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Resenha A Vida de Galileu de Clauson Godoy

Por:   •  14/11/2018  •  Resenha  •  886 Palavras (4 Páginas)  •  1.313 Visualizações

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Resenha – A Vida de Galileu

Bertold Brecht

Aluno: Clauson Santos Godoy Ferreira

 

RESUMO

Esta resenha tem o objetivo fazer uma resenha objetiva do livro A Vida de Galileu de Bertold Brecht. Foram usados como referência os livros indicados nas referências bibliográficas, além de sites em pesquisa na Internet.

PALAVRAS-CHAVE

Resenha, Vida, Galileu, Bertold, Brecht.

        Primeiramente, apontaremos os Aspectos Formais da peça de Brecht. O dramaturgo Eugen Bertholt Friedrich Brecht nasceu em Augsburg, Alemanha, em 1898. Foi um destacado encenador alemão do século XX. Suas obras o fizeram conhecido mundialmente, sendo um dos dramaturgos mais importantes deste século, revolucionando a dramaturgia e usando o teatro como instrumento de politização. Em 1954 recebeu o Prêmio Lenin da Paz, e em 1956 faleceu no Berlim Leste, Alemanha.

        A peça Galileu Galilei foi escrita escolhendo situações paradigmáticas da vida do matemático e físico Galileu Galilei (1564-1642), para problematizar questões entre o meio científico e a sociedade de modo geral. Este tipo de encenação ficou conhecido como “teatro científico”, onde podemos destacar outros autores como Michael Frayn, e Roald Hoffman.

        Abordando o Conteúdo da obra, o autor mostra todo o percurso de vida de Galileu Galilei, começando com a época em que era professor de Matemática na Universidade de Pádua, até os tempos de reclusão domiciliária em Arcetri, após ter sido condenado pela inquisição em 1633, e ter abjurado suas teses mais polêmicas. O grande impasse está na sugestão de substituição do modelo Ptolomeu para o modelo Copérnico, o que causou uma grande polêmica na época, pois contradizia a interpretação literal da Bíblia que era feita.

        A grande descoberta se dá na cena três, em Pádua, 10 de Janeiro de 1610, quando Galileu conta ao seu amigo Sagredo, após ter estudado o céu com um telescópio, instrumento aperfeiçoado por ele, que de acordo com as luas de Júpiter, a Terra e os planejas giravam ao redor do Sol (modelo Copérnico), e não o Sol e os planetas ao redor da Terra como propunha o modelo Ptolomeu.

Não pare de olhar, Sagredo. O que você vê é que não há diferença entre céu e terra. Hoje, 10 de Janeiro de 1610, a humanidade regista em seu diário: aboliu-se o céu.

Uma das cenas mais icônicas da obra se dá quando seu amigo Sagredo (existem relatos que esse amigo realmente existiu), tenta lhe alertar sobre sua teoria ser antiteológica, então Galileu diz que ele era matemático e não teólogo. Seu amigo então lhe alerta mais uma vez sobre ser queimado vivo, como tivera acontecido com o filósofo italiano Giordano Bruno (1548-1600). Galileu afirma então, que desta vez não se trata apenas de retórica, mas sim de comprovações científicas.

Essa comprovação se dava pelo novo instrumento, ou seja, o telescópico, que dava a Galileu a certeza de sua teoria. Numa cena posterior, a cena 4, Galileu recebe professores universitários em sua casa, que defendem a posição da Igreja. Galileu, se baseia categoricamente no uso do telescópio. Os professores pareciam fazer “vista grossa” as comprovações de Galileu.

“Matemático - Meu caro Galileu, por mais antiquado que pareça ao senhor, eu ainda tenho o hábito de ler Aristóteles, e lhe garanto que acredito nos meus olhos quando leio.

Galileu - Eu me acostumei a ver como os senhores de todas as faculdades fecham os olhos a todos os factos, fazendo de conta que não houve nada. Eu mostro as minhas observações e eles sorriem, eu ofereço o meu telescópio para que vejam, e eles citam Aristóteles”

        Outra cena curiosa se dá na cena 7, que ocorre em 5 de Março de 1616, data em que a Inquisição coloca a obra de Galileu no Index. Cena que ocorre na casa do cardeal Roberto Bellarmino, em Roma, durante um baile de máscaras. A discussão se dá com o cardeal Maffeo Barberini, que mais tarde se tornou o papa Urbano VIII. Galileu afirma ser devoto da Igreja, mas Barberini o corrige dizendo que Galileu estaria dizendo com sua teoria heliocêntrica que “Deus escreve asneiras”. Galileu sugere que do mesmo modo que podem haver erros de interpretação na ciência, podem haver erros de interpretação bíblicos. Bellarmino defende que a interpretação da Bíblia seria função dos teólogos. A curiosidade nesta cena, é que logo depois eles colocam suas máscaras novamente e Galileu não tem nenhuma máscara. O que representa uma metáfora no meio da obra.

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