O Mundo das Mulheres na Literatura Africana

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA

IEAD – Instituto de Educação a Distância

CURSO: ESPECIALIZAÇÃO INTERDISCIPLINAR EM LITERATURAS AFRICANAS DE LÍNGUA PORTUGUESA

DISCIPLINA: LITERATURA E GÊNERO NOS PAÍSES AFRICANOS DE LÍNGUA PORTUGUESA

ALUNO: GILBERTO MACIEL PAIVA JÚNIOR

Tarefa da Unidade 3 - O mundo das mulheres pela voz e escrita de Paulina Chiziane

De acordo com a entrevista concedida por Paulina Chiziane (abaixo) responda as questões:

1. Qual a visão de Paulina Chiziane sobre a relação entre o feminismo europeu e sua produção literária, aspecto este destacado por certos estudos de sua obra?

RESPOSTA:

Conforme a visão de Paulina Chiziane o feminismo europeu na cultura moçambicana ainda é frágil e sem sustentação, pois ainda há muitas coisas arraigadas na cultura moçambicana em virtude do processo de colonização. Ela destaca que, por mais que em muitos casos a mulher seja a responsável por liderar o lar e educá-lo, ela o faz de forma, ainda, a educar para o machismo. Portanto, o papel de Paulina enquanto escritora é gerar questionamentos, é fomentar indagações sobre qual é o real papel do machismo na sociedade moçambicana contemporânea.

2. Qual/quais ponto/s de vista da autora sobre a relação entre a escrita literária em Moçambique e a história do país?

RESPOSTA:

Tendo por base o viés literário, Paulina prefere dizer que não se trata de uma romancista, pois se o fora, deveria seguir uma série de regras para que se enquadrasse nesse referido perfil de escrita. Prefere ser chamada de escritora, pois para ela não há padrões a serem seguidos, tratando-se apenas de uma contadora de histórias. Ainda sobre o padrão de escrita europeu, Paulina destaca que as publicações têm um padrão ficcional, enquanto ela prefere trazer em suas obras os aspectos da realidade. Há muito em suas obras da presença da oralidade, das histórias que são transmitidas às gerações ao redor das fogueiras por uma pessoa mais experiente. A autora relata, ainda, que teve a experiência de passar pelas várias fases do país, desde o colonialismo até a contemporaneidade, buscando fazer reflexões históricas através das novas convivências e podendo retomar as relações com o passado em algumas delas.

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