O Número do Registro Acadêmico
Por: Karla Cristiane. • 30/5/2022 • Trabalho acadêmico • 1.393 Palavras (6 Páginas) • 350 Visualizações
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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Nome da Componente Curricular | Linguísticas II |
Nome do/da Docente | Alexandre Sebastião Ferrari Soares |
Nome do/da Discente | Karla Cristiane Ferreira Daluz |
Número do Registro Acadêmico (RA) | 66400 |
Nome do Polo | Polo de Foz do Iguaçu (PR) |
Nome da Cidade em que reside | Foz do Iguaçu (PR) |
Nome da Atividade Avaliativa | Atividade Avaliativa 1 |
RESPOSTAS DA ATIVIDADE
Atividade Avaliativa 1 – Roteiro de Leitura I
1. Por que os autores afirmam que quando há variações linguísticas, ou seja, formas diferentes para dizer as mesmas coisas, o valor atribuído aos falantes reflete o valor que se atribui à forma linguística?
R: Segundo o autor, o contexto espacial em que o sujeito está inserido representa a influência do espaço sobre ele. O desenvolvimento da linguagem de um falante é influenciado por fatores sociais. Algumas pessoas dizem que linguagem e espaço estão intimamente relacionados. Da mesma forma, Labov diz que toda mudança linguística é influenciada pelo contexto do falante porque nenhuma mudança ocorre em um vácuo social. O sistema linguístico é o contexto sociocultural que influência o discurso porque não é o sujeito nem a liberdade de sua consciência, mas é influenciado pelos determinantes socioculturais do texto de vida do sujeito, pois ele não existe em si mesmo, existe apenas em função de uma realidade sociocultural na qual os falantes da língua estão inseridos. Não há como separar a língua do falante que já a utiliza, como também, não podemos retirar do seu contexto de vida. Ambos estão interligados.
2. Qual/quais argumento/s são usados pelos autores quando afirmam ainda que a forma linguística usada reflete a posição social mesmo quando há uma ascensão social?
R: “ Os valores sociais são atribuídos a regras linguísticas somente quando há variação”, quando se tem uma diferença dentro de um grupo social, os seus valores sociais são transferidos para essa diferença. Assim, o contexto social que produz uma forma de linguagem afeta o valor atribuído a ela. Portanto, não há como negar a relação entre linguagem e sociedade.
3. Como é possível acontecer o movimento de classe numa sociedade?
R: O movimento de classes é um processo que não ocorre sem que haja uma verdadeira tensão, mas se desenvolve em lutas sociais sustentadas pela resistência e contra resistência. O combustível dessas lutas é a desigualdade social, onde grupos com maior poder lutam para manter seus níveis de poder, enquanto outros grupos com menos poder resistem a ações que são consideradas grupos para manter o poder que governa. Os movimentos têm suas origens tanto em grupos dominantes quanto em grupos contrários à dominação, e o resultado dessa luta é o fortalecimento de uns e o enfraquecimento de outros.
4. O embate de forças entre as classes sociais se dá também através do uso de formas linguísticas. Por que as formas são estigmatizadas?
R: O valor social da língua só ganha importância quando as formas linguísticas se contestam, ou seja, quando há variação linguística, a forma valorizada será do grupo que possui maior status social ou da classe. Deste modo, não há elementos internos na forma verbal que justifique os seus valores em uso. Ao contrário, temos elementos extralinguísticos que lhe confirmam a superioridade em relação às formas linguísticas concorrentes. Dessa forma, uma forma linguística só é desvalorizada ou valorizada em relação a função do grupo ou da classe que a realiza.
5. Segundo o texto, o falante não é sozinho o responsável pela mudança em sua fala, mas a mudança da posição social?
R: A variação no comportamento linguístico não exerce, em si mesma, uma influência poderosa sobre o desenvolvimento social, nem afeta drasticamente as perspectivas de vida do indivíduo; pelo contrário, a forma do comportamento linguístico muda rapidamente à medida que muda a posição social do falante. Essa maleabilidade da língua sustenta sua grande utilidade como indicador de mudança social. O falante não muda por si só sua maneira de falar. Não é a fala em si mesma que faz com que o falante mude de posição social, mas, ao contrário, é a mudança de posição social que faz o falante mudar sua maneira de falar. Porém essa mudança é relativa, pois mesmo que o falante mude de posição social, sua língua não muda por completo. Há marcas linguísticas que permanecem e fazem com que se perceba a sua origem social.
6. De que forma podemos afirmar que a língua é um fator de identificação social?
R: A língua não se realiza num vácuo social. Ela não existe fora da sociedade, da mesma forma que a sociedade não existe sem ela. A relação entre língua e sociedade não é uma relação em que uma determina a outra, mas de interação entre elas, em que uma se refrata na outra, num sistema de influências. A língua é um espelho pelo qual se pode observar o desenho da sociedade. Esta não é estática, da mesma forma que a língua não o é, ambas evoluem constantemente num processo de interação.
7. O texto, em toda a sua extensão, afirma que há, além da estratificação social, a estratificação linguística e que esta é uma barreira a impedir o falante de acender socialmente. O texto não traz exemplos dessa estratificação linguística, mas nos dá pistas sobre elas quando se refere à identidade de grupos em relação a outros. Quais ocorrências são percebidas por nós, profissionais da linguagem, sobre os usos e as marcas sociais desses usos?
R: Muitos acreditam que a língua não é algo imutável e homogênea, que flutua sobre os falantes. Ao contrário, todas as línguas sofrem variações ao decorrer do tempo, sofrendo assim, variações que nunca param. Ou seja, as variações linguísticas ocorrem de forma universal, gradual e contínua, embora apresentem regularidades consideráveis. Podemos concluir como exemplo, a nossa própria sociedade que é constituída por uma parte da população brasileira por semianalfabetos ou analfabetos, e outros que tiveram acesso, não a utilizam.
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