Lingua Brasileira De Sinais A Lingua Brasileira De Sinais Na Pratica Docente
Ensaios: Lingua Brasileira De Sinais A Lingua Brasileira De Sinais Na Pratica Docente. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 357797516 • 5/11/2013 • 2.286 Palavras (10 Páginas) • 492 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
A compreensão da estrutura da sociedade e a sua influência na educação é um dos principais assuntos da pedagogia. Neste sentido, a contribuição da Filosofia é inegável, com seu aspecto inquisitivo e investigador. Ela nos ajuda a melhor compreender o mundo em que vivemos, a sociedade à qual pertencemos e a influência que todos os meios de divulgação de informação em massa exercem sobre nossas vidas e a educação. É neste sentido que denominamos nosso trabalho de “Reflexo da Construção Histórica e Cultural na Educação”, fruto da leitura dos textos recomendados, dos vídeos disponibilizados no site “YouTube” (www.youtube.com), bem como da pesquisa em textos encontrados através do site de busca “Google” (www.google.com.br).
O trabalho está dividido em quatro temas principais, “O estudo da Filosofia”, “As duas realidades da Educação”, “A Indústria Cultural e a Escola Brasileira” e “Pierre Bourdieu e a desigualdade”, que completam uma visão geral dos aspetos filosóficos da educação.
2 O ESTUDO DA FILOSOFIA
Por que estudar filosofia? Em que sentidos a filosofia pode contribuir para a educação? Estas são questões pertinentes especialmente em vista do caráter especulativo e aberto de tal disciplina. A filosofia não produz resultados substanciais como outras disciplinas como a física, a matemática ou a história, por exemplo. Os resultados da filosofia são pouco consensuais, já que suas proposições estão sempre em aberto, não que as outras disciplinas não tenham proposições em aberto, mas como elas produzem resultados muito mais substanciais do que a filosofia são consideradas ciências exatas, em que há consenso em seus resultados. O intrigante, acerca da filosofia, é que seus resultados não são substanciais consensuais e quando são consensuais não são substanciais. Sendo a filosofia uma disciplina em aberto não seria lógico defender a ideia de que ao aparecer consenso em alguns dos seus resultados estes deveriam ser abandonados simplesmente pelo apego ao questionamento sem rumo.
A filosofia é uma disciplina a priori, que se faz apenas pelo pensamento e não a posteriori, por observação ou empirismo. Assim, se podemos testar empiricamente alguma hipótese, esta hipótese não é filosófica. Um problema é filosófico quando não houver quaisquer metodologias científicas ou formais para resolvê-lo. Dizer que apenas os filósofos deveriam filosofar também não é uma possibilidade única, pois filosofar é apresentar teorias, perspectivas ou teses e todos nós, em dado momento, apresentamos teorias, perspectivas ou teses e a defendemos com argumentação, que é o aspecto central da atividade filosófica. Não que outras disciplinas não tenham teses ou argumentações, mas tais proposições logo são ofuscadas pelo peso dos resultados obtidos. Na filosofia os argumentos são muito mais significativos e visíveis justamente porque não há teorias consensuais. Desta forma, não poderíamos supor que ensinar filosofia é apenas uma questão de tentar transmitir e compreender as teorias, mesmo porque as teorias dos diversos filósofos são conflitantes entre si e por isso é importante saber os motivos pelos quais cada filósofo defende a sua teoria. Se isto não for feito haverá a errônea impressão de que a filosofia é apenas uma babel de teorias diferentes uma das outras.
É inegável a importância da filosofia na compreensão da sociedade e do mundo em que vivemos em vista de que o homem se divide em homem carnal e espiritual. Não só da praticidade da carne se vive, da busca pelo alimento e as necessidades materiais. O homem tem necessidade das coisas espirituais, pois estas é que proporcionam um equilíbrio compensatório entre o prático, material e o etéreo, conceitual. A filosofia visa em primeiro lugar o conhecimento, o tipo de conhecimento que confere unidade sistemática ao corpo das ciências, bem como o que resulta de um exame crítico dos fundamentos de nossas civilizações, de nossos preconceitos e de nossas crenças. Assim, a filosofia é o meio pelo qual o homem se torna crítico, pois é a partir do momento em que passa a pensar, refletir, analisar os conceitos da sociedade, quando se vê como um membro com possibilidade de alterar o funcionamento do sistema ele passa a interagir e efetivamente modificar o meio em que vive. Desta forma o homem filosófico não aceita única e exclusivamente o que lhe é posto como certo a ser seguido, mas começa a filosofar e a ponderar o cotidiano dos seres humanos.
Como as instituições de ensino tem como vocação principal o ensino de conhecimentos a posteriori, a disciplina da filosofia encontra um terreno árido no mundo acadêmico, justamente pelo seu caráter a priori e pela falta de resultados consensuais e substanciais que produz. Desta forma fica dificultada a organização da disciplina em si bem como a tarefa de despertar o interesse e curiosidade entre os estudantes. Outro fator dificultante é a grande quantidade de teorias oferecidas pelos filósofos o que gera um grande volume de material para estudo, obscurecendo um pouco as competências e conteúdos centrais do ensino da filosofia. Por mais incrível que pareça, alguém que se torne filósofo não vai realmente filosofar. Na verdade ele vai se inteirar das teorias de todos os filósofos do passado e produzir relatórios baseados em suas pesquisas. Supor que ele prosseguiria de maneira mais sofisticada os pensamentos dos filósofos do passado, como se pudesse realmente proporcionar resultados consensuais sobre determinada teoria chega a ser ridículo. Este, talvez, seja um dos maiores obstáculos ao interesse pela disciplina, muito embora o valor do exercício de filosofar esteja justamente no desenvolvimento da capacidade de raciocinar, questionar, criar teorias e argumentações sobre o que nos cerca. A disciplina também sofre o preconceito quanto a sua utilidade e seu objetivo em meio às demais ciências técnicas ou exatas e torna-se marginalizada especialmente pela classe dominante que na verdade não deseja estimular a consciência, o pensamento e alimentar uma posição questionadora do homem. Ainda assim, a disciplina tem sua devida importância da área da pedagogia, pois sua dinâmica está apoiada na reflexão filosófica sobre a educação tornando-se essencial na instigação do educador na busca pelo conhecimento, nas soluções e nas respostas da sua prática educativa.
3 AS DUAS REALIDADES NA EDUCAÇÃO
Num ambiente parecido com os mais ousados filmes de ficção científica, a sala de aula do futuro mais parece o centro de controle das missões Apolo do que aquele velho formato de
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