Literatura e os Direitos Humanos
Por: Carla Baron • 19/9/2016 • Trabalho acadêmico • 1.099 Palavras (5 Páginas) • 616 Visualizações
Carla Baron Prado
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POLO
Facsul Campo Grande/MS
2016
Trabalho em Grupo (TG)
Segundo o notório estudioso Antônio Cândido, a literatura deveria constar nos direitos humanos, pois é um bem incompressível e, como tal, se constitui em uma necessidade universal. Com base nessa proposta, em que a leitura de um texto literário contribui para o desenvolvimento humano?
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Sumário
- Introdução
- Desenvolvimento
- Conclusão
- Fontes
Introdução
Estudos Disciplinares I
Trabalho em grupo referente à matéria Estudos Disciplinares I, do curso de Letras/Inglês apresentado à Universidade Paulista (UNIP).
Aluna Carla Baron Prado – RA 1620529
Professora: Ana Lúcia Machado da Silva
Desenvolvimento
Quando pensamos em Direitos Humanos, temos como princípio reconhecer aquilo que é indispensável para o próximo. E é justamente nesse ponto que há divergências.
A grande maioria quando questionada sobre tais direitos, imediatamente relaciona: alimentação, saúde, moradia, segurança, educação. Restringindo a educação ao saber ler e escrever.
Quando Antonio Candido defende a introdução da arte e da literatura a essa lista, encontra certa barreira já que por muitas vezes esses itens são relegados a segundo plano, ou quando equiparados a primeira lista, se tornam obsoletos.
“A alimentação é a prioridade! ” – Nesse ponto não há discordância, mas nos leva ao questionamento do porque a alimentação mental não é vista e considerada, já que é justamente isso que nos difere dos animais irracionais.
Enquanto que em uma alcateia a necessidade básica é a alimentação, reprodução e proteção, o ser humano consegue ir além dessa tríade.
Nós temos capacidade de raciocínio, senso crítico e consciência de nós mesmos. E isso nos permite analisar fatos, reconhecer problemas, fazer questionamentos e elaborar conclusões, transmutando tudo isso em conhecimento.
Tal conhecimento é adquirido em várias fontes, como na antiguidade onde as lendas e folclores passavam para as gerações mais novas informações sobre os perigos a espreita, as formas de plantio, os ritos religiosos.
Posteriormente, com o advento da escrita, as informações eram perpetuadas em pedras. Depois, com a organização mais elaborada das civilizações, vieram pergaminhos, papiros. Até chegarmos nos dias atuais com a nossa maciça e veloz transmissão de dados.
Lembrando que essa absorção de informações para ser plena deve haver o questionamento sobre as visões tradicionais e a própria vida em sociedade, modificando assim nossa visão de mundo e nossa postura em relação a ele. Como bem representado na figura do professor John Keating (Robin Williams), no filme A Sociedade dos Poetas Mortos.
Segundo Candido, a literatura tem papel crucial nessa evolução, já que “desenvolve em nós a quota de humanidade na medida que nos torna mais compreensivos e abertos para a natureza, a sociedade, o semelhante” (CANDIDO, 2004, P 180). O ensino da literatura, como agente transformador, precisa promover a reflexão e incitar o leitor a interagir com o texto e a reconstruílo levando-o assim a ser coautor.
O sociólogo apresenta três aspectos que ele considera serem funções humanizadoras da
Literatura:
1) Caráter estético: a obra como construção
A forma é condição para que o conteúdo da obra atue sobre o leitor. O escritor transforma o repertório de sua linguagem numa construção dotada de ordem, e essa ordem, por sua vez, organiza a mente do leitor. Essa é a primeira função humanizadora da Literatura, promovendo em nós as habilidades que nos ajudam a organizar os pensamentos.
2) Caráter subjetivo: a obra como tradutora de sentimento
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