Resumo francisco maciel silveira a prosa
Por: Carolina Guio • 4/11/2015 • Abstract • 394 Palavras (2 Páginas) • 385 Visualizações
RESUMO
SILVEIRA, Francisco Maciel. Cap. 2 (A prosa). In: ______ et al. A literatura portuguesa em perspectiva. São Paulo: Atlas, 1993. V. 2 p. 103-136.
Segundo o autor, a especificidade do barroco encontra-se na doutrinação religiosa. O barroco, fruto de um renascimento medievo de Portugal, adota as ideias das cruzadas santas. Nessa circunstância, sempre havia um sermão, seja com alusões políticas ou efeitos teatrais. Padre António Vieira fundamenta o método português de pregar pelo “Sermão da Sexagésima”. Silveira informa que Pe. António Vieira cria a metáfora Semen est verbum Dei, em que o sermão é a árvore, a palavra de Deus é seu fruto que remete à semente, o verbum Dei. “O Sermão da Sexagésima” sugere que a palavra de Deus gera persuasão pela sua eficácia. E, segundo a visão de Vieira, o tempo não passa de uma história do futuro. António Vieira se oferece como exemplo vivo da dicotomia que dilacerava o homem barroco.
De acordo com o autor, Frei António das Chagas ficou conhecido como Capitão Bonina, deixou mais de quinhentas poesias e suas obras são repletas de recursos linguísticos. Ele não escrevia seus sermões, pregava a partir de notas com abreviaturas e letra ilegível. Era conhecido por sua simplicidade e veio a falecer pelo consumo excessivo de tabaco. Já Padre Manuel Bernardes é conhecido pela pureza da linguagem e a quantidade de misticismos, além de sua persuasão que criava uma relação da Divindade com o fiel. Para ele havia apenas dois caminhos: a Fé ou Heresia. Ainda segundo Silveira, Pe. Francisco Mendonça é responsável pelos sermões e um manual chamado Viridarium sacrae ac profanae eruditions, envolto de metáforas florais.
Silveira comenta sobre “Arte de furtar”, um livro sem autoria e data de publicação declaradas, que contém uma sátira mordente aliada ao conhecimento da vida pública, mas apresenta menor valor literário. O autor também fala sobre a repercussão das peculiaridades do barroco na prosa de ficção. Além disso, tece um comentário sobre a historiografia em que faz um compilado de nomes importantes da história do barroco citando suas obras e suas particularidades.
O autor finaliza seu texto afirmando que a epístola adota, no barroco, um tom de prosa, informando todas as mudanças ocorridas nessa época com esse tipo de texto. As Cartas portuguesas ressaltam o lado terreno e sensual do seiscentismo, já que nem só de espiritualidades viveu a prosa do Barroco português.
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