PROJETO DE PESQUISA-AÇÃO: A CONSTRUÇÃO DO “EU” SOCIAL
Por: Esthéfany Borges • 29/9/2016 • Projeto de pesquisa • 2.861 Palavras (12 Páginas) • 304 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS – CÂMPUS INHUMAS
EDUARDO ROMEIRO
ESTHÉFANY BORGES
HELEN RAMALHO
PROJETO DE PESQUISA-AÇÃO: A CONSTRUÇÃO DO “EU” SOCIAL
INHUMAS
2016
EDUARDO ROMEIRO
ESTHÉFANY BORGES
HELEN RAMALHO
PROJETO DE PESQUISA-AÇÃO: A CONSTRUÇÃO DO “EU” SOCIAL
Projeto pesquisa-ação a ser apresentado à Disciplina ''Orientação para o Estágio Supervisionado em Língua Portuguesa II '', do Curso de Licenciatura Plena em Letras - Português/Inglês, da Universidade Estadual de Goiás, Câmpus Inhumas. Orientado pela prof.ª. Luana Luterman.
INHUMAS
2016
APRESENTAÇÃO
O presente trabalho tem como principal objetivo apresentar propostas a serem efetivadas no estágio supervisionado em Língua Portuguesa II. Este foi pensado em colaboração entre estagiários, professor supervisor e professor orientador a fim de executar um projeto que condiz às necessidades dos alunos analisadas durante o processo de observação e semirregência de uma Instituição de ensino pública Federal situada na cidade de Inhumas na Avenida Universitária, s/n, no bairro Vale das Goiabeiras, no estado de Goiás.
O período de regência tem notável importância na vida de graduandos, se o curso em questão for licenciatura, torna-se ainda mais imprescindível, visto que muitos acadêmicos sequer entraram em uma sala de aula. Dessa forma, o primeiro contato que definirá uma profissão, ocorre na regência, período em que tomamos a responsabilidade da sala e dos alunos a fim de adquirir experiência e unir teoria-prática.
Durante nossa observação do contexto escolar pudemos notar que a escola possui aspectos favoráveis para o desenvolvimento de um bom projeto. Isso porque ela possui várias áreas de lazer, tais como as quadras, os pátios, onde podem ser desenvolvidas atividades diferenciadas e extraclasse; além disso, há uma biblioteca de tamanho satisfatório e com bom acervo literário:
Como possibilitar que a escola se transforme em espaço propício para trocas literárias, transformando-a numa efetiva comunidade de leitores? (Entendemos que, na perspectiva dos letramentos, essa discussão se vincula a outras de caráter mais conteudístico e não pode ficar de fora. Incluem-se aqui tanto a existência de espaços de leitura quanto a necessidade de composição de acervos que permitem o acesso contínuo a publicações, inserindo a comunidade no contexto mais abrangente do mercado editorial, colocando-a em contato, inclusive, com lançamentos). (OCEM, 2006, p. 79-80).
Nesse sentido, vemos a importância de a escola saber de seu papel. Dessa forma, a escola deve oferecer um bom acervo literário, cânones por exemplo, pois através de diferentes linguagens o aluno compreende a sua língua e a importância de usá-la conscientemente na sociedade.
As salas de aula podem ser consideradas satisfatórias à quantidade de alunos, visto que acomoda a todos, inclusive às salas mais cheias; e são bem ventiladas. Assim, os alunos sentem-se à vontade durante o processo de leitura, por exemplo, levando-se em conta que “a aprendizagem da leitura assume uma função social, de resgate da cidadania, uma vez que possibilita ao leitor conhecer, refletir e atuar sobre uma dada realidade. (BRITO, 2003, p.23).
Outro aspecto muito importante em relação à escola é o tempo. Muitos professores da rede pública justificam o insucesso de suas aulas ao pouco tempo; esse fator na unidade escolar em questão, me aprece favorável, já que são 1h30m no total destinados a cada aula, correspondendo assim, à duas aulas de 45m.
Durante nossa semirregência observamos aspectos físicos da escola, mas também, as necessidades dos alunos de cada turma a fim de analisar suas dificuldades para posteriormente, pensarmos um projeto que sanasse ao menos alguns dos problemas detectados. Dessa forma, observamos os três períodos do ensino médio, isto é, 1º, 2º e 3º anos.
Assim, optamos pelo 3º ano para realização de nosso projeto. Essa escolha se deu por vários aspectos, tais como a vontade da prática em uma turma que está se preparando para ingressar em universidades, por exemplo. Como está o ensino de língua portuguesa nesse período? Foi uma preocupação de nosso grupo. Além disso, consideramos algo muito positivo para nossa experiência, já que nunca lidamos com uma turma de 3º ano apesar de dois de nós três sermos professores atuantes.
Como requisitado pelo professor supervisor trabalharemos com a disciplina de literatura, fato pertinente ao ensino de nossa formação, já que estamos estudando a importância de se estudar literatura pela literatura, não pela história de cada período.
O desafio será levar o jovem à leitura de obras diferentes desse padrão – sejam obras da tradição literária, sejam obras recentes, que tenham sido legitimadas como obras de reconhecido valor estético –, capazes de propiciar uma fruição mais apurada, mediante a qual terá acesso a uma outra forma de conhecimento de si e do mundo. (OCEM, 2006, p.70).
Logo, procuraremos mostrar aos alunos que obras de alto valor estético não tem de ser, necessariamente, difíceis de se compreender, mas tem de haver fruição, que estas obras sejam significativas para o ensino aprendizagem deles. Para que o aluno tenha um conhecimento de si e do mundo é necessário que ele veja formas diferentes de contexto, não só em relação a períodos, mas sim características dentro das obras, fatos marcantes, o tipo de linguagem e como eles perduram pelo tempo, como os cânones, por exemplo. O estudo de literatura pelas obras literárias é proporcionar ao aluno um conhecimento a fundo dos discursos e modos de ser de cada obra e como eles refletem ainda na sociedade. É mostrar que literatura é uma arte prazerosa e capaz de formar sujeitos mais autônomos e menos vítimas dos ditos nas obras.
JUSTIFICATIVA
Apesar de não termos presenciado aulas de literatura na instituição, percebemos que os alunos tem uma afinidade por leitura. Além disso, não vimos os alunos produzindo textos durante nossa semirregência. Logo, pensamos um projeto que alie leitura de obras literárias e produções a partir de discussões dos aspectos estruturais e linguísticos presentes em cada obra proposta.
Temos consciência de que no ensino médio, principalmente no que concerne ao 3º ano, os alunos veem a literatura como porta de entrada para a universidade. Isso porque uma das principais formas de avaliação é a redação, e para efetivá-la é indicada a leitura de algumas obras literárias. Dessa forma, os alunos fazem leitura daquilo que é proposto nessas listas de vestibulares. No entanto, Bunzen (2006, p.151) assevera que:
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