RESENHA OSCAR WILDE A ALMA DO HOMEM SOB O SOCIALISMO
Por: Sanmady L. Rocha • 10/4/2016 • Resenha • 1.424 Palavras (6 Páginas) • 1.125 Visualizações
A ALMA DO HOMEM SOB O SOCIALISMO
Oscar Wilde
A alma do homem sob o socialismo de Oscar Wilde é um ensaio publicado em 1891 e para mim é um livro bastante interessante por tratar de questões daquela época e que se encaixa até os dias atuais. Exatamente por isso, achei um livro bastante curioso. A forma com que ele critica a sociedade buscando melhorar e fazer com que todos passem a enxergar essa “cegueira” que ainda há ate hoje é esplêndida e ao mesmo tempo tão simples que creio que se as pessoas pudessem parar um pouco, para ler esse livro e refletir sobre a vida, sobre o homem, sobre essa busca incessante de nós mesmos, com certeza alguma coisa iria mudar. Durante todo o livro houve diversas citações que me chamaram bastante atenção e vou fazer uma breve explicação de como eu vejo alguns trechos deste livro.
Começando pela pagina 16 que me chamou bastante atenção é quando ele diz que: “As emoções do homem são despertadas mais rapidamente que sua inteligência” e eu parando para examinar, vejo que realmente isso nos acontece bastante, temos a mania de nos comover com a dor de um fato, ou a dor do outro, sendo que não paramos para pensar nos porquês do acontecido o se a nossa comoção ira ajudar o outro, Mais na frente ele diz que “Buscam solucionar o problema da pobreza, por exemplo, mantendo vivo o pobre; ou segundo uma teoria mais avançada, entretendo o pobre.” O que faz com que cause dificuldade na solução da pobreza, pois o próprio homem ao se sentir comovido com a pobreza passa a dar migalhas fazendo com que haja uma cortina impedindo com que a pobreza veja a realidade, ou seja, eles tampam os olhos da pobreza e dão migalhas, MIGALHAS, e o pior de tudo, eles aceitam e vêem como uma coisa normal, mas que na verdade o que é pra ser normal é a igualdade entre todos.
Outra citação que me deixou atenta é na pagina 27 quando ele diz que “o homem passou a achar que o importante era ter, e não viu que o importante era ser” mas que atualmente na nossa sociedade capitalista podemos observar que a maioria das pessoas estão enraizadas no poder, no ter e esquecem de si, esquecer de ser e de viver, ele critica muito pela busca do ter carregar em si o excesso de trabalho e assim perder a alegria de viver pois como ele mesmo cita na pagina 29 : “Viver é o que há de mais raro neste mundo. Muitos existem, e é só”. E então, o tempo vai passando e muitos esquecem de viver buscando o ter e acabam assim só existindo o que é uma crueldade contra si mesmo, somente existir nesse mundo no qual estamos apenas de passagem. O homem busca muitos poderes, e esquece que ele “o homem é completo por si mesmo” como Wilde cita na pagina 35.
Mais na frente, na pagina 85 já quando o autor passa a concluir ele cita:
“Tampouco o homem dará por sua falta, pois o que se busca não é nem sofrimento nem prazer, mas a Vida. Busca viver de forma intensa, plena e perfeita. Quando puder viver assim, sem sujeitar seu semelhante nem ser por ele sujeitado, e suas atividades lhe forem todas agradáveis - ele será mais sensato, sadio e civilizado, será mais ele próprio. O Prazer é a medida da natureza, seu sinal de aprovação. Quando um homem está feliz, ele está em harmonia consigo mesmo e com seu meio.”
Nesse momento Oscar Wilde resume toda a sua narrativa durante o livro. Pois em minha opinião a realidade é essa, o homem a todo o momento busca a vida, para uns a vida é ser, mas para outros a vida é ter, mas mesmo assim não deixa de ser Vida, pois a partir do momento que o semelhante não sujeita e não é sujeitado ele passa a viver a sua vida fazendo o que para ele é certo, mais claro, o que para ele é certo, é bom, é vida, não quer dizer que pra mim seja, mais a partir do momento em que não sujeitamos a sua escolha nos tornamos sensatos e assim poderemos ser nós mesmos, e a partir daí seremos pessoas felizes e logo poderemos ter e transmitir harmonia ao nosso redor.
CONTOS DE OSCAR WILDE
O PRINCIPE FELIZ
Os contos de Oscar Wilde são contos que ressaltam muito a natureza humana com criticas principalmente do caráter do humano e das injustiças sociais, a partir do momento em que comecei a ler pude perceber como me senti atraída por aqueles contos, sendo que me deixou bastante pensativa a respeito de algumas coisas que acontecem na nossa sociedade, o que muitas vezes fez com que eu ficasse chocada com o fato de ele tratar de forma tão intensa, que não posso negar que me assustou um pouco por alguns finais serem tão tristes e fez com que eu lembrasse as reais historias de conto de fadas, que também são meio que macabras, creio que se eu fosse criança e me contassem apenas um conto desses, estaria traumatizada ate hoje, talvez.
Um dos contos que me chamou bastante atenção e que em minha opinião não teve um fim assim tão ruim é o conto do Príncipe Feliz, é um conto no qual me senti profundamente tocada, por perceber o excesso de realidade que é contada durante a narrativa, um príncipe que durante a vida só conheceu a felicidade, vivia como se estivesse em um casulo, protegido da miséria por muros altos, coisa que nós fazemos ate hoje, nos aprisionamos para negar a miséria do outro.
O príncipe morreu e puseram-no em uma estatua em um pedestal alto, onde dali ele pudera ver o que acontecia na sua cidade, mas que nada poderia fazer, pois estava preso no pedestal. O que muitas vezes nos acontece parece ate que somos estatuas por presenciar cenas de descaso e ainda assim não fazer nada, aceitar, mas o príncipe não ele estava apenas aguardando a ajuda de alguém para ajudar os outros e então eis que surge a Andorinha que de inicio não gostou muito da idéia mais que resolveu ajudá-lo assim cedendo aos desejos do príncipe, ela começa a doar com o consentimento dele, para os mais necessitados tudo de valor que seu corpo possuía até ficar totalmente desprovido de qualquer riqueza.
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