Ação Docente Frente à Prática da Educação Moral no Ensino Fundamental
Por: renatadsoliveira • 15/8/2016 • Ensaio • 1.974 Palavras (8 Páginas) • 440 Visualizações
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INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO[pic 2]
PROFESSOR ALDO MUYLAERT
MATRIZ SÍNTESE DA MONOGRAFIA
RENATA OLIVEIRA
CAMPOS DOS GOYTACAZES
2015.2
MATRIZ SÍNTESE DA MONOGRAFIA
1. Tema escolhido:
Ação docente frente à prática da educação moral no ensino fundamental.
2. Problema científico:
Que valores os professores do ISEPAM transmitem no ensino fundamental.
3. Questões norteadoras:
- O que pensam os educadores sobre a educação moral?
- Qual a influência das dimensões sociais e culturais nos docentes na pratica da educação moral?
- Que fatores levam o docente ao desenvolvimento da consciência moral nos alunos?
4. Objetivo geral:
Investigar os valores que são transmitidos pelos professores no ensino fundamental
5. Objetivos específicos:
- Esclarecer se o conceito de ética está inserido nos valores morais transmitidos pelos professores
- Verificar se há preocupação do docente nos valores que transmite aos alunos
- Investigar como o contexto social em que o docente está inserido influencia em sua atuação no que diz respeito à educação moral
JUSTIFICATIVA
A escola é um dos ambientes sociais que contribui para o desenvolvimento moral dos alunos. Este ambiente possibilita o estabelecimento de relações entre sujeito e meio e a relação constante entre alunos e professores, podendo contribuir para o desenvolvimento e construção do conhecimento intelectual e moral. Neste ambiente, professores estão entre os adultos que poderão servir como exemplo e até mesmo como referência para os alunos e a maneira como eles conduzem as situações escolares evidenciará como eles contribuem para educação moral de seus alunos.
Na sala de aula ou em qualquer ambiente onde haja aprendizagem, a autoridade não pode ser confundida com autoritarismo. Trata-se, então, de ensinar os alunos a serem responsáveis pelo respeito e pelas regras em comum. Para Tiba (2006, p. 113) “criar uma criança é fácil; basta satisfazer-lhe as vontades. Educar é mais trabalhoso. Trata-se de prepará-la para viver saudavelmente em sociedade”.
Como não se questionar sobre o papel do professor? O que se espera dele? O professor precisa fazer o papel de mediador entre os alunos para que eles aprendam a conviver entre seus semelhantes. Além disso, surge a necessidade de ensinar também as normas de conduta básicas, que deveriam vir da família. Parolin (2011, p. 22) diz: “Sem dúvida, educar não é tarefa fácil, especialmente nos dias atuais, quando a inversão de valores e a falta de referência redesenham as relações humanas, deslocando os papéis e responsabilidades”.
Considerando o contexto da sala de aula onde os momentos em sala compõem a maior parte do tempo escolar dos alunos, o que nos permite observar uma infinidade de dados relevantes para educação moral e intelectual dada as relações interpessoais entre alunos e professores, o problema que norteou esta pesquisa apresenta-se com a seguinte configuração: Como os docentes em sala de aula educam moralmente seus alunos?
O desenvolvimento moral e questões sobre regras, indisciplina escolar e limites, bem como suas possíveis relações com o desenvolvimento intelectual são abordados por especialistas como Jean Piaget, Yves de La Taille, Mario Sergio Cortella, Josep Maria Puig, entre outros que apontam possíveis alternativas de trabalho no ambiente escolar e a participação democrática do professor e do aluno na construção das regras e normas de convivência comum ao ambiente.
A educação moral, não é tão-só um meio de adaptação social ou de aquisição de hábitos virtuosos; também não é apenas o desenvolvimento do juízo moral ou o descobrimento dos próprios valores. A educação moral
[...] é uma tarefa complexa que os seres humanos realizam com a ajuda dos seus companheiros e dos adultos para elaborar aquelas estruturas de sua personalidade que lhe permitirão integrar-se de maneira crítica ao seu meio sociocultural. É um processo, portanto, de elaboração de formas de vida e de maneiras de ser que não são dadas totalmente de antemão, nem aparecem graças ao amadurecimento de disposições prévias, mas que também não surgem por acaso. É um processo de construção em que intervêm elementos socioculturais preexistentes, que traçam um caminho para o indivíduo, mas é também um processo em que cada indivíduo intervém de modo responsável, autônomo e criativo. PUIG (1998, p.150),
O estudo da presente pesquisa apresenta relevância para educação diante da problemática das inúmeras situações do cotidiano escolar que nos chamam a atenção como indisciplina, questões comportamentais, bullying que se apresentam como problema educacional para muitos educadores e, segundo Parrat-Dayan (2008, p.19), “[...] se transformou numa das maiores dificuldades para a educação. ” Desta forma, a educação moral é um grande desafio a ser enfrentado pelos educadores, uma vez que esta educação está presente em diferentes contextos sociais e aprender e ensinar valores morais estão entre as ações que promovem a humanização do homem. Além disso, assumem formas diferentes em nossa sociedade atual, formas que não existiam em sociedades de tempos passados.
Desenvolvimento
Inicialmente é importante definir moral. Para isto, La Taille (2010, p. 10) destaca que “é preciso não confundir forma e conteúdo” e chama “a dimensão formal de plano moral, e, de moral propriamente dita, o conteúdo escolhido, ou seja, valores morais”. O autor ressalta que “o plano moral corresponde às ações consideradas como obrigatórias, aquelas que não podem não ser realizadas”, corresponde aos deveres.
Menin (1999, p.38), ao escrever sobre os estudos desenvolvidos no século XVIII pelo filósofo alemão Emanuel Kant acerca da moral, destaca que “a moral pede um princípio universal, ou, ao menos, ‘universalizante’”:
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