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Língua Brasileira De Sinais Na Prática Docente

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Por:   •  7/4/2014  •  3.007 Palavras (13 Páginas)  •  381 Visualizações

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SUMÁRIO

Introdução.................................................................................................................................04

1. A surdez em seu aspecto médico, cultural e social.…..........................................................05

2. Atividades pedagógicas para alunos surdos e/ ou alunos com deficiência auditiva......................................................................................................................................07

3. A inserção da criança surda em classe de crianças ouvintes.................................................09

Considerações finais.................................................................................................................11

Referências...............................................................................................................................12

INTRODUÇÃO

Nos últimos anos houve uma mudança na concepção de surdez, de clínico-patológica a socioantropológica, passando a ser compreendida como diferença e não como deficiência. É preciso percorrer caminhos que nos permitam entender que a surdez está contida em um aspecto cultural social e educacional.

Essa concepção resultou em conquistas importantes para a educação do Surdo e sua cultura, como o reconhecimento da LIBRAS, direito a tradutores e intérpretes em uma educação bilíngue.

A língua de sinais anula a deficiência linguística e permite que os surdos se constituam membros de uma comunidade linguística diferente e não como um desvio de normalidade.

O conhecimento de vida das pessoas surdas foi passado por outros surdos e como a língua de sinais é o meio de interação social, é por ela que ele tem o acesso ao conhecimento de mundo.

O professor assume o papel de orientador, organizador das atividades de classe enfatizando o uso de língua de sinais em diálogos para aprenderem a se comunicar. Ao usar a LIBRAS os aprendizes entendem e produzem os sinais e também combinam as estruturas frasais em pequenos relatos.

A educação inclusiva é a inclusão de todos os alunos nas escolas e salas de aulas, de modo que haja o aprendizado do conteúdo escolar, independentemente de suas deficiências. O educador precisa adequar a sua prática pedagógica, para que atinja o aprendizado individual de cada aluno. Em relação ao aluno surdo, a comunicação e a adaptação pedagógica são sustento para o sucesso educacional.

1- A SURDEZ EM SEU ASPECTO MÉDICO, CULTURAL E SOCIAL.

A surdez ocorre quando há dificuldade ou impossibilidade de captar, conduzir ou perceber os estímulos sonoros oriundos do ambiente. Pode ocorrer em virtude de dificuldades de condução dos estímulos através das vias auditivas (surdez de condução) ou por transtornos das células perceptivas da cóclea ou do centro cerebral auditivo (surdez de percepção). Ambos os tipos de surdez podem ser uni ou bilateral; parcial ou total; progressiva ou súbita; iniciarem na infância ou na idade adulta e serem de grau leve, moderado ou grave.

O desenvolvimento completo de um indivíduo está relacionado com o desenvolvimento dos sistemas sensorial e perceptivo, pois é através desses sistemas que os estímulos ambientais são transmitidos a ele. Quando ocorre algum impedimento em um desses sistemas, seu desenvolvimento pode vir a ser prejudicado devido à dificuldade de interagir com o ambiente. É importante o diagnóstico precoce da surdez, para que sejam proporcionados estímulos adequados para o completo desenvolvimento do indivíduo.

Existem duas concepções da surdez: clínico-terapêutica – onde é tratada como patologia e concepção sócia antropológica - que entende a surdez como uma forma distinta de perceber o mundo e que tem uma maneira específica e diferenciada de construir a realidade histórica, política e social.

A cultura é expressa através da linguagem, dos valores e da arte. A consequência disso é a formação de um grupo com códigos próprios, de organização, solidariedade, etc. As culturas são recriadas em função de cada grupo que nelas se inserem e são definidas como um conjunto de forças subjetivas que dão sentido ao grupo.

A cultura, a linguagem e o diálogo são fatores fundamentais no processo de desenvolvimento do ser humano e, por ser exatamente a área comprometida no deficiente auditivo, é que se conclui que as consequências da surdez ultrapassam as dificuldades da comunicação e atingem todas as áreas do desenvolvimento. Por isso é fundamental que a sociedade reconheça o mesmo em todas as suas potencialidades.

Através de uma de suas capacidades, o deficiente auditivo é capaz de desenvolver a linguagem de sinais – sistema motor que faz uso da visão, da mão e do braço para produção e reconhecimento da linguagem. Esta é considerada a língua natural dos surdos e possui estrutura sintática própria.

No ano de 2.002 foi sancionada a lei 10.436 de 24 de abril de 2.002, reconhecendo a Libras como meio legal de expressão. Utilizando o bilinguismo como regra, o surdo tem duas línguas, a língua L1 que é a língua de sinais como a língua materna e L2 que é a língua oral do país em que vive.

Segundo Vygotsky (1993), o maior desafio para o deficiente auditivo no campo intelectual é a “formação de conceitos, generalizações e abstrações” por envolverem comportamentos verbais, sendo mais importante para eles à memória visual.

Existe uma ideologia criada pela cultura oral, que impõe ao surdo seu modo de vida. Uma ideologia que o define com supostos traços negativo, como anormalidade e deficiência. Tal ideologia prejudica a educação desenvolvida para ele. Durante muito tempo, os surdos foram discriminados como portadores de deficiência mental, devido à dificuldade de relacionamento. Por esse motivo foram criados vários movimentos sociais reivindicando, como prioridade, o reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).

Em consequência disso, as políticas públicas para a educação dos surdos, estão voltadas para a garantia de acesso e permanência do aluno surdo dentro das escolas regulares de ensino. O Governo vê a inclusão como uma forma de contribuição para o melhor desenvolvimento

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