Ministerio Da Educação
Trabalho Universitário: Ministerio Da Educação. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: andremono • 12/4/2013 • 8.936 Palavras (36 Páginas) • 629 Visualizações
“CONFERÊNCIA NACIONAL DA EDUCAÇÃO BÁSICA”
DOCUMENTO REFERÊNCIA
INTRODUÇÃO
Historicamente, no Brasil, inúmeros movimentos sócio-políticos
contribuíram para a construção de uma concepção ampla de educação, que
incorporasse a articulação entre os níveis e modalidades de ensino, bem como
os processos educativos ocorridos fora do ambiente escolar, nos diversos
momentos da prática social.
Tais movimentos têm sua trajetória fortemente marcada pelo manifesto
dos pioneiros da educação, passando por várias reformas educacionais. Mas
essa concepção esteve presente, sobretudo, nas conferências brasileiras de
educação1, nos congressos nacionais de educação2 e, ainda, nas conferências
nacionais de educação e cultura promovidas pela Câmara dos Deputados e
nas conferências e encontros realizados pelo MEC3.
Em que pese a importância política desses movimentos, o Estado
Nacional ainda carece da firme adesão da sociedade civil e política na
concepção, organização e implementação de uma Conferência Nacional de
Educação.
Por isso,se precedida de conferências estaduais com ampla
participação, essa dinâmica político-pedagógica poderá efetivamente contribuir
para a rediscussão das políticas educacionais, programas e ações
governamentais, a fim de consolidar a educação como direito social, a
democratização da gestão, o acesso e a garantia da permanência de crianças,
jovens e adultos nas instituições de ensino brasileiras e o respeito à
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Na década de 1980 foram realizadas seis Conferências Brasileiras de Educação (CBE) sendo: I
CBE, 1980 – São Paulo; II CBE, 1982 – Belo Horizonte; III CBE, 1984 – Niterói; IV CBE, 1986 – Goiânia;
V CBE, 1988 – Brasília e VI CBE, 1991 – São Paulo.
2
Foram realizados cinco congressos Nacionais de Educação (Coneds) sendo: I Coned, Belo
Horizonte, 1996; II Coned, Belo Horizionte, 1997, III Coned, Porto Alegre, 1999, IV Coned, São Paulo,
2003 e V Coned, Recife, 2004.
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O esforço desenvolvido pela Câmara dos Deputados, por meio de sua Comissão de Educação e
Cultura, realizando cinco Conferências Nacionais de Educação (2000-2005); as Metas do Milênio na
perspectiva de se ter uma educação para todos; os programas e políticas educacionais, induzidos pelo
Ministério, em debate na sociedade; a Conferência Nacional de Educação Profissional, os objetivos e
metas estabelecidos, desde 2001, pelo Plano Nacional de Educação; a riqueza dos encontros
educacionais específicos, a exemplo dos ENEJAS, dos Seminários para debater currículo e do 1º
Simpósio Nacional da Educação Básica são fatos que precisam ser referenciados como se deu o amplo
debate nacional, precedido de fóruns regionais, promovidos pelo Ministério da Educação.
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diversidade. O que implica o enfrentamento de, pelo menos, quatro grandes
desafios:
•Promover a construção de um Sistema Nacional de Educação,
responsável pela institucionalização de uma orientação política comum e de um
trabalho permanente do Estado e da Sociedade na garantia do direito à
educação;
•Indicar, para o conjunto das políticas educacionais de forma articulada
entre os sistemas de ensino, a garantia da democratização da gestão e da
qualidade social da educação básica, assim como as condições adequadas e
necessárias para o trabalho dos docentes e funcionários;
•Definir parâmetros e diretrizes para a qualificação do professor e o
direito do aluno à formação integral com qualidade;
•Propiciar condições para a definição de políticas educacionais que
promovam a inclusão social e o respeito à diversidade de forma articulada
entre os sistemas de ensino.
O debate nacional sobre educação básica, envolvendo a sociedade
política e civil, deve se orientar para uma Mobilização Nacional pela Qualidade
e Valorização da Educação Básica, por meio da definição de referências e
concepções fundamentais em torno de um projeto de Estado para a educação
nacional. Deve-se promover a mobilização dos diferentes segmentos sociais
visando a um amplo debate sobre os limites à consolidação de uma efetiva
educação democrática e as potencialidades da educação nacional, bem como
sobre as proposições pedagógicas e políticas capazes de fazer avançar o
panorama educacional brasileiro. Nessa agenda, alguns pontos podem surgir
como imprescindíveis,
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