O Trovadorismo
Por: Leonardo Maciel • 9/4/2018 • Resenha • 1.363 Palavras (6 Páginas) • 765 Visualizações
TROVADORISMO
O Trovadorismo corresponde à fase da história de Portugal que engloba a produção literária durante seus primeiros séculos de existência (séc XXII ao XV), e está intimamente ligado à formação do país como reino independente.
O conjunto de suas manifestações literárias reúne as poesias, que alcançaram grande popularidade entre os nobres e as pessoas comuns, e também os poemas feitos por trovadores para serem cantados em feiras, festas e castelos nos últimos séculos da Idade Média.
As poesias trovadorescas se dividem em dois gêneros: lírico e satírico. O gênero lírico se subdivide em duas categorias (cantigas de amigo e cantigas de amor) e o satírico é caracterizado pelas cantigas de escárnio e cantigas de maldizer.
Após certo período, as cantigas foram substituídas por poesias mais elaboradas, deixando assim de serem cantadas e passaram a ser escritas. Essas poesias se restringiam aos palácios e às pessoas mais nobres e cultas. Por isso, esse tipo de poesia era chamado de poesia palaciana. Ou seja: no Trovadorismo, as poesias eram cantadas (cantigas) pelos trovadores. No Humanismo, a poesia deixou de ser acompanhada de música e ficou mais elaborada e mais culta (poesia palaciana).
HUMANISMO
O Humanismo é também um período da história da Literatura Portuguesa situado entre a Idade Média e a Idade Moderna (séc. XV e início do XVI). Nesse período, o ser humano procura se valorizar mais, o Teocentrismo (Deus no centro de tudo) e o domínio da Igreja Católica são substituídos pelo Antropocentrismo (o homem no centro de tudo). Foi uma época de grandes avanços científicos (Galileu, por exemplo) e, assim, o homem passa a ser mais racional (Racionalismo).
Gil Vicente representou o início do teatro leigo (desvinculado do teatro cristão). Teatro rústico e primitivo, que critica o homem e os seus costumes com o propósito de reformá-los. Alguns destaques: Auto da Barca do Inferno, Auto da Lusitânia, Farsa de Inês Pereira.
Alguns aspectos no Humanismo de Gil Vicente (teatro moralizante que critica a sociedade), e Poesia Palaciana (mais sensual e elaborada do que as cantigas do Trovadorismo).
CLASSICISMO
Esse período marca o fim da dominação da Igreja Católica e sua doutrina “teocentrismo”, juntamente com a crise da Reforma Protestante e do choque com a evolução científica, que passa a considerar o homem como o centro do universo.
O classicismo foi o período literário da época do Renascimento (Idade Moderna). Umas das razões pelo nome “Renascimento”, é decorrente da volta à antiga cultura clássica da Grécia e da Roma Antiga.
Esse período foi chamado de “Classicismo”, pelas características do renascimento, do racionalismo e do paganismo. Essa época foi marcada também pelas grandes navegações. Com a abandono das pessoas à igreja católica, isso deu espaço para que as pessoas questionassem os dogmas do catolicismo e explorassem isso na arte.
O grande destaque dessa época foi Luís de Camões, que escreveu os Lusíadas, um poema épico que gira em torno da expansão de Portugal nas Grandes Navegações.
Essa era a obra que representava o Renascimento, pois falava a respeito do povo heroico português que foi desbravar o mar, que descobriu o novo continente. O herói é o povo português. Os portugueses avançaram contra os mares desconhecidos, esmagaram as superstições dos monstros invisíveis que habitavam as águas e redesenharam os mapas do mundo.
A obra é uma "epopeia", um poema épico de grandes proporções que narra o heroísmo e a bravura dos marinheiros portugueses que foram conquistar o mundo.
Vários deuses aparecem: Apolo, Baco, Neptuno, Júpiter, Vênus, entre outros. Há uma parte do poema onde Camões pede inspiração às "ninfas do rio Tejo" para poder escrever, o que não deixa de ser uma característica mitológica.
Esse poema é dividido em cinco partes:
1) Proposição: Camões mostra o assunto de seu poema, dizendo que vai escrever sobre uma viagem de Vasco da Gama às Índias, além de exaltar a glória do povo português em sua expansão pelo mundo, espalhando a fé cristã (a obra mistura mitologia com cristianismo).
2) Invocação: Camões pede às Tágides (musas mitológicas que ficam no rio Tejo) inspiração para escrever.
3) Dedicatória: Camões dedica o livro ao rei de Portugal, dedicando as linhas do canto 6 ao 17 só para isso. Camões diz ao rei (dom Sebastião) que confia a continuação das glórias e das conquistas do povo que estão sendo narradas no livro.
4) Narração: é o enredo em si.
5) Epílogo: Finalmente, Camões termina a sua obra com o epílogo. Nessa parte, o poeta fica triste ao observar a realidade, não vendo mais as glórias e as conquistas no futuro de seu povo.
Além de Os Lusíadas, camões escrevia poesias líricas. Elas eram escritas na medida velha (redondilhas) e seus versos eram decassílabos, além de seus sonetos, que eram formados por quatro estrofes: duas de quatros versos e duas de três versos.
QUINHETISMO
Foi o período das manifestações literárias do século XVI no Brasil. O Brasil era recém descoberto e tudo o que havia eram textos sobre o Brasil no ponto de vista dos europeus.
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