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Linguagem, linguagem e linguagem gestual

Tese: Linguagem, linguagem e linguagem gestual. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  3/10/2014  •  Tese  •  7.505 Palavras (31 Páginas)  •  561 Visualizações

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MODULO 02: Linguagem, Língua e Língua de Sinais

Linguagem é um sistema de comunicação natural ou artificial, humano ou não. Dessa forma, qualquer tipo de comunicação é considerada como linguagem assim como: a linguagem corporal, as expressões faciais, a maneira de nos vestirmos, a linguagem de outros sinais, os sinais de trânsito, a música, a pintura enfim todos os meios de comunicação.

O conceito de língua é mais restrito. Língua é um tipo de linguagem e define-se como um sistema abstrato de regras gramaticais.

As línguas podem ser orias-auditivas ou espaço-visual. As línguas são tidas como orais-auditivas quando a forma de recepção não-agrafa ( não escrita) é a audição e a forma de reprodução (não escrita) é a oralização. Temos como exemplo a língua portuguesa. As línguas espaços-visuais são naturalmente reproduzidas por sinais manuais. Neste caso temos a língua brasileira de sinais - libras.

A Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS — como toda língua de sinais, foi criada em comunidades surdas que se contataram entre si e a passavam ao longo de gerações. É uma língua de modalidade gestual-visual porque utiliza como canal ou meio de comunicação, movimentos gestuais e expressões faciais que são percebidos pela visão para captar movimentos, principalmente das mão, a fim de transmitir uma mensagem, diferenciam da língua portuguesa, que é uma língua de modalidade oral-auditiva por utilizar, como canal ou meio de comunicação, sons articulados que são percebidos pelos ouvidos.

Devido a essa diferença de canal de comunicação, normalmente os sinais utilizados nas línguas de sinais são entendidos como simples gestos. Outras vezes toda a língua sinalizada é dita como mera mímica ou pantomima. Durante muito tempo, foi considerada — e para alguns ainda o é —um sistema natural de gestos, sem nenhuma estrutura gramatical própria e com áreas restritas de uso.

Entretanto, pesquisas sobre as línguas de sinais vêm mostrando que elas são comparáveis, em complexidade e expressividade, a quaisquer línguas orais: expressam idéias sutis, complexas e abstratas. Os seus usuários podem não apenas discutir filosofia, literatura ou política, além de esportes, trabalho, moda, como também utilizá-la com função estética para fazer poesias, histórias, teatro e humor.

A língua de sinais contém todos os componentes pertinentes às línguas orais, como gramática, fonologia, semântica, morfologia, sintaxe preenchendo, assim, os requisitos científicos para ser considerada instrumento lingüístico de poder e força. Além de possuir todos os elementos classificatórios identificáveis de uma língua, a LIBRAS demanda prática para seu aprendizado, como qualquer outra língua.

MODULO 03: datilologia - alfabeto manual em libras

A datilologia é um alfabeto manual para nomear objetos, palavras que ainda não existem na língua de sinais. Ela não apenas oferece ao surdo a possibilidade de fazer nomeações, demandas linguísticas de trocas com um grupo da língua estrangeira, mas também se submete à lei econômica da própria língua.

Quando não existe um sinal para determinado conceito, é utilizada para soletrar palavras da língua oral. Nesse caso, diz-se que essas soletrações são empréstimos da Língua Portuguesa.

MODULO 04: Aspectos Clínicos da Surdez

Deficiência auditiva é considerada genericamente como a diferença existente entre a performance do indivíduo e a habilidade normal para a detecção sonora de acordo com padrões estabelecidos pela American National Standards Institute (ANSI - 1989).

Zero audiométrico (0 dB N.A) refere-se aos valores de níveis de audição que correspondem à média de detecção de sons em várias freqüências, por exemplo: 500 Hz, 1000 Hz, 2000 Hz, etc.

Considera-se, em geral, que a audição normal corresponde à habilidade para detecção de sons até 20 dB N.A (decibéis, nível de audição).

Som, Audição e Fala

Um dos elementos indispensáveis para os processos normais da audição e a fala é o som. Este, em si, é uma onda mecânica longitudinal que se propaga a través do ar. Entre as suas características específicas se encontram a freqüência e a intensidade, que são objeto de estudo da acústica, uma rama da física.

O ouvido humano em situações normais pode captar sons de uma frequência entre 16 e 20.000 ciclos por segundo (vibrações dobles por segundo ou hertz), ainda que pelo geral é mais sensível às diferencias entre um tono e outro quando se acham 50 dB (decibéis) por acima do umbral de audição e na gama dos 500 a os 4.000 ciclos por segundo (zona da discriminação auditiva da fala).

Entre maior seja o número de hertz (Hz) da onda sonora, mais agudo será o som segundo a sensação subjetiva do individuo, e maior será a frequência.

NÍVEIS DE SURDEZ

• Audição Normal - Limiares entre 0 a 24 dB nível de audição.

• Deficiência Auditiva Leve - Limiares entre 25 a 40 dB nível de audição.

• Deficiência Auditiva Moderna - Limiares entre 41 e 70 dB nível de audição.

• Deficiência Auditiva Severa - Limiares entre 71 e 90 dB nível de audição.

• Deficiência Auditiva Profunda - Limiares acima de 90 dB.

NÍVEIS DE RUÍDOS

Limiar de audibilidade ( 2x10-4 ) dina/cm2 a 1000Hz. 0 dB

Murmúrio 15 dB's

Conversação em voz baixa 20 dB's

Interior de Residência no Campo 25 dB's

Interior de Residência na Cidade 45 dB's

Escritório 55 dB's

Orquestra sinfônica a dez metros de distancia 85 dB's

Martelo Pneumático 90 dB's

Ruído

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