Parâmetros nacionais do curso
Tese: Parâmetros nacionais do curso. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Roseane10 • 25/11/2013 • Tese • 1.388 Palavras (6 Páginas) • 221 Visualizações
Esta produção textual tem como objetivo a discussão a cerca das diversidade histórica, linguística e cultural
. Levando em consideração alguns aspectos regionais do Brasil e toda a sua cultura,.
A sociedade brasileira contemporânea, cada vez mais dispõe um leque de espaços e tempos diferenciados, o que faz com que os indivíduos participem de mundos diferenciados e desempenhem múltiplos papéis. Junto a crescente oferta de recursos informacionais, faz com que os indivíduos possam articular suas experiências em tradições e valores.
Assegurar que a sociedade brasileira é diversificada em relação à cultura significa compreender inteiramente que, a diversidade cultural refere-se, diretamente, ao diversos grupos sociais.
Desenvolvimento
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), por exemplo, apresentam, como um dos eixos transversais, o tema da Pluralidade Cultural, trazendo a baila a necessidade de se levar em conta esta dimensão no cotidiano escolar.
Pela educação. pode-se combater, no plano das atitudes, a discriminação manifestada em gestos, comportamentos e palavras, que afasta e estigmatiza grupos sócias. Pode-se partilhar um cotidiano em que o simples olhar-se permite a constatação de que todos nós somos provenientes de diferentes famílias, de diferentes origens e possuímos todos os quais diferentes histórias, o que nos permite desenvolver uma experiência de interação entre diferentes, na qual cada um aprende e cada um ensina. Cada pessoa é única e, por essa singularidade, insubstituível.
Historicamente, a educação indígena esteve ligada à catequese dos índios, apaziguando-os, tornando-os dóceis e submissos às necessidades do colonizador .Ensinava-se Língua Portuguesa, desconsideravam-se os mitos,as crenças, os hábitos indígenas, e as aulas eram ministrados por professores brancos.
Algumas famílias passaram a viver mais como os brancos do que como os índios, maravilhados pelas novidades e comodidades da vida fora da aldeia.Outros foram incansáveis e defenderam seu modo de vida, usando o processo de educação dos jovens, exatamente para manter a cultura de seu povo.Devido à realidade de exploração que a maioria das tribos vivia, os próprios povos sentiram a necessidade de aprender a escrita de sua língua moderna.
Atualmente, a escola indígena para a maior parte dos povos que mantêm contato com a civilização, tem como objetivo manter os costumes desses povos e ensinar a sua língua junto com outras matérias.O currículo é diferenciado não apenas porque inclui o ensino da língua materna, mas porque deve incluir disciplinas que respondam a demandas, necessidades e interesses da própria comunidade.
Os alunos indígenas têm peculiaridades próprias a sua formação cultural, e a educação familiar e oral continua fazendo parte dessa formação, portanto a escola formal, que é uma instituição estranha a essas culturas, vem sendo assimilada pelas sociedades tribais com receios, e adequada a novas realidades, onde essas pessoas buscam a compreensão da sociedade dominante que as rodeia e uma saída para a inserção nessa sociedade, eliminando os preconceitos tão bem estruturados durante 501 anos de dominação, e a preservação dos traços culturais específicos de seus povos.
Diante desse quadro a educação formal, revitalizada, reestruturada para criar indivíduos críticos, politizados, é necessária para essas populações, que precisam,o quanto antes, ocuparem seu lugar na sociedade.
Com base no princípio de que as minorias étnicas do país devem ser contempladas por uma política pública apropriada, foram elaboradas as Diretrizes para a Política Nacional de Educação Escolar Indígena. Segundo essas diretrizes, a definição do currículo de uma escola requer “o conhecimento da prática cultural do grupo a que a escola se destina (...) Para uma ação educacional efetiva, requer-se, não apenas uma intensa experiência em desenvolvimento curricular, mas também métodos de investigação e pesquisa para compreender as práticas culturais do grupo. Assim, para a definição e desenvolvimento do currículo da escola de uma determinada comunidade indígena é necessária a formação de uma equipe multidisciplinar, constituída por antropólogos, lingüistas e educadores, entre outros, de maneira a garantir que o processo de ensino-aprendizagem se insira num contexto mais amplo do que um processo paralelo e dissociado de outras instâncias de apreensão e compreensão da realidade.”
O caminho para a construção, de uma escola que reflita o modo de vida próprio, a valorização e a manutenção de culturas e tradições precisa ser iniciado. Se continuarmos a apagar os personagens de nossa história, eles continuaram parecendo uma fantasia.Mas eles não são fantasia e sim parte da nossa cidadania.
Conclusão
A problemática da diversidade cultural e da construção das diferenças tem sido trazida em uma visão de cidadania multicultural, legal, concreta, negociada em discursos e espaços dentre os quais a educação e a formação docente imergem, com força. Estudos têm tensionado o campo do currículo, trazendo novas configurações e propondo novos olhares voltados ao reconhecimento e valorização de identidades culturais negadas em estruturas curriculares mono culturais
As dificuldades cotidianamente enfrentadas pelos povos indígenas do Brasil na luta pela sobrevivência e respeito aos seus direitos fundamentais trazem muitas questões relacionadas a necessidade da construção de modelos organizativos que sejam sempre respaldados pelo respeito às diferenças, reconhecendo às formas peculiares de organização social, econômica, religiosidade e lingüística, que corroboram o principio fundamental do respeito à diversidade étnica e cultural dos povos e neste contexto, a escola exerce extrema relevância.
O verdadeiro objetivo da educação para a diferença é proporcionar harmonia e convivência de diferentes grupos sociais; promover a justiça social, considerando as distinções dos segmentos sociais; permitir o acesso de todos os seres humanos aos bens intelectuais, materiais, espirituais e naturais.
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