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Nicolau Sevcenko, em Literatura como Missão: Tensões Sociais e Criação Cultural na Primeira República

Por:   •  20/8/2016  •  Trabalho acadêmico  •  542 Palavras (3 Páginas)  •  612 Visualizações

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Nicolau Sevcenko, em Literatura como Missão: Tensões Sociais e Criação Cultural na Primeira República,

Durante esse ensaio, analisarei o ponto de vista intelectual que a sociedade brasileira tinha durante a Primeira República, época em que viveu o autor Lima Barreto, em contraventora à concepção que ele próprio elaborou sobre a atuação do intelectual, o que acabou por conduzir todo o seu fazer literário, ocasionando em um projeto de um saber militante. Diferentes estudiosos, a despeito de censuras que a crítica lhe aplicava, notaram que a obra de Lima Barreto tinha a real relevância e que não se referia apenas da manifestação de dores pessoais.

Para justificar minha pesquisa, fragmento meu ensaio em três partes, no primeiro capítulo faço um levantamento do meio histórico para, no segundo,  examinar o tema da intelectualidade naquele contexto social, apresentar o projeto do autor e exibir os temas que representam seus primordiais ideais da arte. Com o intuito de esclarecer com a própria Literatura, utilizei principalmente a sátira Os Bruzundangas , além de fazer alusão a outras obras e de expor trechos que pudessem colaborar para o estudo realizado.

Para entender a função da produção literária de Lima Barreto na Literatura Brasileira , ocasiona à imediata utilidade a uma compreensão do tempo histórico em que se introduz o autor, considerando se que sua obra tem uma estreiteza com os acontecimentos do momento em que viveu.  Pode se ressaltar que, em certa circunstancias, cada autor carrega em suas obras as particularidades de seu tempo,  as influências das correntes de pensamento em tendência em preciso período, pois que cada um compõe de um determinado espaço sócio histórico e, por esse motivo, sua escrita, ainda ficcional ou mesmo na hipótese em que o autor a afasta do momento mais direto, nunca poderá estar totalmente isento aos fatos da realidade. Porém nem todos os escritores optam por expor tão nitidamente em sua produção literária aos fatos, a conduta da sociedade e, sobretudo, os efeitos desses acontecimentos sobre as classes menos favorecidas como fez Lima Barreto.

É possível afirmar que a trajetória do regime monárquico para o republicano ocorre de modo  tranquilo. Para Boris Fausto a “passagem do Império para a República foi quase um passeio”¹, pois não acontecerá derramamento de sangue. Tudo funcionou como um acordo entre cavalheiros. Na verdade, a Proclamação da República não foi uma organização popular e sim militar.  Não se tem notícias de manifestações populares no dia 15 de Novembro de 1889. Instaurava-se, pois, a partir de um fato inesperado, rápido , sem derramamento de sangue e puramente militar, mais um regimento que se isolava do povo.

A alteração social se faz mediante conciliações entre o novo e o velho, ou seja, tendo-se em conta o plano imediatamente político, mediante um reformismo “pelo alto” que exclui inteiramente a participação popular².

Longe de ser efeito de clamor do povo, a República vinha para atender as necessidades de específica camada da sociedade, predominantemente aos interesses econômicos dessas classes sociais.  O período posterior à proclamação, ao contrário dessa, seria marcado por conflitos  entre diversos grupos que disputavam o poder, já que esses grupos diversificavam suas concepções de como organizar a República. No dia seguinte  à proclamação, formou-se o governo provisório, conduzido pelo amigo do imperador, Marechal  

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