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O Desafio Da Valorização Cultural No âmbito Educacional

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Por:   •  15/12/2013  •  648 Palavras (3 Páginas)  •  364 Visualizações

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O desafio da valorização cultural no âmbito educacional

O artigo Cultura, Língua e Emergência Dialógica (2010) publicado pela revista letras e letras, do professor doutor Lynn Mario T. Menezes de Souza da Universidade de São Paulo, discute algumas questões sobre ensino e aprendizagem de língua estrangeira. Temos um espectro tradicional de cultura que sugere a supressão das diferenças sócio-culturais, de modo a propiciar uma homogeneização do grupo. Alguns movimentos de unificação tradicional de internalizarão de valores e delimitações externas do que é aceitável, seriam uma forma de negar dos valores e crenças de outrem, reforçando um ponto de vista etnocêntrico, discriminando outros, exaltando seu grupo, seja pela sua condição social, pelos diferentes costumes, ou ainda por uma dessemelhante forma de se adornar.

Alguns estudiosos acreditavam que um conceito de homogeneidade cultural e língua nacional seria a solução para o caos sociocultural. No mundo podemos facilmente perceber manifestações culturais homogêneas e predominantes e outras que são, até mesmo, desvalorizadas, como se determinadas culturas fossem certas e apropriadas e outras fossem erradas e aleivosas. Não compreender que a cultura é construída legitima para esse entendimento.

A partir das discussões e críticas acerca dos estudos lingüísticos e os estudos da cultura, surge a Pragmática. Esse novo campo de estudo tinha por foco a língua além do sistema abstrato, ou seja, linguagem enquanto estruturas que geram ações. Levinson, pesquisador citado por Lynn, pressupõe que o conhecimento idêntico ou compartilhado em um grupo, com características sociais homogêneas, implica numa vigência de comportamento lingüístico normativo, que reje os interlocutores. Esse tipo de conceito que visa à contextualização da homogeneidade por abstrair os casos heterogêneos são idealizações condenadas ao fracasso, pois, segundo Bakhtin, somente a força centrípeta é valorizada. A força centrípeta centraliza e normatiza alguns fenômenos sociais, mas ela está concomitantemente sintonizada com a força centrífuga, que descentraliza e desagrega, como se uma força estivesse agindo sobre a outra.

A linguagem e a cultura são concebidas como sendo socialmente situada e apropriada ao invés de serem criadas por vários indivíduos. Criar uma língua unitária por meio de um sistema normativo que tente centralizar o pensamento seria como se cada indivíduo fosse avulso, isso seria irreal, pois cada componente de uma comunidade pertence a vários grupos sociais. E, cada grupo possui seu conjunto de signos. Então, a força centrípeta garante alguns elementos em comum e a força centrífuga confere diferenças e alterações, introduzindo na sociedade novos conceitos e transformações.

A inseparabilidade entre língua e cultura é cada vez mais evidente no mundo globalizado, na qual seria necessário um ensino intercultural, em que cultura e língua marchem lado a lado como fatores fundamentais na promoção de uma convivência compartilhada no planeta. Mais do que habilitar, é refletir em como aparelhar os alunos para um mundo multicultural, agenciando o aprendizado em diversos níveis: local, regional, nacional e internacional. Isso significa conscientizá-lo, a partir de situações reais de uso da língua, a estima em despertar a concepção de

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