Prática pedagógica
Por: jardelao • 26/11/2015 • Trabalho acadêmico • 814 Palavras (4 Páginas) • 191 Visualizações
UNIVERSIDADE UBERABA
Trabalho em grupo
Outubro
2015
UNIVERSIDADE UBERABA
Trabalho em grupo
Trabalho apresentado a Universidade de Uberaba, como parte da exigência do componente: Modos de organização de textos literários do curso de Letras/Inglês.
Orientador: Helena Borges Ferreira
Grupo: Requinte da leitura
Integrantes:
ANNA ALICE BARBOSA ARAÚJO
ERICK HENRI GOMES ALVES
IEDA MARIA OLIVEIRA
JARDEL ANTONIO DE OLIVEIRA
MÔNICA FERREIRA ARAÚJO
Outubro
2015
O desenvolvimento deste trabalho foi realizado através da análise de dois poemas dos autores:
_ Luís Vaz de Camões e Vinícius de Moraes, respectivamente:
_ “Amor é fogo que arde sem se ver” e “ Soneto da felicidade “.
Contemplando esses dois belíssimos poemas, podemos perceber que os dois autores abordam o mesmo sentimento, más de formas diferentes.
Camões buscou analisar o sentimento amoroso racionalmente, por meio de uma operação de fundo intelectual, racional, valendo-se de raciocínios próximos da lógica formal. Mas como o amor é um sentimento vago, imensurável, Camões acabou por concluir pela ineficácia de sua análise, desembocando no paradoxo do último verso. O sentir e o pensar são movimentos antagônicos: o sentir deseja e o pensar limita, e, como o poeta não podia separar aquilo que sentia daquilo que pensava o resultado, na prática textual, só podia ser o acúmulo de contradições e paradoxos.
O poeta vê o amor como uma dor que se deseja, Como se amasse tanto de forma a sobrecarregar o próprio coração. Más como se esse mesmo amor que queima, é capaz de sarar e aliviar seus anseios.
Já Vinícius de Moraes, no seu poema “Soneto da felicidade”, vê o amor eterno mesmo diante dos desafios, e deseja o tempo seja suficiente enquanto amar, “que seja eterno enquanto dure”.
Para ele o amor é cuidado, na sua pureza é que ele mais se encanta. Mesmo com os pesares, seja a solidão no final da vida de quem realmente saber o que é amar.
Podemos notar que o soneto de Vinícius fala especificamente do eu lírico, e deixa claro que quer aproveitar cada momento ao máximo, sendo atencioso e zeloso com seu amor. Quer demonstrar a todos o que sente, e estar ao lado da pessoa amada nos momentos bons e ruins. Quando o eu lírico começa a falar de morte e solidão, já fica claro que não acredita na eternidade do sentimento. Daí começa a descortinar a contradição.
Analisando as contradições que estão presentes nos dois poemas. No texto de Camões está de forma explícita como nas passagens:
_(um contentamento descontente),(dor que desatina sem doer),(ferida que dói e não se sente),(ter com quem nos mata, lealdade) e finalmente declara que: '' Tão contrário a si, é o mesmo amor. Todos estes paradoxos conduzem a um paradoxo final que opõe a segunda parte à primeira (presença da adversativa ‘’mas’’), que explicita o caráter contraditório do amor (“tão contrário a si é o mesmo amor”) e continua o jogo de palavras (“amor” é a primeira e última palavra do poema).
No soneto de Vinícius de Moraes observamos também as contradições, nos oximoros presentes nos dois últimos versos (que não seja imortal, posto que é chama / mas que seja infinito enquanto dure) Nas palavras infinito enquanto dure , há oposição simultânea de idéias, relação paradoxal.
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