OS GÊNEROS TEXTUAIS – TRABALHANDO COM A REPORTAGEM

GÊNEROS TEXTUAIS – TRABALHANDO COM A REPORTAGEM

Luciana Fernanda Damasceno Guerra

Talita Soares de L. Brandão dos Santos

Professora – Simara Auany Pereira Marinho

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Licenciatura em Letras (LED 0258) Prática do Módulo VII

21/06/2016

RESUMO

O presente trabalho traz uma análisesobre os gêneros textuais, destacando a reportagem como objeto de estudo. Os gêneros textuais são asdiferentes formas de linguagem aplicadas nos textos, tais formas podem ser formais ou não formais e até seadequarem em um mesmo texto, contudo será chamado pelo o gênero que prevalecer. Apresentam uma importante função social no que se refere àcomunicação, apesar de exibir várias formas podemos identificá-los pelas particularidades existentes em cada um. Cada gênero apresenta sua própria estrutura e estilo possibilitando assim que o reconheçamos por suas características únicas. Este trabalho ira focar no gênero reportagem, que tem a função de informar e ao mesmo tempo despertar no, leitor seu ponto de vista, com isso ela possui uma função social importantíssima como formadora de opinião.

Palavras-chave: Gêneros textuais. Linguagem. Informar.

INTRODUÇÃO

        

O presente trabalho tem como foco esclarecer e ressaltar a diferença entre os gêneros textuais e os gêneros literários visando à importância dos gêneros textuais em sala de aula tendo como foco principal abordar sobre o gênero textual reportagem.

Gêneros textuais são meios utilizados para a efetivação da comunicação verbal, onde seu principal objetivo é propiciar a participação do indivíduo na construção de sentido do texto. Elesclassificam os textos de acordo com o objetivo e o contexto em que são empregados. Dessa maneira são definidos pelas características dos diversos tipos de textos, os quais apresentam características comuns em relação à linguagem e ao conteúdo.

Gênero Literário reúnem um conjunto de obras que apresentam características análogas de forma e conteúdo. Essa classificação pode ser feita de acordo com critérios semânticos, sintáticos, fonológicos, formais, contextuais, entre outros diferenciando assim dos gêneros textuais.

O ensino de Língua Portuguesa tem como objetivo ampliar as possibilidades do uso da linguagem e é por isso que as escolas devem trabalhar com textos que fazem parte da realidade do cotidiano dos educandos. É de suma importância instituição trabalhar com estratégias de produção de gêneros que circulem na comunidade discursiva, preparando assim o aluno para atuar efetivamente na realidade em que vive. Contamos com a obra de alguns autores para a elaboração desse trabalho como Bakhitin e Marcuschi.

No primeiro momento iremos abordar sobre as diferenças dos gêneros textuais do literário, no segundo tópico falaremos do ensino dos gêneros textuais na língua portuguesa, e finalizando o mesmo com as características da reportagem e da notícia.  

2.0 AS DIFERENÇAS DO GÊNERO TEXTUAL DO LITERÁRIO

        É muito comum sentir dúvidas quando se fala em gênero textual ou literário, pois logo suje aquela dúvida sobre a questão, será que é a mesma coisa? Podemos afirmar que a tipologia textual está relacionada com a forma como um texto apresenta-se e é caracterizada pela presença de certos traços linguísticos predominantes.

O gênero textual exerce funções sociais específicas, que são pressentidas e vivenciadas pelos usuários da língua. Mas por muitas vezes nos se perguntamos o porquê é necessário saber diferenciar essas diferenças existentes em ambos?

É necessário ter o conhecimento das diferenças de ambas as partes, pois quando conhecemos as características de cada um desses elementos, fica muito mais fácil interpretar um texto. A interpretação está relacionada não apenas com a construção de sentidos, mas também com os diversos fatores inerentes à estruturação textual.

Os gêneros textuais são as mais variadas formas de linguagem que podem ser empregadas nos textos.  Apesar de poderem estar mescladas em um texto, será nomeado aquele que for mais constante em seu decorrer. Estes são, ainda, a forma como a língua e as palavras são organizadas para manifestar diversas situações de comunicação.

O conjunto de características de um texto irá determinar o seu gênero textual: assunto, quem está falando, para quem se está falando, finalidade ou ainda se o texto é narrativo, instrucional, argumentativo, entre outros.

        Existem vários tipos de gêneros textuais que até nos ajuda na hora de distinguir do gênero literário. A carta, fábula, bilhete, reportagem, editorial entre outros são exemplos de gêneros textuais.

        Com todas essas características diferenciadas é fundamental distinguir ambas partes e trabalhar isso com os nossos educandos para que os mesmos possam compreender melhor seus textos e classifica-los de forma correta.  

        

2.1 GÊNEROS TEXTUAIS E O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA

É notório que em pleno século XXI, as escolas ainda encontram enormes dificuldades em adotar os gêneros textuais como um recurso no ensino da língua portuguesa. Percebemos o comodismo dos profissionais da educação em utilizar apenas os livros didáticos adotados pelas instituições que já apresentam conteúdos devidamente programados.

Contudo ressaltamos a importância de introduzir o uso dos gêneros na sala de aula, pois abrem uns leques de possibilidades a favor do desenvolvimento da leitura e escrita. Não basta apenas mostrar os tipos de gêneros e sim propor atividades que despertem a compreensão dos diversos tipos que existem, fazendo o aluno vivenciar cada manifestação da língua, compreender o porquê de cada gênero, participar do desenvolvimento de formação, enfim, instigá-lo a ler e a escrever.

Explorar apenas as características de cada gênero (um texto jornalístico veiculado pelos meios de comunicação: jornais, revistas, televisão, internet, rádio, dentre outros não faz com que ninguém aprenda a, efetivamente, a fazer uma reportagem). Falta discutir por que e para quem servira essa informação? Essa é a diferença entre tratar os gêneros como conteúdos em si e ensiná-los no interior das práticas de leitura e escrita. Muito mais que o sentido teórico pedagógico, ele precisa de um sentido prático.