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Paulo Freira

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Por:   •  17/5/2013  •  1.088 Palavras (5 Páginas)  •  366 Visualizações

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A Internet fez desaparecer as antigas enciclopédias impressas, certo? Errado.

Lemos na revista Veja (edição de 15 de fevereiro de 2009) que a enciclopédia Barsa teve seu faturamento triplicado nos últimos cinco anos, recuperando-se do descrédito em que estava mergulhada desde 1997, sob o efeito da Internet.

A Internet apesar de ser um meio mais barato e rápido para se fazer pesquisas ou consultar informações, é vista com reserva por muitos pais e educadores: os estudantes se dispersam facilmente, visitam sites não relacionados aos temas das pesquisas e usam fontes de credibilidade duvidosa. Assim, os vendedores da Barsa conseguem convencer os pais de que o velho formato impresso de enciclopédia ainda é válido por conter informações suficientemente atualizadas e confiáveis e, portanto, adequadas às pesquisas escolares.

Pais e professores ponderam se mecanismos como o Google, convidam o estudante a não pensar. O ato de "copiar-colar" de material contido no primeiro ou segundo link domina a idéia de "pesquisa" para grande parte dos estudantes.

Embora o "copiar-colar" seja tão antigo quanto o lápis e papel, há agora com os computadores ao menos duas novidades com as quais nós professores precisamos aprender a lidar:

a) acessibilidade imediata a um volume imenso de fontes de informação com e sem qualidade e;

b) facilidade do ato em si mesmo, pois o aluno não precisa nem mesmo ler antes de copiar, bastando dois ou três cliques com o mouse para transferir o material e então inserir seu nome.

Diante disso, alguns professores proíbem a entrega de trabalhos digitados no computador na ilusão de estarem inibindo o plágio.

Evolução das enciclopédias no computador

Os esforços para disponibilizar enciclopédias no computador começaram com as enciclopédias em CD-ROM como Encarta ou Grolier. Nas últimas versões dessas enciclopédias notava-se uma evolução para o formato on-line: era possível aprofundar as pesquisas via Internet em sites associados a esses softwares.

Com as facilidades de acesso à rede, os mecanismos de busca evoluíram da simples localização de sites para uma busca cada vez mais detalhada fazendo com que as enciclopédias em CD-ROM (estas sim!) desaparecessem.

Sites especializados do tipo enciclopédia que contivessem informações confiáveis apropriadas para pesquisas escolares como nas antigas enciclopédias impressas ganharam um novo interesse.

Exemplo disso é o site Wikipédia (http://pt.wikipedia.org), livre e gratuito.

No ar desde 2001, o Wikipedia conta com mais de 15000 voluntários em todo o mundo e possui atualmente mais de 2 milhões de artigos em 200 idiomas. Além de disponibilizar gratuitamente em um mesmo espaço informações sobre inúmeros assuntos, a novidade é que o Wikipedia permite que o próprio internauta não profissional inclua novas entradas em suas bases de dados.

Essa abertura gerou óbvios problemas de inconsistência e o risco do Wikipedia também não ser uma fonte confiável.

Uma pesquisa recente da revista Nature, entretanto, desmente isso.

Comparando a veracidade de informações na Wikipedia e na Enciclopédia Britânica impressa, a pesquisa da Nature surpreende: com relação a fatos, omissões ou declarações duvidosas, o balanço foi de 162 falhas na Wikipedia e 123 na Britânica. Isso significa que a Wikipedia já é quase tão eficiente quanto a tradicional Enciclopédia Britânica e há quem não duvide que, em breve, possa superá-la.

Entretanto, usar o Wikipédia, Barsa ou a Enciclopédia Britânica como fonte única de consulta é restritivo.

Sugestões para um roteiro de trabalho

Existem inúmeros bons sites de pesquisa nas mais diversas áreas. Se a primeira ideia é recomendar aos alunos que acessem links que constem de livros ou revistas especializadas, pode ser interessante também tentar novos caminhos.

Para auxiliar o professor, elaboramos algumas recomendações, fruto de discussões em cursos de formação de professores da rede pública estadual que participamos, com alguns relatos de bons resultados. Antes de recomendar a pesquisa escolar na Internet, caberia ao professor(a):

1. Ter clara as diferenças entre fazer uma "busca" e uma "pesquisa" e qual a importância disso para a formação de seus alunos.

2. Evitar pesquisas muito amplas ou sem referências. Por exemplo, em lugar de sugerir uma pesquisa sobre "tsunamis",

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