A Analfabetismo Funcional

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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

POLO MAUÁ

CARLOS CEZAR DA SILVA  1832606

Atividade Avaliativa – Semana 3

 Produção de Textos – LP0501

MAUÁ- SP
2018[pic 2]

CARLOS CEZAR DA SILVA  1832606

Atividade Avaliativa – Semana 3

 Produção de Textos – LP0501

Trabalho desenvolvido para a disciplina de Produção de Textos, do Curso de Graduação em Engenharia de Produção, da Universidade Virtual do Estado de São Paulo, polo Mauá, como requisito parcial para aprovação na disciplina de Produção de Textos.

Professora responsável: Dra. Silvia de Mattos Gasparin Colello.

MAUÁ-SP

2018

SUMÁRIO

Perguntas a serem respondidas3

Respostas às perguntas4

Referências Bibliográficas9

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Perguntas a serem respondidas

1. Nas primeiras três semanas da disciplina, estudamos conceitos relacionados ao tema da língua. Com base no que foi visto, explique os seguintes conceitos:

1. Letramento:
2. Analfabetismo funcional:
3. Gramática descritiva:
4. Língua portuguesa de expressão brasileira:
5. Concepção dialógica de língua:

1. Escreva uma frase que exemplifique as seguintes funções da língua:

1. Função conativa:
2. Função emotiva:

1. A linguagem pode se manifestar de diversas formas. Explique a diferença entre a linguagem sonora e a linguagem verbal.

Respostas às perguntas

1a) Letramento:

O letramento é um processo cuja natureza é sócio-histórica cujo foco é a aquisição de um sistema de escrita por uma sociedade. Diz-se que o processo de letramento ocorre quando as práticas discursivas de uma sociedade passam a ser sustentadas pela escrita.

De acordo com Soares (2006), este é o estado ou condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita e de suas práticas sociais.

Colocar-se como autor do próprio discurso é a noção do eixo do conceito de letramento enquanto processo sócio-histórico.

Assim, um indivíduo letrado é aquele capaz de fazer o uso do código escrito e das habilidades cognitivas que a aquisição da escrita propicia – como compreensão, e interpretação.

1b) Analfabetismo Funcional:

Pode-se afirmar que o conceito de analfabeto funcional está intimamente relacionado à definição de alfabetizado. Tal complementaridade é definida no documento da UNESCO de 1958 onde lê-se “É alfabetizada a pessoa que pode tanto ler com compreensão quanto escrever uma pequena frase simples sobre a vida cotidiana. É analfabeta a pessoa que não puder tanto ler como escrever uma pequena frase simples sobre sua vida cotidiana”. apud UNESCO (2014).

O conceito de analfabeto funcional está atrelado à falta de competência do indivíduo para ler e escrever os textos dos quais necessita em sua vida cotidiana, familiar, social e de trabalho.

Paulo Freire, Cole, Scribner entre outros contemplam ainda a funcionalidade da leitura e da escrita, para que atendessem as demandas do contexto social e possibilitassem o uso das habilidades a fim de continuar a aprender e se desenvolver ao longo da vida.

Dessa forma, uma pessoa que seja um analfabeto funcional é aquele que conhece o  código escrito, porém não tem as competências necessárias para usá-lo em seu cotidiano.

1c) Gramática Descritiva:

A função da Gramática Descritiva é analisar o conjunto de regras que são seguidas. Ela considera as variações linguísticas da língua ao investigar  seus fatos, extrapolando o conceitos que definem o que é certo e errado em nosso sistema linguístico.

Assim, ela contempla as variações tais como sotaques e vocábulos regionais em uma mesma língua. Encontramos na Língua Portuguesa diferentes palavras para descrever um mesmo objeto. É o caso da mandioca, macaxeira e aipim : é o mesmo tubérculo, porém com nomes diferentes em diferentes regiões do país. Nesse caso, cabe à Gramática Descritiva apenas descrever, sem atribuir uma conotação de certo ou errado a qualquer um desses substantivos.

1d) Língua Portuguesa de expressão brasileira:

Colonizado por Portugal, o Brasil herdou também o idioma: a Língua Portuguesa. Sob a influência das culturas indígenas e africanas uma nova língua foi formada, que é a Língua Portuguesa de Expressão Brasileira.

Entre a Língua Portuguesa falada em Portugal e a falada no Brasil ou Moçambique, por exemplo, existe uma relação linguística. Existem palavras iguais que significam coisas diferentes e expressões iguais com significados diferentes também.

Aspectos culturais de cada região alteram o idioma em decorrência de fatos históricos, da sociedade local e do meio em que a língua está envolvida, dentre outros.

Outros aspectos como a regionalização criam dialetos e pronúncias diferentes nas diferentes áreas do Brasil. Apesar das diferenças, todos ainda pertencem à Língua Portuguesa de Expressão Brasileira.

1e) Concepção dialógica de Língua:

A Língua como a conhecemos pode ser organizada de dois modos: o modo retórico e o lógico-gramatical.

O modo retórico constituiu-se a partir do enfrentamento com a realidade, ao passo em que o modo lógico-gramatical permitiu enxergar a língua como um sistema formal. O estudo linguístico é realizado nos dias de hoje tem como base seus aspectos fonéticos-fonológicos e morfológicos, ou seja, como um sistema formal (FARACO, 2001). Esta concepção é amplamente difundida nas escolas e tem se mantido por muito tempo. De acordo com Razzini (2000), na escola brasileira “o estudo da gramática sempre antecedeu o aprendizado da retórica e da poética”, por exemplo. Essa abordagem permitiu estudos científicos produtivos, mas também projetou um falante que nada se relaciona com o real (FARACO, 2001), o que contribuiu para manter uma distância quase que intransponível entre a Língua que se estuda na escola e aquela que é de fato falada fora dela – a língua-discurso (RODRIGUES, 2005).