Resumo Comunicação e expressão

RESUMO

VIEIRA-SILVA, Victória. Produção de Linguagem. In: ______. Comunicação e Expressão. Curitiba: Universidade Positivo, 2013. p. 7-39.

No capítulo 1 do livro “Comunicação e Expressão”, a Doutora em Linguística Aplicada Victória Vieira-Silva discorre sobre a produção de linguagem. A autora inicia afirmando que nós existimos na linguagem e pela linguagem, explicando a seguir que, existimos porque existe a linguagem e porque registramos, por meio dela, nossa história de vida individual e coletiva. Após isso, a autora mostra que a linguagem é uma forma de interação com o mundo e com o outro, para representar idéias, sentimentos e valores. A maneira que utilizamos a linguagem é diferente para cada situação do cotidiano, com isso, os resultados gerados dependem de como, quando e onde a linguagem é utilizada, e seu interesse.  Reiterando a presença da linguagem na vida social, a doutora apresenta os três tipos existentes de linguagem: verbal, não verbal e multimodal. A linguagem verbal emprega somente a utilização de palavras, de forma oral ou escrita. A não verbal utiliza códigos convencionalizados que não são compostos por palavras. E a multimodal a combinação da linguagem verbal e da não verbal. Ao se utilizar dos diversos modos que esses tipos de linguagem são empregados na vida das pessoas, a autora conclui que o uso da linguagem é vital para nossa sobrevivência e para que possamos nos inserir na sociedade, e que, só compreendendo o funcionamento da linguagem, é que vamos entender a realidade que nos cerca e, assim, cooperar com sua transformação. Para demonstrar a importância da linguagem para a interação das pessoas com o mundo, Vieria-Silva ensina que a linguagem, a língua e a cultura são três elementos interligados. A autora especifica que a comunicação pela linguagem verbal só pode ser realizada por meio da língua, e a língua é um produto social que se estrutura a partir de uma convenção coletiva dos membros de uma dada sociedade, criada a partir de sua cultura. Afirmando ainda que a língua só existe e possui significado em seu uso, nas relações sociais estabelecidas por ela. A partir disso, Vieira-Silva conclui que a língua, a linguagem e a cultura são conceitos que não podem ser explicados separadamente, uma vez que, são esses elementos que nos constituem como sujeitos sociais, históricos e ideológicos. Continuando, a autora disserta sobre a variação linguística, demonstrando que é impossível estabelecer uma forma correta ou errada no uso da língua, pois o modo de usá-la varia de acordo com a situação e o ambiente. Uma construção discursiva que não obedece as normas estruturais ditadas pelas estruturas da gramática padrão, não deixa, por isso, de promover a comunicação. Assim, toda construção linguística segue as regras determinadas pelos elementos envolvidos na situação de produção desses discursos. A autora complementa, que a variação linguística é um fenômeno sistemático e coerente, que acontece no interior de uma língua e mostra como ela se diferencia, muda e se adapta a diferentes acontecimentos, que podem ser históricos, geográficos, socioculturais ou situacionais. Considerando isso, Vieira-Silva divide as variações em dois níveis de linguagem, e suas respectivas subcategorias: O nível formal ou burocrático, compreendendo a linguagem técnica e cientifica, e a linguagem profissional. E o nível informal ou coloquial, que abrange as línguas de grupo, gírias, o calão, a linguagem da internet e a linguagem vulgar. Por fim, a autora ressalta que não devemos abandonar as regras linguísticas, mas sim os preconceitos linguísticos para podermos utilizar nosso conhecimento gramatical para entender como as diversas formas de linguagem funcionam.

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