Resenha - Sully Chesley Sullenberger

Sullenberger, Chesley, 1951

Sully: o herói do Rio Hudson / Chesley Sullenberger, Jeffrey Zaslow; tradução Alexandre Raposo, Alexandre Martins. - 1. Ed. - Rio de Janeiro: Intrínseca, 2016. 256 p.

O livro autobiográfico, escrito pelo próprio autor, narra sua vida desde quando era criança. Há uma mescla da vida pessoal com a profissional. O livro foi lançado pela editora intrínseca em 2016 que deu origem ao filme, de mesmo nome, interpretado por nada menos que Tom Hanks.

Ele conta toda a história do seu cotidiano de vida pessoal e também como piloto. Ele narra toda história de seus relatos desde quando era pequeno, quando sabia o queria ser quando crescesse e como ele impulsionou toda sua força para chegar ao seu objetivo de vida como piloto. Herói do Rio Hudson, assim como ele foi chamado na época, salvou um voo de um terrível acidente ao conseguir pousar no Rio Hudson, nos Estados Unidos.

O intuito do autor foi apresentar para o público como a vida o direcionou para aquela situação que se não houvesse preparo acabaria em uma tragédia:

Eu pilotei milhares de voos nos últimos 42 anos, porém minha carreira inteira está sendo avaliada agora em função de como me sai em um deles. Isso tem sido um lembrete para mim: precisamos tentar fazer a coisa certa todas às vezes, ter o melhor desempenho, porque nunca sabemos em qual momento de nossas vidas seremos julgados.

A todo o momento ele se mostra apaixonado pelo que faz, desde sua experiência com seu professor, Sr. Cook e, com sua tripulação e passageiros.

A leitura do livro traz uma proposta muito interessante. Seus capítulos são divididos por momentos vivenciados e narrados pelo próprio autor. Além disso, em algumas paginas encontra-se fotos de momentos pessoais, o que acomete a um vislumbre de quem são as pessoas apresentadas na historia, remete ao leitor aquela sensação boa de dar rostos aos personagens.

O fato de Sully dar início aos seus treinamentos de voo, fez com que não demorasse muito para que ele conseguisse entrar nas forças aéreas, entrando para academia. A academia exigia constantemente muito treino e muita prova e isso fez com que ele fosse convidado a pilotar um jato militar. A pressão nesse ambiente era constante, pois além de fatores físicos como estresse e nervosismo, tinha o fator material, pois esses jatos eram de muita potencia o que trazia um risco diário para suas vidas.

Ao relatar a sua vivencia com seus pais, ele demonstra o quanto a criação que lhe foi dada, afetou sua vida positivamente. Afirma que os benefícios de ter essa instrução dos pais o tornaram focado e centrado em todos os setores da vida. Isso continua até conhecer sua Lorrie e adotar suas duas filhas Kate e Kelly, sempre demonstra a importância da família para sua vida.

O dia 15 de janeiro de 2009 era para ter sido mais um dia de rotina trabalho para ele e sua equipe (Jeffrey Skiles – o copiloto – e as comissárias Doreen Welsh, Donna Dent e Sheila Dail). O voo 1549, da companhia US Airways, sairia do aeroporto de LaGuardia (Nova York) até Charlotte (Carolina do Norte). Após 3 minutos depois de decolarem, o avião bateu em um bando de pássaros fazendo com que os motores entrassem em pane, foi quando ele viu que deveria agir muito rápido e decidiu aterrissar no Rio Hudson, pois a vida de 155 passageiros, de seus tripulantes e a sua própria, estavam em risco.