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Resenha do Filme "NELL"

Por:   •  16/4/2017  •  Resenha  •  736 Palavras (3 Páginas)  •  1.014 Visualizações

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NELL. Direção: Michael Apted. Produção: Renee Missel e Jodie Foster. Protagonistas: Jodie Foster, Liam Neeson e Natasha Richardson. FoxVideo, 1995. 115 min.

Nell (1994) é um filme estadunidense dirigido pelo inglês Michael Apted, também diretor de 007 - O Mundo Não É O Bastante (1999) e As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada (2010) e com roteiro de William Nicholson (Gladiador (2000), Os Miseráveis (2012)). Nell foi indicado em 1995 aos Globos de Ouro de Melhor Filme de Drama e trilha sonora e concorreu ao Globo de ouro de melhor atriz dramática, oscar de melhor atriz e ao MTV Movie Award de Melhor Performance Feminina, todos com Jodie Foster, uma das protagonistas da trama.

No longa, após a morte de uma eremita da região, srtª Kelty, o doutor Jerry Lovell encontra outra pessoa morando na mesma casa que a falecida, convivendo sozinha e cuidando de si mesma. Dr. Lovell tenta ajudá-la, mas há algo peculiar na garota: ela fala uma língua desconhecida, além de reagir de maneira assustada.

Curioso, Jerry pede ajuda a Paula Olsen para tomar medidas cabíveis para ajudar a desconhecida, mas tudo o que consegue é que Nell – como passam a reconhecê-la - se torne objeto de estudo da psicóloga.

Nell é um filme que traz a tona questões que gira em torno da aquisição da linguagem e da língua. De maneira original com um enredo intrínseco e lógico, a temática é abordada aos poucos, preparando o espectador aos poucos acerca do assunto. No filme, a jovem Nell é portadora de uma língua própria que é resultado do único contato com um sistema lingüístico. A casa onde morava com a mãe não possuía qualquer tipo de meio comunicativo com outras pessoas e, por conta de um AVC, a Srtª Kelty possuía parte do rosto paralisada de forma que as palavras não era articuladas de maneira correta, já que os lábios fazem parte do aparelho fonador.

Assim, Paula começa a cogitar a possibilidade da jovem portar algum tipo de deficiência mental e a tentativa de interná-la  alegando que a jovem não seria capaz de cuidar de si mesma acaba gerando uma discussão com o médico, que possui uma ideia contrária. É dessa forma que a jovem passa a ser um objeto de estudo com observações feitas por Paula e Jerry durante três meses, tempo estipulado pelo juiz para conclusão se a jovem seria internada ou seria capaz de viver sozinha. Com o tempo e conforme observação e coleta de dados, o doutor e a psicóloga passam a reconhecer que a comunicação lingüística de Nell é o produto de suas relações interpessoais ao longo da vida e não uma deficiência.

Ela possui palavras próprias e um vocabulário que, conforme Jerry observava, se assemelhava ao inglês com algumas modificações. As palavras possuíam mais vogais do que consoantes e algumas delas tinha chegavam a ser muito próximas da língua inglesa, como a sua pronúncia do termo “guard Angel”. Jerry chega a essas conclusões conforme tenta fazer uma comunicação com Nell, utilizando sua língua e linguagem corporal para que ela não se sentisse acuada enquanto faz um estudo do uso da língua própria da jovem, que, posteriormente, é descoberta compartilhar com mais uma pessoa: uma irmã gêmea morta ainda na infância.

Com a convivência e exposição de Nell a outras formas de comunicação e estruturas lingüísticas e a descoberta de como ela adquiriu a maioria das palavras por repetição (sua mãe lia regularmente a Bíblia para ela) e adquiriu certo medo de sair a luz do dia ou se relacionar com outras pessoas (sua mãe contava-lhe com gestos o perigo do estupro, visto que as gêmeas foram um fruto de uma gravidez adquirida por essa violência), Jerry e Paula passam a entendê-la e a língua de Nell ganha maior poder de produção. Há um aumento considerável no seu poder comunicativo, como aquisição e pronunciação de novas palavras, uma extensão considerável na sua forma de comunicação, provando, de maneira muito inteligente, o fato de Nell possuir uma língua própria que, assim como qualquer língua, tem a capacidade de sofrer ampliações.

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