A Aprendizagem e Desenvolvimento Social da Criança, Introdução à Educação Virtual e Direitos Humanos
Por: naralucia • 14/6/2015 • Trabalho acadêmico • 2.151 Palavras (9 Páginas) • 516 Visualizações
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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
POLO IACS – TAQUARA
CURSO DE PEDAGOGIA
Aprendizagem e Desenvolvimento Social da Criança, Introdução à Educação Virtual e Direitos Humanos.
Ariane Ferreira dos Santos RA: 9399321858
Angélica ShirleiHenz RA: 9368320837
Nara Lucia Rodrigues RA: 9500327107
Vanice Suzana Schons RA: 9399318751
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
Priscila Quevedos
Taquara 2015
Introdução
Educação inclusiva é um tema de grande abordagem na atualidade e é cada vez mais discutido nas escolas, pois a instituição precisa estar de acordo com as necessidades das crianças com qualquer deficiência que forem atender e também serão necessários profissionais comprometidos com a educação inclusiva.
Respeitar e valorizar todos os alunos, independente de suas características individuais é o dever da escola inclusiva para assim assegurar um ambiente acolhedor e inclusivo, ensinando aos demais estudantes a importância de se conviver e aprender com as diferenças.
Inclusão escolar é um desafio, pois precisamos quebrar preconceitos e mudar o modelo educacional e práticas educativas que discriminem qualquer aluno, para assim garantir a aprendizagem de todos, sem distinção.
O sucesso desta inclusão só será alcançado no momento que trabalharmos em equipe e estarmos comprometidos com a educação, percebendo o processo de inclusão como um trabalho contínuo. Só assim seremos capazes de promover a emancipação dos seres humanos num processo inclusivo e projetar um futuro possível para a educação.
A professora Amélia é uma professora muito dedicada e trabalha em uma escola como educadora do Ensino Fundamental. Assim que terminou seu curso de Pedagogia assumiu seu trabalho docente no 3° ano do fundamental. No ano seguinte, assumiu a mesma turma, porém recebeu uma nova aluna com deficiência física.
A nova aluna se chama Camila, que nasceu com problemas na coluna vertebral e por esta razão é cadeirante. A menina teve problemas de inclusão na antiga escola e por isso a transferiram para outra instituição.
A direção da escola logo preocupou-se na adaptação dos espaços escolares e logo no primeiro dia de aula já havia uma classe adaptada para ela. Camila entrou na sala com a professora Amélia empurrando sua cadeira de rodas, o que causou surpresa aos demais colegas. Em seguida, a professora fez a apresentação da nova aluna e falou sobre as diferenças, que cada ser humano é único.
A professora Amélia percebeu que precisava garantir para Camila um ambiente inclusivo e sem preconceitos e por esta razão resolveu dar início em um trabalho com a turma. Pediu aos alunos que fizessem um desenho com o título “Meu amigo diferente é especial” onde cada um explicaria o porquê deste amigo ser especial.
Através deste trabalho surgiu a ideia de criar um blog e foi exatamente o que a professora fez. Houve muitos acessos no blog e comentários à respeito dos desenhos e da entrevista com a educadora com experiência em educação inclusiva. Segue os desenhos mais comentados e a entrevista:
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Foto 1: Larissa Rosa, 9 anos, e seu amiguinho Tunico.
Perguntei ao Pedro porque sua amiguinha Larissa era especial, ele então respondeu:
"Larissa é diferente pois tem Síndrome de Down, ela as vezes tem dificuldade em aprender algumas coisas, mais é muito especial porque é amorosa com os amigos e muito esperta".
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Foto 2: Celso Groos, 08 anos.
Perguntei ao Gustavo porque seu amiguinho Celso era especial, ele então respondeu:
"Celso é diferente porque ele tem uma paralisia que atrofiou sua mão e seu pé direito, e assim ele tem dificuldades de andar. Meu amigo é um ótimo aluno, muito querido com todos, está sempre está feliz e brincando".
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Foto 3: Milena Souza, 10 anos.
Perguntei a Luana porque sua amiguinha Milena era especial, ela então respondeu:
"Milena é diferente porque nasceu com má formação na sua mão esquerda, ela é muito feliz apesar das dificuldades para fazer algumas atividades. Ela é muito meiga e querida com todos os seus coleguinhas e muito esforçada nas aulas."
A seguir trechos da entrevista com Crisna Sperb Haubert, 34 anos, professora, formada em Magistério, Pedagogia, pós graduada em Gestão e Tutoria EAD, e atualmente cursando pós em Psicopedagogia Clínica e Institucional.
Nossa entrevistada possui 14 anos de experiência e já trabalhou com diversos alunos com necessidades especiais e nos relatou um pouco de seu conhecimento.
De que forma a educação brasileira pode estar se adequando à inclusão, de maneira consciente e prática?
A inclusão que acontece hoje em nossas escolas, não pode ser chamada de inclusão. Primeiro lugar os professores não possuem formação na área, não recebem apoio da equipe diretiva, os alunos tem direito a uma pessoa para auxiliar, mas na maior parte das vezes essa pessoa não existe e o professor precisa dar conta de tudo sozinho, como se a sala de aula fosse uma ilha. As escolas não possuem estrutura adequada para receber alguns alunos, já trabalhei em várias escolas e em todas pude perceber que existe a necessidade de um trocador, para alunos que usam fraldas, mas em nenhuma delas esse espaço existe, mais uma vez o professor que se vire, pois na maior parte das vezes está sozinho com a turma. Professores para áreas específicas, como surdez ou cegueira, é um professor para a escola e não para o portador da deficiência, se o professor da turma não sabe BRAILE ou LIBRAS fica sem saber o que fazer. Tudo é muito bonito no papel, direitos e tudo mais, mas na prática a inclusão não acontece de verdade.
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