A Atividade Discursiva

No século XX, exatamente até 1960 nós tivermos o predomínio do paradigma do Consenso, que entendia que educação servia como uma equalização social e serviria para resolver todos os problemas da sociedade, como a Tábua da salvação, havia um otimismo pedagógico; depois de 1960 surge outra maneira de entender a educação e a sociedade que é com o paradigma do conflito, com teóricos que começam a pensar Como Karl Marx,  começam a perceber que a sociedade não é harmônica naturalmente e que a educação ao invés de servir como instrumento de equalização, de igualdade ela estava servindo como instrumento de reprodução / desigualdade.

Essas duas formas de entender a educação e a sociedade, elas influenciaram os nossos grandes pensadores brasileiros principalmente a interpretar o fenômeno educativo e a relação que esse fenômeno tem com a vida das pessoas.

Na década de 1980 Dermival Saviani escreve um livro chamado "Escola e Democracia" onde há um capítulo que ele Fala especificamente sobre as teorias da educação e o problema da marginalidade na América Latina.

As teorias não críticas são algumas pedagogias que entendem que o problema da educação está dentro dela mesmo, não há preocupação com análise de questões sociais com análise estrutural da sociedade. Não se preocupa com questões para fora do muro da escola, essa teoria afirma que o problema da marginalidade é um acidente que pode ser resolvido com pequenas intervenções dentro da escola.

Já na teoria crítico reprodutivo os pensadores começam a questionar: Como assim a educação serve como fator de equalização? Isso não existe e então eles começam a dizer que a marginalização e a exclusão das nossas crianças e da Nossa Juventude não é um acidente é causada pela própria educação a serviço das classes dominantes que está a serviço de um modelo de sociedade que naturalmente exclui os outros.

E Demerval Saviani vem nos explicar que as teorias não críticas da educação são formadas por três pedagogias,

                      *A pedagogia tradicional, que foi uma experiência religiosa com a chegada dos Jesuítas em 1549 e posteriormente essa experiência tradicional teria um pouco da roupagem Religiosa, e moral, e intelectual fazendo então a exclusão dos que não compreendiam que não eram e intelectuais.

                    *A pedagogia nova, coloca a criança no centro do processo de aprendizagem onde a criança é a protagonista autônoma tem a ideia de preparar o sujeito para a vida na sociedade ideia essa muito boa, porém quem tinha acesso a essa ideia era somente os filhos da classe dominante.

                  *A pedagogia tecnicista onde se preparava as crianças e os jovens para o mercado de trabalho para suprir o déficit das Indústrias sem pensar nos interesses do Cidadão e sim nos interesses dos industrializadores.

Já nas teorias críticas reprodutivas dentro dessas teorias se estuda também a teoria do sistema de ensino violência simbólica que diz que a escola na sociedade capitalista serve para reproduzir e assim reproduzem também a violência da sociedade reproduzem a exclusão da sociedade.

Então os pensadores criam a ideia do Capital cultural onde se aprende e sabe mais os que têm maior acesso à cultura e sabe se menos e aprende menos aqueles que não têm acesso à cultura.

Todo o estudo me mostra o quanto à educação já evoluiu, Mas ainda é bastante falha, pois ainda não atendi todas as crianças de maneira igual talvez nunca venha atender se pensarmos no capital Cultural de cada criança isoladamente.

Os jovens marginalizados muitas vezes nem chegam à escola e quando estão matriculados não conclui o ensino até mesmo por falta de incentivo e de Cultura familiar e as condições em que se encontra na sociedade.