Licenciatura em Letras Português e Inglês – 6° Semestre 2014
Por: Nickiminaj2014 • 7/4/2015 • Trabalho acadêmico • 819 Palavras (4 Páginas) • 404 Visualizações
Faculdade Anhanguera
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Guarulhos / SP – 2014
Faculdade Anhanguera
Licenciatura em Letras Português e Inglês – 6° Semestre 2014
LITERATURA BRASILEIRA
ALUNOS:
Diego Rodrigues dos Santos 3722686843
Diego Luiz de Oliveira 3729698208
Deborah Cristina 4233802842
Trabalho em grupo apresentado para avaliação na disciplina de Literatura Brasileira do curso de Letras. Turno: noturno da Faculdade Anhanguera ministrado pela professora Mariângela.
Guarulhos / SP – 2014
Modernismo
Clarice Lispector e Guimarães Rosa
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3ª fase (1945)
A terceira fase do Modernismo foi marcada pela liberdade. Os artistas dessa época não queriam estar obrigados a nada. Abandonaram os ideais da Semana de Arte Moderna, portanto, não se obrigavam a aproximar sua obra da realidade brasileira, nem queriam ser obrigados a aproximar a linguagem com a popular. Nessa fase, seus representantes buscavam refletir a psicologia humana.
Com a transformação do cenário sociopolítico do Brasil, a literatura também se transformou: O fim da Era Vargas, a ascensão e queda do Populismo, a Ditadura Militar, e o contexto da Guerra Fria, foram, portanto, de grande influência na Terceira Fase. Na prosa, tanto no romance quanto no conto, houve a busca de uma literatura intimista, de sondagem psicológica e introspectiva, tendo como destaque Clarice Lispector. O regionalismo, ao mesmo tempo, ganha uma nova dimensão com a recriação dos costumes e da fala sertaneja com Guimarães Rosa, penetrando fundo na psicologia do jagunço do Brasil central.
No quadro da terceira geração do Modernismo no Brasil, pode-se afirmar que Clarice Lispector e João Guimarães Rosa inauguram um novo estilo literário. Clarice Lispector inova em relação à: temática (sondagem do universo psicológico de suas criaturas); estrutura da narrativa (ruptura com a linearidade/ fluxo da consciência); linguagem (transita entre a prosa narrativa e as imagens típicas da poesia). Guimarães Rosa confere à temática do regional um caráter filosófico, recriando o mundo sertanejo pela linguagem, a partir da apropriação de recursos da oralidade, da criação de neologismos, dos desvios de sintaxe, entre outros.
Vale lembrar que João Guimarães Rosa juntamente com Clarice Lispector, foi dois grandes destaques da prosa na terceira fase do Modernismo. Extremamente preocupados com a elaboração da linguagem em seu grau máximo de expressão, são chamados pela crítica de romancistas instrumentalistas. Une-os ainda o caráter de sondagem psicológica que insere suas obras entre outras grandes de cunho universalista – isto é, de abordagem de temas atemporais, que refletem a alma humana. Mas as aproximações param por aí: enquanto Clarice Lispector intensificava a abordagem psicológica, afastando seus personagens de um enredo tradicional, Guimarães Rosa preocupou-se em trabalhar enredo e suspense, descobrindo o místico em acontecimentos do cotidiano.
Coletânea de treze contos, “Laços de família” foi publicado em 1960. As histórias interligam-se através da temática: os desentendimentos familiares[pic 3]
Na prosa, especialmente nos gêneros conto e romance, escritoras como Clarice Lispector e Lygia Fagundes Telles aprofundaram a sondagem psicológica das personagens e introduziram inovações nas técnicas narrativas, quebrando a frequência e a estrutura do gênero narrativo, canonizado na fórmula “começo, meio e fim”. Outros escritores, como Guimarães Rosa e Mário Palmério, dedicaram-se ao regionalismo, estética muito desenvolvida nos anos 30, renovando-a. No caso de Guimarães Rosa, a inovação atingiu fortemente a linguagem, através do emprego do discurso direto e do discurso indireto livre, revolucionando vocabulário e sintaxe.
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