MATRIZ DE RISCO
Relatório de pesquisa: MATRIZ DE RISCO. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: MARIA458 • 10/11/2014 • Relatório de pesquisa • 762 Palavras (4 Páginas) • 325 Visualizações
1 APRESENTAÇÃO
No contexto atual de gestão de riscos e controles internos
nas empresas, uma estratégia utilizada é a de implementar
ou aprimorar os controles internos com base
na identifi cação e mensuração dos riscos empresariais
(MARTIN et al., 2004; SPIRA, 2003; BERGAMINI JUNIOR,
2005). É possível considerar a existência de duas abordagens
de mensuração de riscos, a qualitativa e a quantitativa
(CROUHY; GALAI; MARK, 2004). Em ambas, a mensuração
é defi nida a partir do conhecimento das variáveis
freqüência (ou probabilidade de ocorrência) e severidade
(ou impacto fi nanceiro), associadas aos eventos de perdas
identifi cados nos processos das empresas. Pela abordagem
qualitativa, o nível de risco é avaliado a partir da atribuição
de critérios de classifi cação à freqüência e à severidade, enquanto
pela abordagem quantitativa o risco é avaliado por
modelos probabilísticos (ver JORION, 2003; CRUZ, 2002).
Neste artigo, considera-se a abordagem qualitativa.
Uma das técnicas empregadas para avaliação qualitativa
de riscos é o processo de auto-avaliação conhecido
como Control Self Assessment (CSA), que consiste em
avaliar, de maneira descentralizada e contínua, a efetividade
dos controles e a potencialidade (freqüência versus
severidade) dos riscos, possibilitando a detecção de exposições
indesejadas e a implementação de medidas corretivas
(WADE; WYNNE, 1999). O processo de auto-gestão
pode ser implantado através de dois métodos básicos: o
mapeamento de processos (process mapping) e a aplicação
de questionários (check lists) de controles internos (BCBS,
2003). O uso desses métodos tem produzido bons resultados
no que se refere à identifi cação dos riscos que afetam
as atividades empresariais, à avaliação dos níveis de exposição
e à defi nição de planos de melhoria que conduzam a
empresa a um ambiente de controle adequado. Por outro
lado, tais métodos se mostram limitados quando se trata
de detectar situações em que os controles implementados
estejam aquém do necessário ou confi gurem um dispêndio
excessivo em controles para aqueles riscos que não representam
um potencial de perda relevante.
Há, portanto, um problema de otimização da relação
entre o nível de controle desejado e os custos de implementação
dos controles necessários. Considerações sobre
a natureza desse problema são apresentadas pelo COSO
(2004), que reconhece a existência de restrições de recursos,
de tal forma que as empresas devem considerar os
custos e os benefícios associados a cada alternativa de
controle.
Nesse contexto, este artigo apresenta uma metodologia
de mensuração do nível de controle de riscos, a partir da
construção de um índice de desempenho de controle, composto
pela capacidade de os controles mitigarem os riscos
e pela efi cácia dos controles implantados. A metodologia
possibilita ao gestor de riscos identifi car para quais riscos é
necessário melhoria de controle, quais possuem controles
adequados e quais controles em excesso. Para isso, defi nese
uma matriz de desempenho de controle, a partir da qual
é possível estabelecer regiões de prioridade de melhoria dos
controles em função do nível de tolerância ao risco. A aplicação
da metodologia viabiliza a alocação ótima dos recursos
disponíveis para implantação de planos de ação para minimizar
a exposição a riscos, à medida que auxilia o gestor de
riscos
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