TG poema Cecícila Meirelles
Por: tadestro • 16/11/2015 • Trabalho acadêmico • 506 Palavras (3 Páginas) • 604 Visualizações
UNIP INTERATIVA
TRABALHO EM GRUPO – TG
Raquel Aparecida Vasconcelos Eng RA 1308563
Talita Destro Rost RA 1300281
POLO
Shopping Butantã
2013
Este poema de Cecília Meireles encontra-se na fase do modernismo, contém paráfrase e um sentido oculto. Deixa no ar a relação do ser de carne e osso e a entidade sobrenatural.
Para a compreensão deste discurso literário o leitor precisa possuir conhecimento de mundo, declarativo, episódico, intuitivo, interacional e linguístico-textual. A organização do poema é microestrutural com coesão recorrencial.
O termo “reinvenção” da vida nos remete a tudo o que está constantemente mudando e ao que ainda pode mudar: nossas ações, decisões. É buscar no velho, o novo com outros olhos.
A língua está em constante mudança. O que hoje é bom amanhã pode não ser. Amanhã podemos encontrar outro sentido que o de hoje já não nos serve. Assim como o estudo da linguística mudou de morfemas e fonemas, para oração e depois para texto a vida também muda.
A impressão que se tem é que há alguém esperando pela vida passar como se fosse ser conduzida (Desprendo-me do balanço/ que além do tempo me leva). Espera-se que não precise ser o condutor da vida, mas que seja deixado levar para ver até onde vai. Podendo inferir que há uma entidade sobrenatural agindo sobre o sujeito. A opacidade característica dos textos literários está evidente neste poema.
Ao mesmo tempo em que dá a impressão de que alguém o aguarda. Vem o sol e fico feliz aguardando o momento do encontro e depois fico desiludida quando a lua vem e você não está. Só o tempo fará com que você volte. A vida me trará o novo, o velho. Percebe-se a manifestação do eu lírico.
A complexidade e as ilusões de se viver é o núcleo metafórico expresso nos versos: “anda o sol pelas campinas/passeia a mão dourada/... Vem a lua vem, vem, retira/ as algemas dos meus braços./Projeto-me por espaços / cheios de tua Figura./ Tudo mentira/... observamos então os sentimentos que habitam o eu lírico. Enfatizando que a verdadeira vida é bem diferente da aparente que nos é apresentada diariamente. Usando o sentido da palavra reinvenção como estratégia necessária para esta distinção a autora utiliza com desenvoltura os recursos não literais para expressar-se poeticamente. Aparentemente, ao analisarmos a função da palavra reinvenção parece-nos como sinônimo de solidão e que o tempo exerce a função de equilíbrio.
Com o passar do tempo, temos mais discernimento para refletir sobre as ações e situações. Podemos aprimorar, modificar, refazer e ainda conseguir um resultado satisfatório. Esta repetição de “a vida” dá a ideia de contínuo, de criar e recriar o quanto quisermos e a cada conclusão algo diferente surgirá. Esta é a beleza da vida. A repetição da palavra vida reforça a ideia de que só conseguimos vivê-la em sua plenitude se aceitarmos as mudanças e participarmos das transformações cotidianas. Como todo texto literário, ele é atemporal.
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