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LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS NA PRÁTICA DOCENTE

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Por:   •  18/11/2013  •  4.766 Palavras (20 Páginas)  •  926 Visualizações

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LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS NA PRÁTICA DOCENTE.

1° RELATÓRIO:

Desde os primórdios da humanidade, a surdez tem sido objeto de polêmica e incompreensão, atualmente a surdez constitui um desafio tanto para educadores, linguistas, profissionais da área médica como para própria família. E a história revelou muitos conflitos no processo de compreensão da surdez que já foi considerada como maldição, loucura e patologia, porém pela falta de contato com o individuo surdo, o preconceito e a falta de informações fazem com que as pessoas tenham o entendimento inconveniente sobre o surdo.

O que podemos entender sobre a surdez em termos médicos, é a caracterização em níveis do acelerado ao profundo. É também classificada hipoacusia (consiste na perda parcial ou total da audição) os tipos de surdez quanto ao grau de perda auditiva:

• Perda auditiva leve: Não tem efeito significativo no desenvolvimento desde que não progrida, geralmente não é necessário uso de aparelho auditivo.

• Perda auditiva moderada: Pode interferir no desenvolvimento da fala e linguagem, mas não chega a impedir que o individuo fale.

• Perda auditiva severa: Interfere no desenvolvimento da fala e linguagem, mas com o uso de aparelho auditivo poderá receber informações utilizando a audição para o desenvolvimento da fala e linguagem.

• Perda auditiva profunda: Sem intervenção a fala e a linguagem dificilmente irão ocorrer.

O termo deficiente auditivo tem sido largamente utilizado por profissionais ligados à educação dos surdos, o uso desta expressão deficiente auditivo, já foi muito criticado refletindo uma visão médico-organicista, pois nela o surdo é visto como portador de uma patologia localizada, uma deficiência que precisa ser tratada, esse termo não é aceita no meio da comunidade surda. Outra e provavelmente a mais antiga e incorreta denominação atribuída ao surdo é o termo Surdo-Mudo, o fato de uma pessoa ser surda não significa que ela seja muda.

Ao longo dos anos, as pesquisas interdisciplinares sobre surdez e sobre as línguas de sinais, realizadas no Brasil e em outros países, tem contribuído para a modificação gradual da visão dos surdos, compartilhada pela sociedade ouvinte em geral. No caso específico dos surdos brasileiros, cuja língua materna de sinais é a LIBRAS – LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS, os intérpretes que os assistem são chamados de TILS - Intérpretes de LIBRAS.

O interprete da língua de sinais tem um papel muito importante dentro da socialização do surdo, porém o mesmo tem que estar inserido ao seu meio, pois quando não há esta ligação ao contexto cultural haverá uma multifacetada problemática influenciando na qualidade de sua interpretação.

Ao elucidarmos que temos um grupo majoritário ouvintes e minoria surda, muitas vezes vamos encontrar por parte de muitos ouvintes uma suposta superioridade acarretando distanciamento da inclusão não digamos natural a cultura surda, mas com base a troca de experiências tentando quebrar o impacto dessa diferença cultural entre surdos e ouvintes.

A educação dos surdos passou por profundas transformações no decorrer do seu desenvolvimento e podemos dizer que em muitos momentos foi traumatizante para alguns sujeitos surdos em virtude de uma imposição ao oralismo, não respeitando a sua cultura e língua. A consequência disso foi que os surdos não tiveram uma escolarização efetiva, ocasionando um atraso escolar.

Educação é sempre um tema bastante debatido nos meios acadêmicos. Há muitas dúvidas e questionamentos sobre qual a melhor metodologia de ensino, tanto de alunos ouvintes quanto de alunos surdos. No caso dos alunos surdos, esse assunto é um tanto quanto delicado, pois exige um conhecimento que vai além do que é ensinado nos ensinos regulares. É necessário ir muito além, para que o ensino a eles oferecido possa realmente atender a todas, ou quase todas as necessidades e expectativas.

Atualmente os debates e estudos sobre o processo de ensino e aprendizagem de alunos surdos vêm ocupando um importante espaço não só nas instâncias educacionais como também na comunidade surda. Quanto mais cedo uma criança surda for introduzida a sua língua materna “língua de sinais” mais fácil vai ser o entendimento dela em seu meio, portanto para crianças que já convivem em um meio que se utiliza da sua linguagem de sinais fica mais fácil assimilar e entender, porém para crianças que o desconhecem isso lhes parecerá estranho e alheio a sua realidade, determinando o seu fracasso escolar, pois não faz parte de sua vivência, a sua cultura nativa é desvalorizada e o seu capital cultural é baixo ou quase nulo. Se for dada oportunidade ao surdo de adquirir a sua língua, como primeira língua, ele terá condições de desenvolver todo o seu potencial linguístico e, dessa forma, o seu potencial cognitivo.

Apesar de bastante recente, o Brasil adquiriu grandes progressos e conquistas umas das mais importantes é a regulamentação e o reconhecimento da LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais como língua oficial dos surdos brasileiros conforme Lei N°10.436 10 de Abril de 2002 comemora-se no dia 26 de setembro o “DIA NACIONAL DO SURDO” e no dia 30 de setembro “DIA INTERNACIONAL DO SURDO”, mais um marco salientando a importância da inclusão do surdo na sociedade mas com a sua identidade própria.

2° RELATÓRIO:

A educação do aluno surdo começa em seu lar dando prosseguimento na escola, por isso é importante uma constante comunicação entre aos que está ao seu meio, como a família, alunos, pais e professores, tendo a escola, a direção, funcionários, professores e estudantes considerar a educação do surdo de maneira séria e consciente, estimulando-o a desenvolver todas as suas potencialidades harmoniosamente. Ele precisa sentir-se seguro para assim desenvolver sua autoestima, e quando isso ocorrer à troca de linguagem se dará de forma natural fazendo com que durante a socialização entre as crianças o próprio surdo ensine sua língua as demais crianças.

A integração da criança surda na escola regular tem como principal vantagem, a habituação tanto dos surdos quanto dos ouvintes de viverem no mesmo ambiente, a criação espontânea do respeito mútuo, fazendo com que a criança surda possa se tornar um adulto integrado na sociedade, sem necessariamente carregar o estigma de pessoa incapaz e assim interagir normalmente no ambiente que faz parte.

É necessário favorecer condições para que professores e especialistas em educação possam identificar e atender às necessidades educacionais especiais de alunos

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