Obras De Padre Amaro

As obras de Padre Vieira e Gregório de Matos escreveram no estilo Barroco no Brasil, época em que os religiosos buscavam conquistar almas para igreja católica, pois, havia preocupações com respeito à propagação da doutrina protestante, que segundo eles, poderia perverter o novo mundo. Também havia o pensamento seiscentista, em que o homem buscava valorização do próprio homem (humanismo) e da natureza em oposição ao divino e sobrenatural. Ambos escreveram sobre estas duas diferentes ideologias. Suas obras (e vidas pessoais) são cheias de contrastes e poucas semelhanças. Gregório de Matos, de família rica, tornou-se Dr. em Leis na Europa onde vivenciou o Renascimento e ao que tudo indica foi um homem de vida boêmia. O outro, por sua vez, entrou para o sacerdócio com 12 anos de idade e muito jovem tornou-se Padre e ele próprio organizou seus discursos no final de sua vida. Comparando suas obras, pode-se observar:

Diferenças:

Padre Antônio Vieira Gregório de Matos

Escreveu em prosa Escreveu em versos

Era conceptista (linguagem cheia de raciocínios, usa exemplos, analogias, comparações). Era, na maioria das vezes, cultista (linguagem cheia de metáforas, repetições, inversões)

Textos não literários Textos literários

Tenta convencer o ouvinte/leitor de que aquela é a visão do mundo que ele deve seguir Se posiciona como pecador que procura perdão, purificação.

Procura orientar o pecador Justifica (explica) seus pecados e chantageia Deus para alcançar Sua misericórdia.

Defendia os direitos dos índios e escravos (sem atacar a metrópole) Demonstrou não gostar dos índios e mulatos

Semelhanças:

Padre Antônio Vieira e Gregório de Matos

Ambos fazem muita exortação através de suas obras.

Buscam o que é sublime, divino.

Defendem a fé em Deus.

Falam sobre as ideias dos homens seiscentistas com relação a Deus.