Leitura e sociedade contemporanea
Por: gus_henrique • 21/10/2015 • Trabalho acadêmico • 961 Palavras (4 Páginas) • 189 Visualizações
LEITURA E SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA / GUIDO DAL COL
Ao decorrer dos últimos anos, as mudanças nas tecnologias da informação permitiram um significativo avanço na maneira pela qual as relações humanas acontecem e consequentemente, a maneira com a qual a sociedade adquire conhecimento.
O desenvolvimento da fita magnética fora a propulsora na forma de conceber a transmissão de informações. Inicialmente, em virtude de qualquer nova tecnologia, era muito dispendiosa, no entanto, com investimento, passou a ser compacta e permitir uso caseiro. Em princípio, as reproduções eram possíveis apenas para a mídia sonora, por meio de pequenas caixas plásticas que armazenavam a fita magnética. Em meados dos anos 1970, os refinamentos nos modos de produção e apuro tecnológico permitiram qualidade de som assim como os seus primeiros usos para a reprodução de vídeos. Com sua popularização e comercialização, logo surgiram opções para a produção de cópias. A indústria crescia juntamente com os facilitadores que esses novos meios de difusão cultural permitiam.
No entanto, em termos de praticidade, tal processo, ainda rudimentar, dera margem para o desenvolvimento de técnicas mais precisas e eficazes como a consequente reprodução digital, método este que consistia em usar a fita magnética para armazenamento de informações por meio de um código binário, porém, tal recurso só fora possível graças ao surgimento dos microchips e computadores – instrumentos capazes de fazer as decodificações dos sistemas binários, transformando-os em informação visual e audível.
Com o sistema binário como princípio do processo de armazenamento de dados dos computadores, o método de gravações em fitas magnéticas tornava-se obsoleto, surgindo então outros tantos equipamentos que possibilitariam um maior processamento de informações, como o caso do CD – disco compacto. Essa mídia inédita, que permitia a reprodução de informações com maior velocidade e qualidade, com o passar dos anos, passou por um apuro, culminando com o desenvolvimento do DVD e atual Blue-ray.
Não fosse apenas isso, paralelamente aos métodos de armazenamento físico, tem-se o advento da Internet. Atualmente a sua funcionalidade se estende desde os meios básicos para a sustentação de necessidades até o entretenimento.
A internet possibilitou a interação de várias mídias em um só instrumento de informação e interatividade, a isso deriva-se o nome de multimídia. Os intelectuais da área, tal como o visionário Bill Gates afirmam que os massivos desenvolvimentos promulgariam uma era em que cada lar teria em sua disponibilidade um computador pessoal, fato que comprovaria a possibilidade de ter em mãos um instrumento inclusivo de busca por conhecimento e de aprendizado. Diante desse cenário de grandes agitações tecnológicas, empresas e escolas buscam usufruir desses recursos multimídia para tornar mais eficaz a forma de aprendizado e de tornar mais eficazes os processos que envolvem a interatividade.
A internet mudou a interface de comunicação e maneira pela qual se percebe a leitura. As interações dos vários recursos de acesso ao conhecimento aliado à facilidade de acesso fez com que o leitor moderno transitasse de seu isolamento silencioso para o compartilhamento de informações online. O estudioso não mais se enclausura com a justificativa de concentração e dedicação. Hoje, o leitor moderno se permite à interação e às múltiplas leituras possibilitadas pelos recursos midiáticos disponíveis nos mais variados sites. O conhecimento deixou de ser algo elitizado, já que sua distribuição e acesso se baratearam e cada qual tem livre acesso à rede de informação dependendo de sua área de interesse. A relação com o conhecimento é de interatividade e não mais de passividade.
As novas tecnologias da informação tornaram o acesso irrestrito ao conhecimento mais perspicaz, modificando também as relações sociais e a forma de conceber a cultura. Por outro lado, em uma outra esfera, percebe-se a transição muito rápida, fez com que o público não se adaptasse devidamente, gerindo um leitor superficial, pouco afeito à profundidade, já que a velocidade com que novas informações são criadas é incapaz de ser processada em tempo real por esse mesmo expectador. Ou seja, o comprometimento com as leituras mais profundas fora deixada de lado pela horizontalização do saber. Processo de apreensão de conteúdo em que é mais relevante a quantidade de informações sem o necessário aprofundamento.
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