Resenha Pondé

Resenha: “Contra um mundo melhor: ensaios do afeto”. De Luiz Felipe Pondé. São Paulo: Leya, 2010.

Letras 2014.2 - Ângelo Pires Tavares

Contra um mundo melhor é um livro com assuntos provocativos e curiosos que alertam sobre os perigos e as consequências de um mundo perfeito, que para o autor é pura ilusão. O livro leva o leitor a diversas formas de interpretações com temas polêmicos como inversão de valores, por isso, Pondé incomoda muito aqueles que acham que sua vida é perfeita.   Mas quem pode ser contra um mundo melhor? É claro que ninguém, mas para aqueles que defendem temas de extrema esquerda não importando-se com consequências futuras, um filho pode se tornar um tiro nós pés e muitos acabam caindo na real tomando um choque de realidade.  E, é isso que Pondé faz, ele incomoda os falsos moralistas tentando fazê-los acordarem para a vida e as encaminham para a verdadeira realidade onde esta não é exatamente o que queremos, e sim podemos ser, independentemente de suas indiferenças e neutralidades.

O autor desconfia das pessoas que querem paz e amor fazendo com que o mundo fique melhor, mas não querem assumir que isso é pura hipocrisia e é impossível. Porém, na visão deles se não der certo a culpa é de outro, ou seja, só é uma pessoa boa, quem é contra o conservadorismo, onde a cada dia que passa a inversão de valores se torna mais comum.  

Entretanto, o confronto entre o homem e a mulher é o que mais chama a atenção dos leitores, o autor ataca o feminismo e na maioria das vezes, a culpa é dos homens. Essa independência é uma conquista, mas gera muitos problemas. Algumas mulheres não querem depender de seus maridos, porém, se for ficar até mais tarde ou trabalhar no final de semana, isso não é bom, já que acaba abalando o relacionamento, principalmente se seu salário for mais alto. E, muito homens adoram mulheres independentes e não estão ai para as consequências, desde que, todas as contas de casa sejam pagas.

Outro fato curioso sobre esse confronto é quando o autor destaca que os homens devem parecer com as mulheres, mas quando isso acontece o feminismo sai de campo, “qual é a mulher que gosta de homem frouxo?”.

Logo entende-se que Luiz Felipe Pondé, manifesta o interesse de se levar em discursão algumas teorias filosóficas como o positivismo, o capitalismo e neutralidade, por isso o livro no se torna bastante incoerente para os defensores de tais teorias ou leigos no mundo atual.

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