Resenha: O Habitante da Escuridão

Resenha crítica: O Habitante de escuridão

Em O Habitante de escuridão, escrito por Howard Phillips Lovecraft (H.P Lovecraft), temos uma coletânea de contos (composta por  “Um sussurro nas trevas” (1931), “A coisa na soleira da porta” (1937), “A sombra projetada do tempo” (1936) e “O habitante da escuridão” (1936)  ) que mais tarde deu origem à grande obra do autor, que o tornou bastante conhecido e um dos pais da cultura pop e do terror, O Chamado de Cthulhu.

Cada história possui personagens e situações diferentes, mas que compartilham dos mesmo terrores, que envolvem seres chamados de “Distantes” que são provenientes de outros planeta, conhecido como Shoggoth. Dentro disso, vemos um conteúdo baseado em uma mitologia construída pelo próprio autor, que cria diálogo com outras obras lovecraftianas, como  Necrominon.

Ao analisarmos, podemos destacar o jeito imersivo de contar histórias característico de H.P Lovecraft, que a conta como um relato através de um narrador personagem. Isso torna todos os mitos e situações descritas na história muito mais eficientes em transmitir o medo e suspense ao leitor. Porém, a repetição desta estrutura de relato em todos os contos torna a leitura menos interessante ao fim do livro, pois é possível se dar conta das tècnicas utilizadas pelo autor para o medo.

É notável a semelhança entre a construção destes contos o que os torna menos eficientes a medida que a leitura do livro se dá. Porém, é um livro extremamente interessante, com histórias complexas e referências que despertam a curiosidade no leitor para o resto da obra do autor. Vale a pena a leitura desta obra e de todas as outras que complementam esses mitos contados e citados por Lovecraft.