RESENHA FILME CENTRAL DO BRASIL

Central do Brasil é um dos meus filmes nacionais preferidos, mostrando que não precisa de muito para me encantar completamente. Walter Salles, o diretor, é responsável por cenas icônicas, demonstrando o seu total controle em guiar as emoções do espectador. A história não poderia ser uma das mais belas, praticamente uma fábula. Isadora (Fernanda Montenegro) é uma professora aposentada que, para ajudar na sua renda, escreve cartas de analfabetos na Central do Brasil, uma das mais movimentadas estações de trem da cidade de Rio de Janeiro. Após a morte de sua mãe, Josué (Vinícius de Oliveira), de apenas 9 anos, fica perambulando pela mesma estação, até que Dora resolve leva-lo para casa. Tentativas de se livrar da criança depois, a culpa faz com que a escrevedora resolva levar Josué para Bom Jesus do Norte, Pernambuco, para que a criança seja entregue ao seu pai desconhecido. Você pode até achar que Central do Brasil seja sobre essa criança sendo levada para um pai que ainda não conhece, porém aos poucos vai sendo revelado que o longa nada mais é do que um renascimento de Dora, que inicialmente é uma mulher ranzinza e descrente na humanidade que, diante do road movie, passa a descobrir que até mesmo o seu odiado pai teve uma parcela de importância em sua vida. É difícil assimilar isso, eu sei. É preciso de uma lição de vida que talvez só mesmo uma veterana como Fernanda Montenegro fosse capaz de elucidar. Central do Brasil fez grande sucesso tanto no Brasil quanto no exterior. Foi indicado a dois prêmios Oscar. Toda essa popularidade na verdade também se deve ao recurso aplicado pela coprodutora francesa, que foi responsável pelas prévias do filme mundo afora antes que chegasse ao Brasil. Uma campanha muito semelhante com o recente “Que Horas Ela Volta?” (2015), tão humano e sensível quanto Central do Brasil.

Resumo

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