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Revisitando a Gramática Visual nos Cartazes de Guerra de Autoria de José David Campos Fernandes e Danielle Barbosa Lins de Almeida.

Por:   •  20/11/2019  •  Resenha  •  836 Palavras (4 Páginas)  •  286 Visualizações

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O texto é uma análise do gênero cartazes de recrutamento de soldados nas grandes guerras mundiais. Para fundamentar suas análises os autores José Fernandes e Danielle Almeida se embasam na Gramática do Design Visual (GDV) de Kress e van Leeewen.

Baseada na Gramática Sistêmica Funcional de Halliday, a GDV também trabalha com três metafunções: ideacional/representacional, interpessoal/interativa e textual/composicional. A metafunção representacional é a relação entre os participantes (personagens, pessoas, objetos ou lugares). Essa função se subdivide em duas estruturas: narrativa e conceitual. A estrutura narrativa se processa quando os participantes interagem de algum modo entre si, indicando ação que são representadas por vetores. Em cada processo narrativo os participantes que estão em evidência são chamados de atores e chama-se de meta o participante alvo da ação, aquele ao qual o vetor se dirige. Entretanto, quando a estrutura narrativa possui um ou mais atores ligados com a mesma meta por meio de vetores, essa relação é classificada como transacional e quando essa ação apresenta apenas um ator e esse não se direciona para nenhum outro participante, essa relação é caracterizada como não-transacional.

Já a estrutura conceitual não existe a presença de vetores, ou seja, não demostra ação e sim descrevem características individuais, explicitando uma identidade ou compartilhando traços com os outros participantes da imagem. Nessa representação, os participantes, lugares e objetos são analisados, definidos ou classificados. Assim, as representações conceituais podem ocorrer em processos classificacional, analítico e simbólico. No classificacional, os participantes fazem parte de um mesmo grupo que se relacionam por meio de uma taxonomia hierárquica, onde atuam como subordinados e superordinados. No processo analítico são identificados dois participantes: portador e atributos possessivos. O portador é aquele que representa o todo e os atributos possessivos é que representa as partes do todo. Já no processo simbólico os participantes são representados em termos do que significam ou são. Podem ser percebidos por cores, tamanho, posicionamento e iluminação.

Na metafunção interativa tem-se o estabelecimento de estratégias que podem promover aproximação ou afastamento e pode utilizar recursos como o contato, a distância social, a perspectiva e a modalidade. No caso do contato esse é determinado pelo vetor entre participante representado e leitor interativo. Caso o olhar do participante representado esteja direcionado para o leitor, teremos uma relação de demanda, que indica o estabelecimento de uma relação de afinidade com aquele que está lendo a imagem. Entretanto, se o participante representado não faz contato visual direto para o observador tem-se uma relação de oferta, ou seja, o produtor oferece sua imagem para apreciação. Na segunda categoria de significado da imagem tem-se a distância social que é o modo de exposição do participante representado, ou seja, perto ou longe do leitor. Kress e van Leeuwen sintetizam essa relação em plano fechado, plano médio e plano aberto. Na terceira categoria intitulada de perspectiva são a angulação em que os participantes representados que a caracteriza, esse ângulo pode ser frontal, oblíqua e vertical. A angulação frontal tipifica uma relação íntima//igualitária entre o personagem

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