Uma quebra de paradigma para a universidade e para a escola de educação básica
Por: Packeer • 25/10/2019 • Monografia • 1.300 Palavras (6 Páginas) • 250 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CURSO: E-LETRAS EAD 2008.1
POLO: IPOJUCA
DISCIPLINA: SEMINÁRIOS DE PESQUISA APLICADA AO ENSINO DA LITERATURA E LÍNGUA PORTUGUESA
PROFESSORA TITULAR: VIRGINIA LEAL
TUTORA: CAROLINA PIRES
ALUNO: HILTON JOSE DA ROCHA
ATIVIDADE 02
- Área do projeto
Ensino de Língua Portuguesa
- Tema
A formação, através da modalidade EAD, de professores de Língua Portuguesa: uma quebra de paradigma para a universidade e para a escola de educação básica.
- Problema de pesquisa
A educação à distância ampliou o acesso à universidade oferecendo vagas no ensino superior a indivíduos antes exclusos a esse contexto social. Apesar de ainda questionada enquanto formação qualitativa tem sedimentado seus fundamentos e tem sido abraçada por importantes e renomadas instituições de ensino superior do Brasil e do mundo.
- Objetivo geral
Retratar as interações docente-discente no Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA e suas respectivas motivações.
- Objetivos Específicos
Analisar o grau de interação entre aluno-aluno como também aluno-docente;
Explicitar o uso das ferramentas disponíveis no AVA na intermediação da construção do conhecimento;
Observar a produção do conhecimento dentro do AVA.
- Justificativa
Desde o nosso ingresso na UFPE no E-Letras, em 2008, via vestibular, a vivência que temos tido enquanto graduando do curso EAD, tem-nos permitido experimentar diversas opiniões, questionamentos e outras interações quando o assunto é qualidade da formação. A tradição consolidada dos cursos superiores presenciais formatou na sociedade em geral o sinônimo de “formação qualitativa”, pautada no conceito tradicional de educação formadora presencial, na qual professor e aluno estão constantemente interagindo no mesmo momento e no mesmo espaço físico e, com isso, acredita-se que a produtividade final será sempre positiva, do ponto de vista da formação e produção do conhecimento científico. Diante dessa dicotomia (formação superior presencial x formação superior à distância), intentamos esclarecer que a obtenção do conhecimento científico bem como a disposição para a pesquisa que garantirão a qualidade da formação superior, depende muito mais da determinação do graduando do que da modalidade de ensino. Por outro lado, não queremos ignorar que, por se tratar de uma modalidade de ensino que está em metástase no território brasileiro e, embora existam instituições sérias e comprometidas com a formação superior do indivíduo para exercer uma profissão gestora, reconhecemos que ainda há muito a ser feito pela estruturação da educação à distância, a fim de que o processo de educação não seja mais visto de forma particionada, mas como um todo formador do caráter do cidadão. Assim, para que haja um entendimento mais clarificado do processo de formação superior à distância, intentamos provocar uma reflexão desmistificadora do conceito de formação não-qualitativa em relação à modalidade presencial.
7. Fundamentação Teórica
Devido à falta de conhecimento a respeito do processo de Educação à Distância, boa parte da sociedade acredita ser um processo de agora. No entanto, as pesquisas realizadas nesta obra revelam que essa modalidade de ensino remonta o século XIX, na Suécia, em 1829, através do Instituto Hermondes, cuja modalidade, à época, conquistou mais de 150.000 usuários e no Brasil, segundo informações obtidas com as pesquisas, os registros revelam que essa modalidade teve início com o rádio, entre 1923 e 1925, através da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro e, logo após, outros meios foram utilizados na difusão da modalidade e, atualmente, tem tomado vulto atualmente tendo como grandes aliadas as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs).
Com a expansão das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), como já dissemos anteriormente, a educação à distância se propagou e se estabeleceu mundo afora e também no Brasil. Contudo, no nosso país quando do lançamento de cursos de graduação à distância, se gerou muitas polêmicas quanto à qualidade da formação dos futuros profissionais quando comparada aos moldes da já estabelecida educação tradicional. De acordo com Litwin (2005) quando da sua propagação em massa através das TICs, a educação à distância foi considerada como uma modalidade inferior de educação, adequada apenas aos ensinos profissionalizantes para aqueles indivíduos que não podiam custear um curso regular, ou para aqueles que haviam fracassado no sistema de educação tradicional, como forma de compensação e, em se tratando de graduação à distância, as políticas de rejeição se instalaram. Ainda de acordo com a autora os questionamentos ferviam também em relação às atividades que seriam desenvolvidas na graduação à distância, além das próprias avaliações que, num curso totalmente à distância, seriam feitas e enviadas através da própria internet.
Porém, o crescimento vultoso que a educação à distância tem tomado por conta do alcance que toma em relação ao sistema tradicional, além de outras possibilidades somativas ao processo de ensino-aprendizagem como aprendizagem colaborativa, na qual todos precisam estar imbuídos na construção do saber. Alem disto, ainda há a possibilidade do envolvimento na construção do modelo participativo todos por todos onde os interesses são comuns e concorrem para um mesmo fim, onde o professor exerce o papel de mediador nas atividades de aprendizagem, afirmam Borges e Fontana (2003). Some-se a toda essa interação promovida pelos cursos EAD, a conscientização de uma disciplina rígida quanto aos dias e horários de estudos, uma vez que precisará exercê-los constantemente para que esteja em condições de cumprir com as tantas atividades propostas pelas disciplinas.
Na verdade, a educação à distância se traduz como as múltiplas possibilidades da universidade alargar seu campo de atuação na formação de indivíduos que buscam uma (re) colocação no mercado de trabalho, a fim de suprir uma demanda mercantil por capacidades gestoras. Cremos ser uma forma de democratizar a educação brasileira e também ao mesmo tempo algo inovador do ponto de vista educacional porque se traduz num ambiente multidirecional, coletivo, colaborador e transdisciplinar (MORAN, MASETTO e BEHRENS, 2000).
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