o Renascimento — com uma mistura de velhas e novas ideias sobre a natureza e a ciência, Deus e os homens. Só no século XVII a filosofia tentou de novo pôr em sistema as novas ideias. O primeiro a fazer esta tentativa foi Descartes. Ele deu o sinal de partida para aquilo que se tornaria o projeto filosófico mais importante para as gerações seguintes. Antes de mais, preocupava-o o que nós podemos saber, ou seja, a questão da “solidez do nosso conhecimento”. A segunda grande questão que o preocupava era a “relação entre corpo e alma”. Estas duas problemáticas determinariam a discussão filosófica dos cento e cinqüenta anos seguinte.
A Filosofia Moderna livra-se da maneira apegada ao religioso e teológico. E coloca em seu lugar a autonomia do pensamento, o uso da razão em oposição aos valores medievais dominados pela fé. É o momento do renascer das ideias. Um forte movimento dessa fase da filosofia é o chamado Iluminismo, que cria uma razão iluminada em contraposição às antigas trevas.
Dois pontos fundamentais da filosofia moderna são o racionalismo e o empirismo. O racionalismo foi um movimento forte, e René Descartes foi o maior expoente do chamado racionalismo clássico. Ele propunha um pensamento baseado na razão. Questionar as coisas, buscar a teoria do conhecimento. O homem passou a pensar na sua própria maneira de viver e a entender o mundo a partir de seu pensamento. Saímos do foco teocêntrico para o foco antropocêntrico. O homem no centro da filosofia. Já o empirismo é um fenômeno que diverge do Racionalismo, justamente por defender as experiências sensíveis. Os empiristas acreditavam que o homem é uma folha de papel em branco, onde é escrita a sua história a partir de suas experiências. O conhecimento vai das sensações às ideias.
Os principais pensadores desse período foram: Francis Bacon, Descartes, Galileu, Pascal,, Hobbes, Espinosa, Leibniz, Malebranche, Locke, Berkeley, Newton, Gassendi.
JOHN LOCKE (1632-1704)
John Locke foi um importante filósofo inglês. É considerado um dos líderes da doutrina filosófica conhecida como empirismo e um dos ideólogos do liberalismo e do iluminismo. Nasceu em 29 de agosto de 1632 na cidade inglesa de Wrington. Estudou medicina, ciências naturais e filosofia em Oxford, principalmente as obras de Bacon e Descartes. Em 1683, fugiu para os Países Baixos. Voltou à Inglaterra quando Guilherme de Orange subiu ao trono, em 1688. Faleceu em 28 de outubro de 1704, com 72 anos.
Locke é considerado o protagonista do empirismo. Seu livro mais importante chama-se Um ensaio sobre o entendimento humano e foi publicado em 1690. Ele tenta nesse livro esclarecer duas questões. Primeiramente ele pergunta onde os homens adquirem suas ideias e pensamentos. A segunda pergunta que se faz é se podemos confiar naquilo que nos dizem os sentidos.
Locke estava convencido de que todos os nossos pensamentos e ideias são apenas um reflexo de tudo aquilo que já tenhamos visto e ouvido. Antes de percebemos algo com os sentidos, nossa consciência é como uma "tábua rasa", isto é, uma lousa vazia. Todos os materiais que integram nosso conhecimento sobre o mundo só podem, no final das contas, ser percebidos através do nosso sistema sensorial. O conhecimento que não possa ser reduzido a uma simples impressão sensorial é, portanto, falso e deve ser descartado.
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