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RESENHA QUANDO FALA O CORAÇÃO

Por:   •  11/9/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.161 Palavras (9 Páginas)  •  1.143 Visualizações

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FACULDADE PRESBITERIANA

JOHN LAWRENCE MILLER

Quando fala o coração: a essência da psicoterapia centrada na pessoa.

Anápolis

2017

TAYNARA RAMOS BATISTA AIRES

QUANDO FALA O CORAÇÃO:

A essência da psitorepia centrada na pessoa.

Trabalho apresentado por Taynara Ramos Batista Aires ao Curso de Mestrado em Relação de Ajuda  da UFRB - Universidade Federal do Brasil.

Prof. Dr. Raniero Petrucci

ANÁPOLIS

2017

RESUMO

Assim como sugere o título do livro “Quando fala o coração” é necessário que busquemos incansavelmente a escuta daquilo que vem de dentro, trabalhando pelo meu bem pessoal voltado para todos os lados que complementam esse “Eu interno” em todos os sentidos, como: o físico, espiritual e psíquico. É preciso ouvir quando o coração fala, principalmente quando volta essa comunicação para o corpo, por exemplo uma alegria tão grande que chora de rir, ou um susto onde as pernas ficam instáveis, “bambas”. Quando não ouvimos o nosso interior por algum tempo, ele se expõe de maneira para que possamos sentir na “pele” (literalmente falando) aquilo que não foi ouvido anteriormente, expõe para a percepção do que passou e não foi dada a devida atenção. Fazendo uma análise do mundo atual percebemos que muitos de nós queremos explicações para casos do inconsciente, desde o sentir-se triste, vazio a uma gastrite crônica, ou uma depressão, ou seja, precisamos com urgência cuidar daquilo que não tem voz, do que sentimos e do que vem de dentro.

INTRODUÇÃO

O ser humano necessita de momentos para crescer, e a psicoterapia vem como uma ajuda primordial para esse crescimento, pois ela coopera na mudança, no crescimento e na cura em relação ao bem pessoal. De acordo com o livro é necessário que para compreender melhor a ideia imposta e saber abstrair conhecimentos de diferentes visões como da: ciência, misticismo e arte, portanto, faz-se necessário relacionar os diferentes campos de conhecimento a fim de encontrar o caminho da cura e do crescimento. A ideia imposta nada mais do que confirma o que o estudioso Freud trouxe, que o inconsciente incluencia nas diversas áreas do saber, como a filosofia, as artes, a literatura, a teoria política e as neurociências; e caso não ouvimos não conseguimos entender nossa raiz, assim, nossa consciência nunca estará tranquila: “...A doença não deve ser para ele (paciente) um objeto de desprezo, mas ao contrário, um adversário respeitável, uma parte do seu ser que tem boas razões de existir e que lhe deve permitir obter ensinamentos preciosos para o futuro.” (2010, pág.10)

No primeiro capítulo do livro o autor busca respostas às questões que sempre o perturbavam e então começa a definir de maneira clara e pessoal sobre o que acredita ser o elemento crucial da psicoterapia, deixando claro que não existe apenas um elemento e sim um conjunto de pré-condições para se definir isso. Em consonância, no quarto capítulo onde trata sobre o terapeuta nos traz a visão de que o terapeuta nada mais é do que um guia, para ajudar a desvendar o local que anteriormente não fora descoberto e ali ser nosso companheiro nessa viagem que vamos chamar de psicoterapia, onde o objetivo nada mais é do que conseguir ouvir o seu eu, confiar na orientação interior. Com base em estudos de caso, teóricos e práticos, ele defende que esse elemento essencial é o centro do sucesso na psicoterapia, e para melhor explicação ele usa um caso de uma mulher que tem emoções muito fortes e não considera culposo, então ela chora e se vê como vítima de tal situação. A partir dessa análise é que o autor considera como “momento de movimento” em outras palavras podemos citar como momento de mudança de personalidade, o autor julga que existem muitos momentos que são influenciados por diversas questões que podem ser alcançados em linhas retas ou em conjunto, para explicar melhor ele expõe em ordens esses elementos que influenciam: em primeiro lugar é na relação psicoterapeuta e cliente uma “experiência” diante da situação; segundo lugar “é uma vivência que não tem barreiras”, ou seja ela está diante das vertentes de arrependimento e mágoa, dor e piedade; terceira é uma vivência de um passado que não foi bem resolvido, portanto ela vai reviver até sua consciência estiver livre e resolvida a situação; e a quarta e última fase é a aceitação, de sim, reconhecer e perdoar a si mesma pela situação. Na sua visão cada vez que terapia contém essas 4 fases é considerado como o “momento” de mudança de personalidade.

A fase de quarto lugar é a mais importante e o intervalo de tempo pode diferenciar de caso a caso, pois ao mesmo tempo que pode acontecer rápido essa autoaceitação pode demorar anos assim como a integralização desse indivíduo de volta à sociedade. É um processo lento e contínuo, porém é necessário esse sentimento de autoaceitação diário, mútuo, uma construção de relação com ela mesmo e com a sociedade. O exemplo dessa “última” fase é trago no filme “Psicoterapia em processo: O caso da Senhora Mun”, onde a nossa protagonista pede tanto por uma interação pessoa-pessoa que acaba descobrindo que tudo que almeja ela tinha na relação cliente/paciente – terapeuta. Outro exemplo citado pelo autor é também um filme intitulado por “Saindo da escuridão” onde tematiza a interação do terapeuta com uma psicótica muda, na qual a ajuda vem implantada em um pente de cabelo, que quando é oferecido ela aceita demonstrando assim o domínio da escolha independente do medo. Para uma melhor exemplificação e explicação do que é proposto, o próprio autor também utiliza de visões antagônicas e críticas sobre determinados assuntos: como criticar o amor se nunca fui amado? O que dizer dessa experiência não vivenciada? Estas ilustrações negativas ajudam a definir os “momentos” da psicoterapia. Utiliza de metáforas, antíteses e paradoxos para construir o enlace do drama.

O autor do quinto capítulo, Carl Rogers, traz uma preocupação consistente relacionado ao processo de mudança que tanto sugere no livro, que ele mesmo, confessa ser falho, pois quando cuidamos do outro temos também que olhar seu lado místico e espiritual que muitas vezes são deixados de lado diante do seu tratamento, por não ser considerado tão “efetivo”, porém ao mesmo tempo, vemos que é essência única e está dentro da base da relação terapeuta/cliente que é a confiança, respeitar esses limites e realidades de cada um.

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