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RESENHA DA DISCIPLINA DE CANONES

Por:   •  1/5/2016  •  Resenha  •  1.138 Palavras (5 Páginas)  •  430 Visualizações

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UNEB - Universidade do Estado da Bahia - Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias  Campus XXIII - Sebra-BA

Curso: Letras Língua Portuguesa e Literatura

Docente: Pascasia

Discentes: Brenda Souza dos Santos

Disciplina: Cânones e Contextos na Literatura Brasileira

Resenha Crítica sobre conto de Machado de Assis "Pai contra mãe" articulado ao filme de Sérgio Bianchi "Quanto vale ou é por quilo?"

        

        O conto Pai contra mãe de Machado de Assis traz demonstrado nele aspectos socioeconômicos que beiram  a miséria, com dificuldades muito grandes, dependência e escasssez..Onde o autor vem a escravidão de uma forma mais impressionate e brutal.

        Na parte introdutória, o narrador trata de algumas práticas associadas ao período da escravidão, entre as quais aquela que será exercida pelo protagonista do conto, o caçador de escravos. Na parte narrativa, desenvolve o tema, mostrando as angústias do protagonista no exercício de sua profissão. 

        No conto vemos que é perceptivel a prática de um recurso muito frequente em toda a obra machadiana: a ironia. Como podemos destacar logo no início, ao tratar da escravidão, ele afirma: “Eram muitos escravos, e nem todos gostavam da escravidão. Sucedia ocasionalmente apanharem pancada, e nem todos gostavam de apanhar pancada”. Onde quando o narrador fala "...nem todos gostavam de escravidão" e " nem todos gostavam de apanhar pancadas", temos a presença da ironia, onde qual pessoa gostaria de viver  em completa escravidão, a mercê de mandos e desmandos de alguém, e que ainda por cima levar algumas pancadas? Com sua ironia parece que é ele que da uma pancada no sistema de escravatura.

        Mas a grande ironia fica por conta da situação em que é colocado o protagonista: para salvar a vida do filho, Cândido tem que entregar aos donos a mulata Arminda, que acaba por abortar. Na oposição entre eles, temos as mesmas razões de luta  a família, mas, para a satisfação de um dos lados, é preciso que o outro sofra. Na verdade, tanto Cândido quanto a mulata são vítimas do mesmo sistema escravista. Assim, a crítica do conto tem seu alvo bem definido e o acerta em cheio. 

        No entanto, o teor crítico da narrativa vai além da prática escravocrata, alcança um patamar superior à situação brasileira específica. De fato, pode-se vislumbrar na narrativa uma análise do comportamento humano: para salvar uma criança, Cândido permite a morte de outro. Sua fala ao final do conto é bastante significativa: “Nem todas as crianças vingam”. Dessa forma, o ser humano constrói as justificativas para os seus gestos mais baixos, suas atitudes mais reprováveis.

        A ironia vai se expandindo não só na análise dos hábitos sócio-culturais da sociedade do Rio de Janeiro, mas na observação da própia natureza humana, apresentada em seus vícios e limitações permanentes. Machado de Assis, constrói um Cândido que tem aversão ao trabalho , onde para ele todo ofício é custoso, onde seus emoregos era deixados antes de serem obtidos onde o unico oficio que o restou foi pegar escravos fugidos, onde não estava aptos para os outros trabalhos. Ou seja, Machado de Assis a todo momento dialoga com os fatos sociais, ironiazando-os, desconrtinando as estruturas dominadas, a sordidez do ser humano

        Já no filme Quanto vale ou é por quilo? de Sérgio Bianchi, é carregado de ironias, intercalado cenas do período da escravidão com cenas mais atuais, mostrando que quase nada mudou na sociedade em relação à discriminação racial, à inferioridade nas oportunidades e qualidade de vida da população negra.

        A ideia proposta por Machado em seu conto, vem carregado por um tom irônico e por falas, palavras, contextos que possuem duplo sentido e entendimento, o que é um destaque em suas obras.

        No texto de Sérgio Bianchi em Quanto vale ou é por quilo?, essas ironias e duplos sentidos produzem afirmativas, como, o narrador dizer logo após descrever todas as torturas sofridas pelas pessoas escravizadas, “nem todos gostavam da escravidão”, ninguem gostaria de viver em situação de calamidade, apanhando e sendo mandado e desmandado a todo momento.

        Onde ele vem trazendo denúncias em torno da escravidão e tudo que pensa, de forma mais indireta, onde naquele periodo, expor opinioes e pensamentos eram mais complicados e dificilmente, ainda mais em um lugar onde havia ocorrido a abolição da escravatura em pouco tempo, porém que não havia sido por complero pois ainda existia o preconceito, e existia a superioridade da raça branca

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