O PAPEL DO PROFESSOR NO ATO DE ENSINAR
Por: carol2901 • 6/9/2016 • Resenha • 1.079 Palavras (5 Páginas) • 1.847 Visualizações
FACULDADE MONTENEGRO
ESPECIALIZAÇÃO EM DOCENCIA DO ENSINO SUPERIOR
DISCIPLINA: DOCENCIA DO ENSINO SUPERIOR
O PAPEL DO PROFESSOR NO ATO DE ENSINAR
Caroline Silva Ferreira
Teresina – PI,
junho de 2012.
O ato de educar vem sendo motivo de muitas deliberações ao longo de anos, e com ele, a participação do educador tem papel de fundamental importância no processo. Ao professor cabem diversas funções que devem ser compreendidas por aqueles que desejam ou já estão na profissão educativa. Papeis estes que são adquiridos ao longo dos anos de estudos e preparação, além dos preceitos que vem junto a sua formação humanitária.
Sendo protagonista dessa condição, o educador deve estar preparado para o que vem a diante de sua formação universitária: o convívio com os educandos, suas particularidades, o meio social e estrutural, nesse sentido há de existir regras e procedimentos a serem seguidos para um melhor desempenho fora e dentro de classe. Ensinar requer, contudo, tarefas multidisciplinares do professor, a começar pelo contínuo e esforçado ato de se manter estudando, se atualizando, pesquisando, como Freire 1996 explicita “Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino”. Tendo por base este preceito de pesquisa e ensino nota-se o quão necessário é a atitude do educador no ato educacional, o qual deverá estar atento quanto ao método usado em sua prática pedagógica, que muitas vezes tem de se adaptar dependendo do público que o assiste.
Importante também se torna ao formador, estar atento ao conteúdo cognoscível que o aluno traz de sua vida regular, levando em consideração seu aprendizado familiar, social e psicológico, estes fazem parte da bagagem cultural que cada educando possui e que devem ser estimulados no ambiente educacional, ou seja, incentivar o conhecimento prévio e humanista dos alunos para efetivar uma aprendizagem mais democrática, não tradicionalmente passiva. “É por isso que transformar a experiência em puro treinamento técnico é amesquinhar o que há de fundamental humano no exercício educativo, o seu caráter formador. Se se respeita a natureza do ser humano, o ensino dos conteúdos não pode dar-se alheio à formação moral do educando” afirma Freire.
O ato de transmitir conhecimentos também exige uma postura correta do educador, devendo este relacionar seu discurso em sala com sua ideologia que esse vivencia no ambiente educacional e fora dele, isto sem dúvida, demonstra clareza de pensamento e ação perante aqueles que o assistem, que o admiram, posicionando sua prática à sua palavra. Este processo é de extreme relevância no espaço de ensino, pois os educandos acabam por ser um público integrado que vê no integrador de conhecimento um alicerce essencial na sua contínua formação cognitiva.
Ao levar em consideração o conhecimento acumulado do alunado e ponderar sua postura em sala de aula e fora dela, o professor deve também estar atencioso aos atos que inflamam o cotidiano do seu público, em especial aos atos discriminatórios que se tornam negativamente comuns no mundo. Esclarecer atitudes anti-preconceituosas é muito importante para a sociedade de um modo geral, pois se sabe que o ambiente educacional é a continuidade do familiar, sendo assim, um local em que deve haver uma discussão sadia a respeito de temas que convivem num mundo tão exagerado. Nesse sentido mais uma vez o educador tem de estar atento a posição que deve adquirir, assumindo, portanto, a responsabilidade pelas informações que são transmitidas. Devem ser orientadas posturas humanitárias e solidárias aos alunos.
Ao afirmar que “Uma das tarefas mais importantes da prática educativo-crítica é propiciar as condições em que os educandos em suas relações uns com os outros e todos com o professor ou a professora ensaiam a experiência profunda de assumir-se” Freire nos mostra a necessidade de tornar um público mais comprometido com a informação que lhes é apresentada, no intuito de criar pensadores críticos e capazes de reconhecer e formar sua própria identidade cultural, tão necessária para a concretização de mudanças de atitudes nas pessoas, mudanças estas que podem sempre começar pelo ambiente educativo.
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