Resumo Análise do Discurso
Por: Pamela Cabral • 21/4/2020 • Abstract • 984 Palavras (4 Páginas) • 217 Visualizações
Universidade Estadual de Goiás
Discente: Pamela Cabral
Disciplina: Estudos do Discurso
Professora: Ana Cristina
Letras – 7° Período
Orlandi, Eni; Análise do discurso - princípios e procedimentos. Capítulo I – O discurso
A linguagem em questão
Segundo o texto, podemos estudar a linguagem por meio da linguística ou pela gramática. As gramáticas e a forma de estudar a língua mudam através do tempo, por isso há tendências e autores diferentes em épocas distintas. Nesse contexto, os estudiosos começaram a se interessar pelas diversas maneiras de significar uma mesma palavra, a partir daí nasce à análise do discurso. A análise do discurso não se limita apenas a língua e a gramática, trata-se principalmente do discurso que é a palavra em movimento, ou seja, o estudo que observa o homem falando.
A análise do discurso vê a linguagem como mediador entre o homem ao natural e o social. A mediação é o discurso e vai tornando possível a permanência e a continuidade quanto a transformação da sua realidade. Conclui-se que a análise do discurso não trabalha apenas com a língua abstrata, mas com todo o contexto, o meio qual o sujeito está inserido, levando em conta esse aspecto considera os processos e as condições de linguagem.
O analista do discurso relaciona a linguagem a sua exterioridade para encontrar regularidades da linguagem em sua produção. Os estudos discursivos têm em vista refletir o sentido mensurando o tempo e o espaço das práticas do sujeito, distanciando a noção de individuo e condicionando a autonomia do objeto da linguística.
Na análise não se trabalha apenas com a língua, mas com o discurso, que é um objeto sócio histórico onde o linguístico pondera como uma inferência. Para a análise do discurso a forma como a linguagem se concretiza na ideologia se apresenta na língua. O discurso trabalha a relação língua-discurso-ideologia. Pêcheux (1975) não há discurso sem sujeito e não há sujeito sem ideologia. Observamos no discurso a relação entre a língua e ideologia, assimilando como é a produção de sentidos para os sujeitos por meio da língua.
Um Novo Terreno e Estudos Preliminares
O que interessa a análise do discurso é o funcionamento da língua para a produção de sentidos permitindo analisar elementos além da frase, ou seja, o texto, pois em épocas e perspectivas distintas se mostrou de uma maneira não regular.
Os formalistas russos (1920/1930) já percebiam no texto uma estrutura, contudo o interesse deles fossem acima de tudo literário, ao buscarem uma lógica interna no texto prenunciavam uma análise, que não era a análise de conteúdo. A análise de conteúdo procura extrair sentido do texto, já a análise do discurso pondera que a linguagem não é transparente. Os formalistas previram que a questão a ser respondida não é “o quê” e sim “como”. A partir do próprio texto se produz conhecimento, porque tendo uma espessura semântica: ela o concebe em sua discursividade.
O estruturalista americano Z.Harris(1950) trabalha com as prática conhecida como isomorfismo (mesmo método da análise de unidade menores). Sabe-se que o texto não é apenas uma frase longa, é um conjunto com suas particularidades e natureza específica.
O inglês M.A.K Halliday considera o texto como uma passagem de qualquer tamanho em sua totalidade. Sua proposta seria como uma unidade semântica constituído por sentenças invertendo a perspectiva linguística. O que difere da análise do discurso é o que ele não trabalha com a materialidade ou ideologia como característica e fica estagnado na descrição.
Filiações Teóricas
A análise do discurso se constitui entre três domínios disciplinares sendo a frente do seu tempo (anos 60): Linguística, Marxismo e Psicanálise. A língua e a história na produção de sentidos, no estudo discurso trabalham a forma material que é a forma representada da história para produzir sentido, sendo nomeada como linguística histórica.
Segundo a autora, não separa a forma e o conteúdo, mas busca entender a língua como um acontecimento. Logo a forma material é vista como um acontecimento da língua em um sujeito atingido pela história. A psicanálise entra com um deslocamento da noção de homem para sujeito se constituindo na relação o simbólico na história.
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