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RESENHA CRÍTICA: BASÍLIO, Margarida. Adjetivo ou substantivo?

Por:   •  18/10/2018  •  Resenha  •  548 Palavras (3 Páginas)  •  613 Visualizações

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 BASÍLIO, Margarida. Adjetivo ou substantivo? In: BASÍLIO, Margarida. Formação e classes de palavras no português do Brasil. São Paulo: Contexto, 2013. p. 79-92.

RESENHA CRÍTICA

 Adjetivo ou substantivo? (14 páginas), de Margarida Basílio, publicado (2013) pela Editora Contexto de São Paulo, trata-se de um dos capítulos da obra completa de Basílio (2013). A autora é graduada em Letras Classicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e possui mestrado e doutorado em Lingüística. Atualmente é professor adjunto (inativo) da Universidade Federal do Rio de Janeiro e professor titular da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. A obra, como sugere o título, aborda a temática da formação e classes de palavras do português do Brasil, apreentando no capítulo “Adjetivo ou substantivo?” discussão a respeito dos critérios a serem considerados para a classificação de palavras no português. No capítulo de referência, ao perpassar pelos critérios de classificação de palavras, a autora tece críticas a inadequação da classificação feita pela gramática tradicional que define o substantivo e adjetivos como duas palavras distintas, considerando o critério semântico para a classificação do primeiro e o critério sintático para a classificação do segundo. Deste modo, Basílio (2013) reafirma que a gramática tradicional desconsidera os mecanismos de mútua conversão entre as duas classes, assim como a possibilidade de extensão de propriedades entre essas classes. Sendo assim, o capítulo “Substantivo ou adjetivo?” retoma os conceitos de substantivo e adjetivo, assim como os critérios e propriedades inerentes a cada um perpassando pelo mecanismo de conversão/derivação imprópria e pelas possibilidades de extensão de propriedades de uma classe para outra. Ou seja, esse capítulo demonstra que não apenas os processos derivacionais atuam na expansão dos léxicos; há situações de conversão e várias possibilidades de extensão de propriedades e funções de itens de uma classe previstas nas estruturas lexicais do português falado no Brasil. Ao argumentar, a autora traz exemplificações e explicações relevantes.

O material referenciado é claro e objetivo, e sua leitura é de grande relevância para o entendimento do processo de formação e classe de palavras no português do Brasil. A partir das argumentações e exemplicações foi possível concluir que a análise da formação e classificação dos léxicos não deve ser feita de modo tão fechado e arbitrário como a classificação proposta pela gramática tradicional; modo esse criticado por Basílio (2013), Perini (2008)1 e Sautchuk (2010)2 que reafirmam a inadequação dessa área do conhecimento para o entendimento da formação e classificação dos léxicos. Tais autores ressaltam a necessidade de se considerar a diferença entre classe (relação paradigmática) e função (relação sintagmática). Os mesmos propõe que a análise da função assumida pela palavra seja feita em seu contexto, uma vez que determinadas palavras (por apresentar maior potencial funcional) podem assumir outras funções numa relação sintagmática. Todavia, essa possibilidade de assumir outras função não muda a situação de pertencimento de classe a que este léxico esteja vinculado numa análise de relação paradigmática. A leitura deste referencial é indicada àqueles que estudam e ensinam o português do Brasil.

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