RESUMO: “A CONTRIBUIÇÃO DA SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO PARA A COMPREENSÃO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR” – MARÍLIA FREITAS DE CAMPOS TOZONI-REIS
Por: Malú Leal • 26/7/2021 • Resenha • 888 Palavras (4 Páginas) • 1.579 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO[pic 1]
CENTRO DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS- CECEN
DEPARTAMENTO DE LETRAS
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO
DOCENTE: ANTONIO JOSÉ ARAÚJO
DISCENTE: MARIA LÚCIA COSTA LEAL
RESUMO: “A CONTRIBUIÇÃO DA SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO PARA A COMPREENSÃO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR” – MARÍLIA FREITAS DE CAMPOS TOZONI-REIS
O texto escrito pela professora e estudiosa Marília Freitas De Campos Tozoni-Reis remete as noções de Sociologia da Educação e como a educação brasileira se sucedeu até o século XXI. O texto se inicia com a reflexão sobre as ideias e definições acerca da sociologia da educação em que a autora diz que se trata do estudo das relações entre a educação, a escola e a sociedade. O processo educativo é dito como um processo histórico-cultural de formação humana, ou seja, a educação é responsável em educar o ser humano para um convívio em sociedade. Nascer ser humano não implica dizer que o comportamento em sociedade não deve ser aprendido ou estudado. Nesse sentido, implica dizer que o comportamento está diretamente ligado com a história, cultura e as experiências do indivíduo. De acordo com o texto, a Sociologia da Educação diz que para um ser humano se tornar realmente humano, ele precisa passar a entender da realidade social em que está inserido. Sendo capaz, assim, de atuar na construção e na transformação dela (realidade). Logo, a Sociologia defende a educação como um processo de humanização.
Tendo a perspectiva que a educação se trata de um processo de humanizar o ser humano, a autora afirmar então que é a escola a instituição responsável por esse processo desde a modernidade. Contudo, um questionamento é levantado pela autora: qual o papel da escola na atualidade?
É preciso, com base no texto, reconhecer que a escola propaga concepções de mundo nos grupos sociais que ocupam o poder na hierarquia social. Logo, torna-a uma instituição não neutra. Ou seja, a autora diz que a escola promove ideias e valores. A Sociologia participa desse processo em busca de entender como a escola/educação tem colaborado com a construção da sociedade por meio dessa promoção de ideias e valores.
O texto, então, apresenta as três funções da educação escolar: A) Redentora: a educação que se objetiva em reparar e corrigir as distorções e problemas da sociedade moderna. A professora faz uma crítica a este modelo pois, de acordo com ela, esta função considera como distorção o que na verdade é uma construção estrutural da sociedade. B) Reprodutora: as práticas educativas da escola que reproduzem e legitimam as desigualdades sociais. A crítica neste modelo está além da legitimação, pois de acordo com o texto livra a escola da responsabilidade de um possível fracasso do aluno. A vítima se torna a principal culpada neste modelo. C) Transformadora: é quando a escola tem como prioridade e comprometimento a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Este modelo seria para a autora a saída para educação, pois, seguiria um processo de instrumentalização das pessoas para uma prática social transformadora por meio da aprendizagem crítica e reflexiva. Em outras palavras, fazer o aluno perceber e se conscientizar sobre aquilo (valores e ideias) que torna o mundo menos justo e igualitário.
No Brasil, o projeto de construção de uma sociedade justa e igualitária se dá a partir do surgimento da Escola Pública que, vista ao longo do texto, tem sua importância discutida e resistida por séculos pelos setores conservadores liderados pela igreja católica, que defendia que a família e a igreja tinham prioridade sobre a educação das crianças. Durante a ditadura militar a escola passou a ser mais técnica e menos política. Disponibilizando de uma pedagogia centrada no desenvolvimento nacionalista e na ausência de uma crítica social. Segundo Marília, o regime militar controlou a pressão exercida sobre a expansão da escola pública, investiu pouco na qualidade de ensino e limitou o acesso da população ao ensino universitário.
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