Reflexão sobre o futuro da UE

Reflexão sobre o futuro da União Europeia

O fim da II Guerra Mundial com as suas consequências sociais, económicas e políticas implicou a necessidade de pensar na Europa como uma realidade em que as diferenças entre os diferentes países pudessem ser substituídas pela necessidade comum de construção de um continente pacífico, livre e economicamente independente de nações exteriores.

A construção europeia, que preconiza a livre circulação de pessoas e bens, foi ao longo das últimas décadas um processo contínuo, com vista a assegurar esses objetivos, bem como incluir uma união monetária entre os diversos países que a compõem.

Porém, à medida que a União Europeia foi aumentando começaram a existir cada vez mais diferenças políticas, sociais e económicas que colocam grandes desafios para a manutenção da União Europeia.

As graves crises económicas e sociais que surgiram nalguns países ditos periféricos, nomeadamente em Portugal, na Irlanda e na Grécia, mas também em países como a Itália ou a Espanha, vieram demonstrar a enorme diferença existente, designadamente a nível económico, entre os países fundadores e os que se lhes juntaram, acentuando as fragilidades da sua união económica e monetária.

Outra fragilidade que estas crises vieram demonstrar, tem a ver com a soberania dos países ricos, sendo que muitos defendem que as medidas impostas pelos países ricos atentam contra alguns direitos dos países mais desfavorecidos economicamente.

Recentemente, a crise dos refugiados que diariamente chegam à Europa, colocam-na mais uma vez sob pressão. Se é certo que a Europa defende como um dos sues deveres fundamentais a garantia do respeito pelos direitos humanos, a sua capacidade de integração de todos os migrantes que a ela chegam e a forma como lida com estas populações, não tem conseguido gerar consenso entre os diversos Estados-membros, sendo até fonte de fortes tensões entre alguns desses estados. Encontrar uma solução para esta crise é atualmente um dos grandes desafios para resolver.

Por fim para manter a coesão europeia é essencial tentar resolver ou atenuar as diferenças e fragilidades existentes na União Europeia.

Margarida Vieira
LCE- turma 2